Plug and Blast: Cartuchos de Game Boy

em 18/03/2012

Todos sabem que, ao longo da história do videogame, jamais existiram consoles portáteis tão populares quanto os da série Game Boy. Mas nã... (por Gustavo Rocha em 18/03/2012, via Nintendo Blast)

Todos sabem que, ao longo da história do videogame, jamais existiram consoles portáteis tão populares quanto os da série Game Boy. Mas não é pra menos, afinal, ter uma belezinha dessas de qualquer época foi, para muitos, motivo de ficar horas cobiçando os consoles em anúncios de revistas gamisticas, ou em lojas ou locadoras especializadas, vendo com brilho nos olhos a capa de jogos clássicos como Pokémon Red, ou Zelda: Oracle of Ages/ Seasons. E é aí também que morava uma grande curiosidade: como era possível rodar jogos gigantescos como Pokémon ou Zelda em consoles tão diminutos? Graças aos hardwares poderosos dos game boys? Também, mas o que realmente era impressionante, era o poder de processamento dos Cartuchos, seja em um Game Boy Pocket ou num Advance, e é isso que vamos abordar nessa matéria.

O Game Boy Clássico e o início da memória ROM


O Game Boy Clássico ou “Tijolão”, como muitos chamam hoje em dia, possuía capacidade para rodar gráficos em até 8 Bits, ou seja, o poder de um NES na palma da mão. 

Logo, seus cartuchos cinza tinham que possuir um grande potencial de hardware (para a época): enquanto o console possuia 8 kB de memória RAM (sigla pra “Random Acces Memory” ou “Memória de Acesso Aleatório”), seus jogos possuíam de 32kB a 512kB de ROM (sigla para Read Only Memory ou Memória Apenas de Leitura). 


Ou seja, apesar de o Game Boy dar o suporte no processamento da imagem, os cartuchos por si só desenvolviam praticamente toda a capacidade de leitura do jogo. Não entendeu? É só pensar que os jogos rodavam 90% sozinhos, apenas com a força do cartucho. Isso era algo inimaginável para a época, e demonstra mais uma força de inovação que a Nintendo teve no final dos anos 80.

Críticos especializados em videogame apontam que a melhor versão de Tetris é a do Game Boy Clássico, e eu concordo inteiramente com essa afirmação. 

Cartuchos do Game Boy Color e o início das cores


Com o lançamento do Game Boy Color, os cartuchos tiveram um papel menos importante, no sentido de que todo o processamento de cores não era armazenado no cartucho, mas sim em uma memória interna dentro do console, através de paletas, predefinidas ou não.


Era capaz de apresentar até 56 cores simultaneamente (sendo que sua paleta possuía mais de 32.000 cores disponíveis), e possuia mais que o dobro de processamento do que o primeiro GB. Jogos como Wario Land 3 usavam e abusavam das cores, e muitos podiam até ser comparados a jogos do Super Nintendo.



Os cartuchos criados apenas para GBC possuíam formato em cores limpas. Também tinham os que eram compatíveis com o primeiro GB e possuíam formato quase idêntico ao anterior, apesar de serem pretos, para identificação.


Dos jogos do Color, recomendo Pokémon Cristal por ser infinitamente épico!

Cartuchos do Game Boy Advance e seu tamanho diminuto


O último modelo de Game Boy foi também o tipo com os menores cartuchos lançados até a chegada do DS (que substituiu os cartuchos por cartões de memória flash). Possuíam menor espessura: menos da metade de um cartucho de Game Boy Color.

As memórias internas possuíam baterias capazes de gravar jogos por extensos períodos de tempo. 
Felizmente, caso um cartucho parasse de salvar, era possível trocar a bateria sem muitos problemas.
Também era fácil identificar um cartucho original de GBA, pois apresentavam uma identificação na saída do interruptor.

Eram poderosos, pois possuíam cores especiais de suporte apenas à widescreen, e alcançavam até 32.000 cores simultaneamente, tanto no modelo normal como no modelo SP.



O GBA aceitava jogos de todos os outros Game Boys anteriores, podendo processar até 56 cores dos mesmos.



Alguns jogos que demonstram muito bem o potencial de cores do console são The Legend of Zelda: The Minish Cap e Super Mario Advance 3: Yoshi’s Island ( que considero um dos melhores jogos de plataforma de todos os tempos, mas isso não vem ao caso).

Os Game Boys reinaram em suas épocas, e o poder de seus cartuchos só contribuiu de forma única para o potencial dos consoles. E você, ainda tem algum jogo de GB? É colecionador? Tem algum game preferido entre todos dos portáteis? Comente!
Revisão: Mateus Pampolha
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