Blast from the Past: Donkey Kong Country 3 (SNES)

em 15/03/2012

Lançado em 1996 (mesmo ano em que o N64 veio ao mundo), Donkey Kong Country 3: Dixie Kong's Double Trouble! (ou DKC 3 para os íntimos e... (por Henrique Pradella em 15/03/2012, via Nintendo Blast)

Lançado em 1996 (mesmo ano em que o N64 veio ao mundo), Donkey Kong Country 3: Dixie Kong's Double Trouble! (ou DKC 3 para os íntimos e preguiçosos) chega ao SNES com uma missão mais difícil do que derrotar o fanfarrão K. Rool e sua trupe: manter o sucesso extraordinário que foi Donkey Kong Country 2 e fechar com chave de ouro uma das melhores trilogias dos games... e ainda competir com o badalado N64. E aí, como será que a família Kong se saiu?

O tempo passa, o tempo voa e o enredo continua numa boa...


Esta nova aventura tem início devido a uma frustrada viagem de Donkey e Diddy, que decidiram comemorar a derrota de K. Rool em DKC 2 perambulando mundo afora. Algo deu errado e a família Kong não demora a perceber que seus integrantes mais famosos foram sequestrados por uma criatura chamada Kaos (a qual na verdade é um robô controlado pelo maléfico Barão K. Roolenstein. Sendo assim, não resta muito a ser feito a não ser convocar Dixie e seu primo Kiddy (o bebê macaco mais forte já visto) para a missão de resgate.

Novos membros, novos aliados...

A essa altura, Dixie já é uma veterana em caçadas ao crocodilo mais temido (ok, nem tanto assim...) pelos Kongs, mas Kiddy faz sua estreia na série. E a mesma mistura entre novatos e veteranos acontece com os aliados da dupla:
  • Quawks: O mais novo reforço aéreo é um papagaio roxo e parrudinho, ele não sabe atirar ovos, mas cumpre seu papel ao carregar e atirar barris.
  • Parry: Mais um par de asas para auxiliar os Kongs, Parry sobrevoa a dupla coletando os itens que estejam fora de alcance.
  • Ellie: Uma das novidades mais legais, essa simpática filhote de elefante veio substituir o saudoso Rambi. Ellie é extremamente útil, pois além de atropelar os inimigos, pode pegar barris com a tromba e jogar água nos inimigos. Infelizmente, nossa amiga de peso não é muito corajosa em relação aos ratos...
  • Squawks: Liderando a turma velha de guerra, nosso amigo verde volta com as mesmas funções exercidas no jogo anterior: levar os Kongs a lugares altos e cuspir ovos.
  • Enguarde: Também aparecendo pela terceira vez, o reforço aquático continua derrubando os inimigos com seu nariz afiado.
  • Squitter: Por fim temos afamigerada aranha que usa all star. Dando as caras pela segunda vez na série,ela continua fundamental para o jogo, seja por derrotar os inimigos com tiros de teia, ou por sua habilidade de criar plataformas de teia.

A Dinastia Kong

Presença obrigatória nos jogos da série, temos alguns membros da família Kong que são fundamentais para o progresso de Dixie e Kiddy:
  • Cranky Kong: O patriarca rabugento retorna, só que desta vez ele prefere desafiá-lo em um jogo de tiro ao alvo, ao invés de ajudá-lo com conselhos e dicas.
  • Funky Kong: O mecânico mais versátil da macacada é agora responsável por uma oficina de barcos, onde realiza consertos e upgrades nas lanchas e botes da dupla. Enfim, é o responsável pelos meios de transporte que você utiliza durante o jogo.
  • Swanky Kong: O show “man” da turma continua investindo no ramo do entretenimento, sendo agora dono de uma tenda móvel de jogos. Diga-se de passagem, é onde você enfrenta o velhote Cranky.
  • Wrinkly Kong: Assim como nos outros títulos, ela aparece com a função de salvar o jogo. Infelizmente, assim como Cranky, também deixa de oferecer conselhos e dicas ao jogador.

Uma jornada rumo ao Kremisfério Norte...

Bons tempos em que a Rare fazia jogos espetaculares e ainda tinha a sagacidade de incluir todo o tipo de trocadilho infame. Vamos relembrar os principais pontos turísticos desta aventura:
  • Lake Orangatanga: A primeira etapa do jogo. Esta área é bastante calma, possui muitas referências às florestas europeias e não apresenta muitas preocupações para nossos heróis. O chefe deste mundo é Belcha, o barril amaldiçoado.
  • Kremwood Forest: Local marcado pelas gigantescas sequoias, inclusive com algumas delas abrigando fases. Tem como chefe Arich, uma aranha venenosa e, vejam só, gigante!
  • Cotton-Top Cove: Terra das cachoeiras, o terceiro mundo do jogo é um dos meus favoritos, tanto pelo visual quanto pela diversidade das fases. Squirt, o caranguejo-monstro é quem comanda a área.
  • Mekanos: Deixando de lado a tranquilidade da natureza, em Mekanos vemos um cenário poluído, marcado por instalações industriais e maquinário pesado. E o responsável por tudo isso é Kaos, o robô com luvas de boxe (que sequestrou Donkey e Diddy no começo da história).
    K3: Chegamos ao quinto mundo e nos deparamos com um ambiente completamente coberto pela neve e, como era de se esperar, algumas fases devidamente escorregadias. O chefão da vez é Bleak, um boneco de neve robótico e psicótico.
  • Razor Ridge: Marcado por penhascos e teleféricos, o mundo guarda algumas das fases mais desafiantes do jogo. Esta área é protegida por Barbos, um ouriço-do-mar bastante irritado.
  • Kaos Kore: Lar dos vilões do jogo, esta área possui um lago envenenado, raios assassinos e uma mansão com um aspecto assombrado. Obviamente é defendida por Kaos e o Barão K. Roolenstein.
  • Krematoa: Com mais um trocadilho óbvio da Rare, chegamos a Krematoa, uma ilha vulcânica com uma paisagem quase totalmente petrificada. Seu líder e defensor é o incansável Barão K.Roolenstein.

Irmão Urso, você por aqui?

Uma grande novidade em DKC 3 são os irmãos ursos, que encontram-se espalhados em todos os mundos e possuem muitas dicas e informações valiosas. Alguns são responsáveis por habilitar passagens secretas, ou mesmo permitir que o jogador chegue a áreas obrigatórias.
Em geral, todos precisam de algum item ou ajuda, criando um novo estímulo para o jogador explorar novamente locais que já foram visitados. Curiosamente, cada urso possui um ofício, o qual está relacionado com a sua atual necessidade, como um botânico em busca de uma flor rara, um operador de teleférico que precisa de ferramentas para trabalhar e por aí vai... Veja a relação completa destes personagens carismáticos:
  • Bazaar: Como o nome indica, possui uma loja onde você pode conseguir itens e informações.
  • Barnacle: Residente em Lake Orangatanga, gosta de colecionar conchas.
  • Brash: Atlético e competitivo, gosta de se mostrar o mais rápido na fase “Riverside Race”.
  • Blunder: Dono de uma livraria, adora conversar e é a primeira dica que temos sobre um mundo secreto.
  • Blue: Um urso tristonho e solitário que vive em uma caverna. Está chateado porque esqueceram de seu aniversário.
  • Bazooka: Veterano da "Guerra da Kreméia",  precisade munição para disparar seu “Big Bessie”.
  • Blizzard: Alpinista da montanha K3 e fã da neve que parece ter sido o único a se lembrar do aniversário de Blue.
  • Bramble: O urso botânico está em busca de uma flor rara para seu novo vaso.
  • Benny: Dono de um teleférico em Razor Ridge, gostaria que alguém ajudasse seu irmão Björn.
  • Björn: Irmão de Benny, possui um teleférico quebrado e precisa de ajuda para consertá-lo.
  • Barter: Dono de uma loja de quinquilharias. Queria ter um espelho para saber se está realmente sujo.
  • Baffle: Fascinado por códigos e mensagens secretas, precisa de um espelho para concluir sua mais recente tarefa.
  • Boomer: Especializado em explosivos, foi enviado para Krematoa por ser considerado um perigo para a ordem pública.
Outra novidade que marca presença em DKC 3, são os pássaros-banana (?!). Possuidores de algumas propriedades mágicas, foram aprisionados por K. Rool em diversos cristais espalhados pelas cavernas do Kremisfério Norte. Para libertá-los e conseguir habilitar o primeiro final secreto, o jogador deve acertar uma sequência  de luzes, como no clássico jogo Genius. Para o segundo final secreto é necessário completar 105%, o que geralmente requer alguns artifícios como códigos.

O Grand finale

DKC 3 apresenta um dos gráficos mais bonitos do SNES, melhorando a tradição da série em seu visual inovador para um console com 16 bits. Contudo, quando comparado com seu antecessor, ojogo acaba sendo alvo de algumas críticas referentes à falta de inovação e até mesmo de ser muito fácil em algumas fases. Mas nada disso é suficiente para diminuir os méritos desse grande título, que além dos elementos citados no texto, apresenta uma jogabilidade fácil e viciante (similar aos outros games da série), uma trilha sonora arrebatadora e uma série de fases bônus e desafios secretos. Certamente conquistou seu lugar na incrível biblioteca do SNES e fechou com chave de ouro uma das trilogias mais cultuadas daquele console.
Revisão:Marcos Vargas Silveira

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