No distante ano de 1995, a Ubisoft lançava para o PlayStation um game de plataforma em que seu protagonista viria a se tornar o maior mascote da empresa: Rayman. O herói sem braços e pernas foi aclamado pela crítica, que apontava unanimemente o quão estiloso e divertido era o game. Cinco anos depois, um port do game foi lançado para o GameBoy Color, apesar de simplório, graças às limitações do hardware do portátil da Nintendo, o game era bastante agradável. Recentemente, essa versão do game foi lançada para o Virtual Console do Nintendo 3DS, mas será que a compra vale a pena considerando que há também um port da versão original do game disponível em DSiWare? Descubra agora!
Em busca dos Electoons
Rayman possui o mesmo enredo de sua contraparte para PlayStation. O demoníaco Mr. Dark aprisionou seres mágicos conhecidos como Electoons em jaulas espalhadas pelo mundo do game, que ficou de pernas para o ar. Cabe a Rayman atravessar sete fases desafiadoras enquanto resgata os Electoons para, ao final, derrotar Mr. Dark e restabelecer a paz no mundo. Infelizmente, devido às limitações de hardware e de espaço nos cartuchos de GameBoy, isso é tudo que você ficará sabendo do enredo do jogo, de forma que vários personagens, locações e até mesmo chefes de fase foram barrados. Apesar disso, deve-se considerar que por ser um game de plataforma com progressão lateral o enredo não é muito complexo, nem em sua versão original. O fato não redime o jogo do problema, mas ameniza, já que o GameBoy possuía limitações que não existiam no PlayStation.
Jogabilidade na média
Rayman inicia sua jornada com as habilidades de pular e dar socos. Outros movimentos são aprendidos no decorrer da aventura, sendo alguns apenas temporários e compatíveis ao contexto da fase. Como já dito, o herói deve avançar pelos sete níveis do game, resgatando Electoons de suas jaulas e derrotando inimigos. A maioria das fases é bastante linear, mas em alguns momentos deve-se procurar por algumas alavancas para abrir caminho. A jogabilidade do game é bastante simples, dada à natureza do gênero do jogo. Entretanto, o game sofre de alguns problemas de colisão, de forma que ocasionalmente Rayman cairá de plataformas que não deveria cair e errar golpes que não deveria errar. Na média, a jogabilidade do game é razoável, mas sua contraparte para o PlayStation é bastante superior.
Visual simplificado e de qualidade
Assim como o enredo e a jogabilidade, a versão de GameBoy Color de Rayman possui gráficos bastante simplórios em relação à versão de PlayStation. Todavia, é admirável o trabalho realizado pela Ubisoft em transpor esse mundo para o portátil da Nintendo, mesmo com todas as suas limitações. O visual é agradável dentro do possível e é bastante detalhado para um game rodado em um sistema de 8 bits. O som também é acima da média, as músicas são agradáveis e a qualidade do som é decente. O único problema é que o game sofre de um bug em que aleatoriamente os sons do game param e retornam depois de um tempo. Nada que atrapalhe a experiência do game, embora seja um pouco desagradável para o jogador.
Replay baixo
Rayman é um game muito curto, de forma que suas sete fases duram em torno de três horas de jogatina em que não se pode salvar o progresso, sendo necessário anotar irritantes passwords para continuar. Além disso, outra funcionalidade do game de PlayStation foi retirada da versão portátil: a possiblidade de trocar dados de jogo e destravar segredos do game, o que dá ainda menos motivos para se retornar à aventura.
Rayman era um bom game para quem desejava ter uma experiência de jogo próxima à oferecida no PlayStation. Contudo, em um console portátil, além de uma recente versão de console de mesa disponível para o 3DS, torna-se desnecessária a aquisição de uma versão cheia de limitações. Prefira a versão de DSiWare.
Revisão: Catarine Aurora