O que já é realidade
O OLED é um material menor que um fio de cabelo, composto por carbono e que, quando estimulado eletricamente, consegue emitir luz própria. A ausência das luzes de fundo é o que permite que o OLED seja tão fino e exija tão pouca energia para seu funcionamento.
É uma característica básica, mas extremamente importante para um portátil. Uma das maiores críticas ao 3DS refere-se a baixa duração da bateria. Caso o 3DS tivesse telas OLED, além delas se tornarem muito mais finas, gastariam menos energia, aumentando consideravelmente o tempo de utilização e de quebra tornando o portátil alguns gramas mais leve.
Os Ultrabooks só são possíveis devido às telas OLED:
O OLED trabalha com pixels individuais devido a não possuir luzes de fundo, o que permite um contraste nunca antes imaginado. Quando uma tela de LCD mostra uma imagem em preto, na verdade é um tom muito escuro de cinza devido aos backlights ainda estarem ligados. O OLED desliga individualmente os pixels e cria um preto real. Além disso, a tecnologia permite visualização com um ângulo de visão amplo, possibilitando que pessoas posicionadas a até 170 graus de angulação possam assistir sem perdas da imagem.
Além dos ganhos relacionados a peso, espessura e consumo de bateria, temos a melhora significativa na qualidade da imagem. Quem teve a chance de experimentar o PlayStation Vita, pode notar a qualidade do contraste oferecido pela tela, além do campo de visualização ter uma angulação muito maior.
O que é futuro
Apesar de muitos já terem conhecimento da flexibilidade das telas OLED, a característica ainda está em fase de testes. Para que tal flexibilidade seja possível, deve-se escolher o substrato (base) ideal. Hoje são utilizadas bases metálicas ou siliconadas para atingir um grau satisfatório de flexibilidade. Outra característica das telas OLED é que elas transmitem e alteram as informações quase que em tempo real.
Somando essas duas características temos algo parecido com o que pode ser visto no filme Minority Report e que está quase para se tornar realidade com o Skiff Reader:
O Skiff Reader, protótipo da Hearst Corp., promete ser o primeiro e-reader dobrável do mercado. A empresa pretende disponibilizar publicações de revistas e jornais para seu público, além dos e-books convencionais. O mesmo utiliza um substrato que mescla silicone e superfície metálica, garantindo a maleabilidade. O e-reader parece estar em fases finais de desenvolvimento e até o momento não há preço definido para esse promissor aparelho.
Espera-se que futuramente possamos dobrar o OLED como uma folha de papel, provavelmente criando um substrato removível. A proposta da Philips é criar pulseiras interativas.
Seguem imagens conceituais da Philips:
Antes da divulgação do que seria o PlayStation Vita, como acontece com todas as plataformas, foram criados conceitos por fãs. Baseados no fato que a Sony é uma das empresas que mais investiu no OLED flexível, foi imaginado um portátil em forma de pergaminho:
Possibilidades infinitas: telas OLED com substratos removíveis
Nós, do Nintendo Blast, chegamos à conclusão que seria uma grande vitória telas OLED com substratos removíveis. Imaginem que a tela do seu portátil não funcione mais porque alguma luz de alguma cor tenha queimado: Ao invés de levar o seu portátil para conserto, seria necessário somente substituir a folha de OLED defeituosa por uma nova, permitindo ao consumidor ganhar em praticidade e possivelmente, em redução de custos.
A tecnologia ainda tem muito o que evoluir, ainda há problemas com a durabilidade dos OLEDs de cor azul, fraco isolamento à umidade e com a má visibilidade em ambientes muito iluminados. Contudo, não restam dúvidas de que a tecnologia tem um futuro promissor, e que, em alguns anos, faremos usos desse tipo de tela em nossos aparelhos domésticos e, por que não, nos nossos videogames.
Quais as possibilidades que telas OLED flexíveis podem trazer aos nossos portáteis e aos consoles de mesa? Deixe-nos saber sua opinião, comentando abaixo.
Revisão: Vitor Tibério
