“Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. Angry Birds, um hit dos jogos mobile, chegou para desmentir esse ditado popular. A franquia da Rovio conseguiu fazer um grande sucesso com uma simples jogabilidade: usar pássaros que não podem voar como munição para um estilingue com poder de fogo para destruir porcos verdes. Ele já foi anunciado que virá para o lado nintendista da força e até o mestre Miyamoto disse gostar muito do jogo. A pergunta é como será que os pássaros vão dar as caras por aqui?
Explicando a teoria básica de Angry Birds
Se você não conhece como funciona Angry Birds, você provavelmente morou em uma caverna nos últimos anos. Lançado em 2009 pela Rovio Mobile, o jogo tem como heróis diversos pássaros, que, ao verem seus ovos serem roubados por porcos verdes, decidem destruir tudo para não deixar que se tornem o omelete de cada dia. Uma das maiores características da série é ter atualizações constantes com novos grupos de fases, aumentando o leque de opções e diversão. Existem jogos para diversas plataformas, porém, a maioria deles está disponível apenas para iOS, Android, PC e Mac. Todos os jogos são por download, outra coisa a se considerar.
Um dos principais fatores de jogabilidade são os diversos estilos de pássaros que o jogo propõe. O vermelho é o mais simples, tendo um poder pequeno de destruição; o amarelo, que consegue ganhar um impulso extra, é mais potente sobre a madeira; o azul, que se divide em 3, é mais útil sobre o gelo e o preto, que explode, sobre a pedra. O branco atira ovos explosivos, o tucano funciona como um bumerangue, o laranja consegue inflar e aumentar seu tamanho, o roxo pode seguir uma linha reta e o pássaro gordo tem um poder bem alto de destruição.
A série já contém 7 jogos: Angry Birds (o jogo original, com diversas fases), Angry Birds Seasons (com fases relacionadas a festas e estações do ano), Angry Birds Rio (baseada no filme de animação de mesmo nome), Angry Birds Space (se passa no espaço, onde a gravidade é um novo ponto de jogabilidade), Angry Birds Facebook (com power-ups e características de jogo social) e Angry Birds Chrome (para o navegador Google Chrome).
Pássaros em duas telas
Entre todos os consoles atuais da Nintendo, os que mais se encaixariam nos formatos atuais do jogo seriam os portáteis DS e 3DS, por causa da tela sensível ao toque, fundamental para o jogo nas outras plataformas. Nada mais natural que a utilização da tela touchscreen dos consoles da Big N seja a forma de jogabilidade do jogo para os portáteis. A tela poderia ser dividida de forma horizontal - onde o estilingue ficaria na tela inferior e a fase na tela superior - ou de forma vertical - onde você viraria o console para jogar. Convenhamos que a segunda forma é bem melhor: quem nunca mirou no “olhômetro” os pássaros só por olhar os obstáculos do outro lado?
O Nintendo 3DS, porém, tem a tecnologia do acelerômetro, capaz de fazer com que possamos jogar apenas com o movimento do console. A estratégia da Rovio pode ser alterar a visão do jogo para a primeira pessoa e usar o acelerômetro para mandar os pássaros para longe. Você poderia ver toda a fase em 3D, apertar um botão, segurar o controle para trás, soltar o botão e ver toda a destruição com profundidade. Tudo isto seria bem parecido com o boliche de Wii Sports.
Como em todas as versões, as fases possivelmente serão iguais as versões já existentes. Porém, a Rovio pode inovar em suas “fases bônus”, fazendo alusões a jogos da Nintendo para comemorar os primeiros jogos da série nos videogames. Destruir porcos na World 1-1 de Super Mario Bros. ou em cenários de Zelda II: The Adventure of Link deve ser muito legal. O StreetPass poderia ser usado para trocar pontuações máximas ou algum tipo de item que possa ser incorporado ao jogo. Tabelas de pontuações online também seriam bem-vindas, de forma bem semelhante ao Angry Birds Facebook.
Continuamos no toque ou vamos ao movimento?
Chegamos aos consoles de mesa, onde as coisas se diferem um pouco. O Wii U terá suporte tanto ao Wii Remote quanto ao novo console-tablet. Quando se trata do controle de movimento, as possibilidades são bem grandes. Que tal usar o Wiimote como um estilingue? Ou então usar ele como um grande dedo, usando o mesmo princípio de uma touchscreen, só que sem uma tela? Ou ainda usar o Nunchuk para direcionar o pássaro em seu ataque? Explodir o pássaro preto ou dividir o pássaro azul chacoalhando o controle? As possibilidades são grandes para a equipe de desenvolvimento da Rovio.
O novo controle-tablet do Wii U pode levar a jogabilidade original para as grandes telas. Utilizar a tela de toque para direcionar o pássaro e ver a destruição que ele causar em gráficos HD é o desejo de qualquer fã da série. Com o acelerômetro, podemos balançar o próprio controle e ver a cena na tela do controle. Se a Rovio decidir inovar de vez, ela pode até usar os dois tipos de controle ao mesmo tempo, em algum modo de cooperação. Pode ser que cada jogador tenha um arsenal de pássaros diferente e tenha de usar na ordem correta para destruir todos os porcos.
A Nintendo Network poderia ser livremente usada: tabelas de pontuação máxima, desafios online e download dos novos mundos (que sempre foram gratuitos). Se os rumores de que o Nintendo 3DS também tenha uma interação com o Wii U por meio da rede online, salvar os replays das fases para ver a destruição que você cometeu na tela 3D do portátil seria uma alternativa bem interessante.
Angry Birds está com tudo. Tem carisma, jogabilidade e todos já conhecem as aventuras destes pássaros. A chegada deles ao mundo Nintendo pode ser algo bem interessante, pois serão os primeiros jogos da série para um videogame de verdade. Como você acha que eles irão dar as caras nos nossos consoles favoritos? Como seria o Angry Birds que você quer jogar?
Revisão: Leandro Freire