Blast from Japan: Homeland (GC)

em 25/07/2012

Um mundo colorido e mágico, no qual as pessoas assumem a forma de avatares e partem em aventuras a fim de desvendar mistérios. Esta é a pri... (por Farley Santos em 25/07/2012, via Nintendo Blast)

nintendo_blast_homeland_logo Um mundo colorido e mágico, no qual as pessoas assumem a forma de avatares e partem em aventuras a fim de desvendar mistérios. Esta é a principal premissa de Homeland, RPG para GameCube desenvolvido pela Chunsoft (responsável pela série Pokémon Mystery Dungeon) e lançado em 2005, exclusivamente no Japão. A temática é comum, mas o game apresenta mecânicas únicas e um multiplayer online para até 35 jogadores simultâneos, sendo o único jogo de GC a oferecer este recurso além da série Phantasy Star Online.

Rumo ao mundo mágico

O jogador acompanha a história de um jovem garoto (ou garota) que leva uma vida comum, até que um dia é levado para uma terra distante chamada Homeland. Lá o personagem se torna um mascote, uma espécie de criatura com habilidades e poderes especiais, partindo em aventuras a fim de ajudar os habitantes desse mundo. Os gráficos são simples e bonitos, remetendo à série Animal Crossing, em uma ambientação que reforça o tema de magia e aventura.

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A mecânica de jogo de Homeland é bem peculiar. Não existe uma narrativa principal a ser seguida, mas pequenas histórias independentes com finais que mudam de acordo com as ações do jogador. Ao fim de cada história os personagens são congratulados pelo deus e recebem pontos de acordo com o desempenho apresentado. De posse destes pontos, é possível comprar novos mascotes e itens para as próximas aventuras. Os pontos são de extrema importância, pois os personagens voltam para o nível 1 ao início de uma nova história, sendo mantidos somente os itens e mascotes adquiridos.

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A união faz a força

O aspecto único deste RPG fica por conta do sistema de união de personagens. A qualquer momento é possível segurar a mão de outros mascotes. Ao fazer isso os atributos são combinados e as habilidades são compartilhadas. Neste estado, monstros mais poderosos podem ser enfrentados, sendo o único revés o fato de que até ataques normais passem a gastar pontos de POW, utilizados em ataques especiais. Outro uso são as técnicas exclusivas de mascotes específicos, como imunidade a certos status negativos.

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As batalhas acontecem no próprio cenário e acontecem em turnos. Como em todo jogo do gênero, as ações possíveis se resumem em atacar, defender e utilizar habilidades. Os menus seguem a direção de arte simplista e as opções são apresentadas em anel, de maneira similar ao jogo Secret of Mana. Fora dos confrontos os personagens exploram os cenários, resolvendo enigmas e ajudando pessoas.

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Tornando-se um deus

Uma vez completada a primeira aventura, o modo online é disponibilizado. Nele é possível explorar o mundo de Homeland com até 35 jogadores, trabalhando em conjunto para completar as missões. Juntar as mãos se torna extremamente necessário, já que a dificuldade é elevada. Algumas histórias só podem ser acessadas neste modo, quando uma quantidade mínima de jogadores decidem participar. A comunicação é feita através da inserção de texto, que aparece na forma de um balão de fala. Infelizmente não é possível usar teclado, sendo necessário digitar manualmente as palavras com o controle.

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O maior destaque fica por conta do jogador que cria a sala. Caso queira, ele pode escolher o mascote ‘deus’, participando indiretamente da aventura. Por ser uma entidade, este jogador não tem pontos de vida, mas sim pontos de poder. Como o nome implica, estes pontos permitem que o mestre de jogo utilize inúmeros poderes, dificultando ou facilitando a vida dos outros jogadores, seja criando inimigos ou conjurando itens. Os participantes podem oferecer orações ao deus, aumentando assim o seu poder e seu leque de ações possíveis. O deus funciona também como moderador da partida, acompanhando tudo de perto ou através de um mapa, podendo banir jogadores se achar necessário.

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O componente online era o recurso favorito dos jogadores, mas infelizmente ele não durou muito tempo. Os servidores foram desligados em 2007, pouco mais de dois anos após o lançamento do jogo.

Uma fantasia exclusiva

Mesmo com muito carisma e características únicas que cativaram vários jogadores, Homeland não saiu do Japão, como boa parte dos jogos da Chunsoft. Não se sabe ao certo qual foi o motivo de não ter sido localizado, talvez o visual meio infantil não faria sucesso no Ocidente, mesmo parecendo muito interessante e divertido. E você, gostaria de testá-lo?

Jogabilidade:

Revisão: Leandro Freire


é brasiliense e gosta de explorar games indie e títulos obscuros. Fã de Yoko Shimomura, Yuzo Koshiro e Masashi Hamauzu, é apreciador de roguelikes, game music, fotografia e livros. Pode ser encontrado no seu blog pessoal e nas redes sociais por meio do nick FaruSantos.
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