Um diário de bordo é um livro que todo explorador carrega junto consigo para registrar a sua jornada. O que seriam das grandes descobertas da humanidade sem esses registros escritos? Não existe nada mais importante do que deixar um documento para as próximas gerações, revelando como foram feitas as suas descobertas. Pensando dessa maneira, um game longo nada mais é que uma grande jornada.
Assim, a partir desta semana, nasce a coluna Blast Log, para registrar as experiências, descobertas e aventuras de um jogador em um game específico.
E nada melhor para começar essa coluna em grande estilo do que falar sobre um dos jogos de maior sucesso dos últimos tempos: The Legend of Zelda: Skyward Sword. Como qualquer jogo da série, Zelda é um épico por si só, a experiência de jogá-lo se torna algo muito maior! Além disso, Skyward Sword trata de um tema perfeito para uma coluna como essa: a jornada individual de um herói. Sendo assim, ao final desse especial, teremos uma analise completa de Skyward Sword, da forma mais completa possível.
CUIDADO: O texto a seguir pode conter spoilers para quem não jogou Skyward Sword! Leia por sua conta e risco.
Bem-vindo à Skyloft!
Skyward Sword começa com um vídeo introdutório contando toda a história da luta da deusa Hylia contra os demônios que assolavam com destruição a superfície, algo que é muito bom para aqueles que vão conhecer o universo de Zelda pela primeira vez e também para os fãs que vão ter aquele gostinho de nostalgia. Também é aqui que sabemos sobre a origem da estranha terra flutuante de Skyloft: um pedaço de terra colocado acima das nuvens pelas mãos da deusa, onde os humanos (e uma misteriosa força), poderiam viver em paz e em segurança, longe de perigos.
Preparando-me para começar o jogo, me deparo com a visão de um bosque à luz do crepúsculo quando, de repente, o controle vibra fortemente em minha mão e uma besta negra gigante invade a tela da minha tv! Mas tão subitamente quanto apareceu, ela desaparece. O som de uma brisa forte surge e os loftwings aparecem sobrevoando Skyloft para iniciar a bela abertura do jogo!
E finalmente, nos reencontramos com nosso lendário herói! Link se vê em um pesadelo onde aquele terrível monstro aparece novamente, mas uma misteriosa voz o repele e convoca Link a despertar como um guerreiro. Ainda bem que nosso dorminhoco é acordado pelo loftwing de Zelda que lhe traz uma mensagem convocando-o para a Wing Ceremony, uma cerimônia onde os aprendizes de cavaleiros de Skyloft competem por uma estátua em uma corrida pelos céus.
Agora que tenho o controle de Link, o jogo começa de verdade e eu cuido para investigar um pouco da Knight Academy. Como em qualquer jogo da série Zelda, Skyward Sword possui side-quests que, além de serem muito interessantes em contribuir com o enredo do jogo, garantem prêmios importantes para o inventário (e para o bolso) de Link. Então é altamente recomendável que nos dediquemos um pouco nessas missões para descobrirmos mais sobre o universo em que estamos imergindo. Primeiramente, vou aprendendo como controlar Link e realizar movimentos básicos, o que se mostra muito simples. Além disso, vou conhecendo o povo e os lugares de Skyloft um pouco mais. Quando finalmente encontro Zelda tocando sua harpa no templo da deusa, descubro que tenho que resgatar meu loftwing desaparecido (isso depois de quase cair dos céus, ao ser empurrado por Zelda, esperando ser pego por ele). E conversando com o irritante e chato Groose e seus amigos, descubro que eles raptaram e prenderam meu pássaro, só para eu não poder participar da corrida durante a cerimônia (pura inveja das minhas habilidades de voo). A vontade é dar um soco na cara deles, mas minha primeira missão está me aguardando!
Conversando com alguns cidadãos, fico sabendo que Grosse prendeu meu pássaro em uma caverna perto da cachoeira. Mas como a entrada está bloqueada preciso encontrar uma maneira de entrar no local. Então, volto para Academia em busca de auxílio. Lá, me concedem o uso da espada para essa ocasião extraordinária e rapidamente aprendo a manejá-la. Descubro que o Wii Motion Plus realmente aperfeiçoou e tornou mais precisos os movimentos com a espada. É como se estivesse empunhando a espada em minhas próprias mãos. Agora sim estou pronto para entrar na caverna e enfrentar os perigos que forem precisos para resgatar meu grande amigo!
Depois de destruir alguns morcegos e esmagar outros monstros estranhos, consigo libertar meu loftwing e parto para início da corrida. Groose fica muito furioso em ver que consegui meu pássaro de volta, mas garante que conseguirá vencer essa corrida para poder se exibir para Zelda. Durante a corrida aprendo a controlar meu pássaro (os movimentos são bem simples e intuitivos) e, depois de pegar o jeito da coisa, consigo obter a estátua de pássaro ganhando a corrida. Groose e outros ficam muito decepcionados, mas, como grande vencedor, eu subo junto com Zelda até o topo da estátua da deusa para ganhar meu prêmio e realizar o ritual de comemoração da cerimônia.
E o primeiro item que recebo no jogo é algo que vai tornar minha futura jornada (e minhas quedas) ,digamos, mais suave. A Sailcloth é um pano muito resistente com a insígnia da deusa que Zelda havia tecido para o vencedor da corrida, e agora ela o entrega para Link. E para testar as capacidades desse item, ela me empurra do alto da estátua (como essa garota gosta de me derrubar, hein?). Demorei um pouquinho para manejar a aterrisagem com a Sailcloth, mas enfim consegui.
Tudo parecia que ia bem e Link e Zelda estavam muito felizes. Porém, pela conversa que Zelda tem comigo durante o voo após a cerimônia, percebo que não sou o único que anda tendo sonhos estranhos. E, felizmente, o enredo do jogo ia mudar drasticamente e a verdadeira aventura estava prestes a começar!
Nada de festa depois da cerimônia
Link e Zelda sobrevoavam Skyloft comemorando após a corrida quando um tornado negro surge das nuvens, atinge nossos personagens e leva Zelda para a superfície. Link infelizmente não pode fazer nada, pois cai inconsciente depois do acidente. Mas uma voz misteriosa o chamava para uma missão importante e, após ver Zelda ser engolida por aquele monstro terrível, ele acorda de um novo pesadelo. Quer dizer, acorda apenas para encarar um novo terror: Zelda desapareceu para além da superfície e ninguém sabe o que aconteceu a ela. Mestre Gaepora, pai da menina, parece desconfiar de alguma coisa quando Link lhe conta tudo que aconteceu, mas aconselha o herói a descansar.
Ainda bem que Link, como eu, não quer saber de repouso e quer encontrar Zelda de uma vez. Mas antes que eu possa partir para a aventura aquela mesma voz de antes me chama e ,seguindo ela, me deparo com uma forma humanoide azul que foge cada vez que eu chego perto. Seguindo ela noite adentro por Skyloft, dou de cara até mesmo com aquele gatinho simpático da primeira side-quest do jogo. Porém, agora ele não está para carinhos porque o bicho parece que está possuído. Ele me ataca e consegue me tirar dois corações de vida antes que eu dê uns golpes de espada nele! Tudo bem que eu não sou ainda nenhum expert em luta, mas como um bichinho desses consegue ser tão problemático? Enfim, sigo a humanoide até a estátua da deusa, onde ela me revela uma porta secreta e eu entro em uma câmara subterrânea.
Dentro da câmara, o humanóide revela se chamar Fi e fala com um estranho jeito “robótico”, sempre me comunicando estatísticas, projeções e probabilidades. Ela me conta que é o espírito criado pela deusa para guiar o herói escolhido em sua jornada. E em meio a esse papo teórico, Fi me conta que Zelda ainda está viva e precisa de minha ajuda, além de que meu destino e o dela estão entrelaçados pela história . Dizendo isso, Fi me ordena que retire a Goddess Sword que está encravada em uma pedra. E lá vou eu tirar a espada ao melhor estilo “A espada era a lei”. O mais interessante é que tenho que fazer literalmente os movimentos necessários para retirar o objeto da pedra e empunhá-la em direção ao céu.
Após essa sequência de revelações, Gaepora chega e não se mostra muito surpreso com a situação, pois ele sabia sobre as lendas que falavam sobre um guerreiro escolhido pela deusa. Só, é claro, ninguém esperava que fosse o “dorminhoco” do Link. Fi ainda me entrega uma pedra que faz parte de um mapa revelando um caminho da superfície, uma vez que o mapa é colocado na parede da câmara. Mas antes é necessário atingir um emblema flutuante com um Skyward Strike (um golpe muito poderoso, mas demorado para ser executado).
Então, ergo minha espada e atinjo o emblema com toda a energia da espada, revelando o local onde devo inserir a pedra. Ao fazer isso, um raio de luz sai da estátua e cai diretamente sobre as nuvens, revelando o local para onde devo me dirigir para encontrar Zelda e o meu destino. Fi ainda me avisa que vai me ajudar como uma “navegadora” durante minha jornada, já que seu espírito reside dentro da espada e assim posso chama-la a qualquer momento que precisar.
Depois de uma noite merecida de descanso, não perco mais tempo: visto meu uniforme de batalha (quanta nostalgia!), abasteço meu stash com poções no bazaar e trato de arranjar um simples escudo de madeira, pois proteção nunca é dispensável. Feito isso, pulo em meu Loftwing e voo até o raio de luz, caindo em direção a uma área revelada da superfície. Assim, a história estava apenas começando...
Desbravando Faron Woods
Descendo até a superfície, eu chego à misteriosa área chamada Sealed Grounds. Explorando-a, primeiro descubro as Birds Statues: os checkpoints do jogo, onde posso salvar meu progresso ou voltar aos céus quando quiser (ou quando estiver prestes a morrer!). Ainda dou de cara com alguns monstros fraquinhos, como plantas carnívoras, mas ao ver o pilar que está selando algo no fundo dessas terras, me vejo diante novamente do monstro negro terrível, mas, para minha sorte, apenas não passava de outro sonho. Ao me aproximar do pilar no fundo dessas terras, vejo uma energia maligna irradiando dele. Ouço uma voz me aconselhando a atingi-lo com o poder da espada e obedecendo, empunho minha arma e atinjo o pilar. A energia é contida e vários geisers são ativados pela descida da montanha de Sealed Grounds. Eles são muito úteis para acelerar a subida e também sinto que serão de grande auxílio no futuro.
Nesse momento, Fi me mostra uma habilidade muito interessante da Godess Sword: o downsing (ou rastreamento). Com essa capacidade, Fi pode alocar alvos para serem rastreados pelo poder da espada e, com isso, ela coloca Zelda com um dos alvos para me auxiliar a procurá-la.
Andando mais um pouco por essas terras estranhas, encontro um templo muito antigo e entrando nele me deparo com uma velha que parece saber muito sobre o destino de Zelda e Link. Como conselheira, ela me diz para atravessar uma das portas do templo e investigar os bosques de Faron por respostas às minhas dúvidas e por Zelda. Aventura, lá vou eu!
E assim chego ao belo Faron Woods e, como sempre tive uma queda por níveis que fossem em florestas, me sinto em casa! Mas antes de entrar nesse mundo novo é recomendável comprar uma rede para capturar insetos (se o stash tem dinheiro suficiente. Os bosques são repletos de insetos variados, e capturá-los pode garantir um aperfeiçoamento de poções muito úteis em momentos críticos). Além disso, tesouros valiosos estão espalhados por todos os cantos e, quantos mais se obter, melhor. Mas parece que não sou apenas eu que está entrando nessa área: conheço o grandão Golo que, como eu, é um explorador das lendas da superfície. Ele fica impressionado em conhecer um humano e me deseja boa-sorte em minha jornada. Um cara bem simpático.
Começo a bater nos inimigos e treinar meus golpes de espadas (os Bokoblinks são monstrinhos realmente muito patetas). Durante minha jornada pelo bosque encontro um bichinho muito assustado mais muito simpático: os Kikwis. Eles morrem de medo dos invasores do bosque e me orientam a falar com o Elder Kikwi. Encontro ele isolado em uma parte do bosque lamentando seus queridos kiwis perdidos. Assim, recebo a tarefa de localizar os bichinhos pela floresta utilizando a dowsing ability. Tarefa que só foi realizada depois de me perder muito pelo bosque, porque, apesar da habilidade de rastreamento ser bem precisa, às vezes você pode acabar em um beco sem saída. Mas finalmente consigo resgatar os cinco kikwis e retorno até o Kikwi Elder para completar minha missão. Para minha alegria, o bichão me entrega uma recompensa muito valiosa direto de suas costas: o estilingue.
Com esse primeiro artefato no meu inventário, posso atordoar inimigos e atingir alvos e mecanismos a uma curta distância. E, nas partes que se seguem, esse artefato promete ser bem útil.
Missão completa, me preparo para adentrar em outra parte do bosque para continuar minha busca por Zelda. Porém, antes de entrar em Deep Woods, sinto que existe alguém que está me seguindo. Em todo caso, chego à próxima área e depois de bater em mais alguns monstros encontro meu amigo Golo novamente, me informando sobre os estranhos cubos com o símbolo da deusa que estão espalhados pela superfície. Resolvo carregar minha espada e atinjo o objeto com toda a minha força! O cubo se torna luz e se dirige para o céu para em breve se tornar uma recompensa surpresa em Skyloft.
Agora que estou próximo de uma porta gigante que não parece ter fechaduras, procuro um pouco e encontro mecanismos que posso atingir com meu estilingue. E, para minha surpresa, a porta range com estrondo e se abre para me revelar meu primeiro grande desafio do jogo!
Enigmas e batalhas mortais!
Entro na primeira dungeon do game armado e com meu stash bem equipado. Em Skyview Temple, me deparo com um belíssimo templo abandonado e parcialmente inundado cheio de monstros. Até que consiga encontrar o mapa da dungeon, tomo muitas direções erradas, mas consigo ativar certos dispositivos, encontrar chaves e descobrir muitos tesouros.
Atravessando mais algumas portas, entro em uma parte mais próxima da superfície do Templo e, quando entro em uma câmara, percebo que a porta atrás de mim é lacrada! Então, perante mim ossos de esqueleto começam a tremer no chão e um guerreiro se ergue para me enfrentar. O terrível Stalfo pode ser um inimigo complicado de vencer pois sabe utilizar suas duas espadas com grande habilidade para defesa e para o ataque. Depois de sofrer um pouco nas mãos desse monstro, consigo despedaçar o esqueleto e além da glória da vitória, consigo obter um item fantástico: o Besouro.
Esse pequeno robô em forma de inseto agora vai me ajudar a investigar certos lugares inacessíveis da dungeon, além de cortar o mal pela raiz (literamente com aquelas plantas carnivoras irritantes). Pilotando o besouro consigo ativar e abrir mais algumas portas até encontrar uma chave muito estranha! Com essa chave fui capaz de abrir a última porta da dungeon (levei algum tempo para acertar seu encaixe na fechadura) onde a presença de Zelda se encontra mais forte!
Adentrando nessa câmara encontro um homem que parece estar bem frustado. Na verdade ele é um demônio, ou melhor, o Lorde Demônio Ghirahim, que parece ter uma auto-estima acima da média. Ele ainda revela que foi o responsável pelo tornado que arrastou Zelda para a superfície. No entanto, seu plano de capturar a jovem havia sido frustado pela serva da deusa. E procurando-a, ou como ele a chama, a feita ou escolhida pelos deuses, ele se decepcionara ao saber que sua aura acabara de desaparecer daquele templo. O problema é que, se Link está pensando em tentar chegar nela antes dele, o jovem guerreiro está muito enganado.
Assim, começa a batalha do primeiro chefão do jogo: Ghirahim primeiramente não tenta me atacar, mas se tento atacá-lo ele consegue reter meu golpe com apenas uma mão, além de jogar minha espada para longe me desarmando. Consigo recuperá-la, mas em pouco tempo ele decide começar a me atacar e lança pequenos projéteis vermelhos que podem tirar muita energia se me atingem. Mas consigo desviar deles com relativa facilidade, além de destruir alguns com a espada e conseguir rebater outros com o escudo. Para minha infelicidade, Ghirahim resolve mudar de tática novamente e ergue sua espada. Seus golpes são muito poderosos, mas consigo achar uma brecha na sua defesa e o atinjo pelo lado com minha espada com toda força.
O lorde demônio se lamenta muito por causa da aparente derrota, mas me promete que irei pagar muito caro em nosso próximo encontro. Estou realmente muito ansioso por esse momento!
Ao final da batalha mortal, recebo um coração extra e aumento minha vida. Prosseguindo na câmara, uma porta em minha frente desaparece revelando uma passagem e, ao atravessá-la, me deparo com um altar cercado por águas purificantes. Fi sai da espada para me revelar que Zelda provavelmente passou por esse lugar a fim de purificar seu espírito para o destino que lhe aguarda.
Fico decepcionado, mas atinjo o emblema no altar da deusa com o poder de minha espada. As palavras e a graciosa dança de Fi, me traduzindo uma antiga mensagem dos deuses, me animam a continuar minha jornada. Obtenho o segundo pedaço de pedra que irá me revelar outra área da superfície e me sinto confiante para completar a missão dada a mim. Mas por enquanto, é hora de voltar para Skyloft.
A aventura continua nas próximas semanas…
Revisão: Mateus Pampolha