N64

Nintendo 64 faz 15 anos hoje; equipe N-Blast conta suas histórias com o console

em 23/06/2011

23 de junho de 1996. Há exatos 15 anos, o saudoso Nintendo 64 chegava às lojas japonesas.  Parece que foi ontem que jogávamos Super Mario 6... (por Gustavo Assumpção em 23/06/2011, via Nintendo Blast)

250px-N64-Console-Set23 de junho de 1996. Há exatos 15 anos, o saudoso Nintendo 64 chegava às lojas japonesas.  Parece que foi ontem que jogávamos Super Mario 64 e Pilotwings 64, os dois principais games do lançamento do console da Nintendo. Mesmo que ele não tenha sido um sucesso tão grande de público (não conseguiu chegar a 33 milhões de unidades vendidas ao longo de sua vida), o console deixou saudade exatamente porque rendeu uma quantidade bem grande de bons games – alguns deles entre os melhores de todos os tempos, como o surpreendente The Legend of Zelda: Ocarina of Time.

Para comemorar essa data tão especial, vale a pena conferir algumas matéria que o Nintendo Blast já publicou ao longo de sua história. Pra começar, nada como ficar por dentro de um resumão de toda a história do console, que estrelou um dos capítulos do “A história dos videogames” e outro do”Nintendo Chronicle

Também vale a pena relembrar alguns games inesquecíveis, como Space Station Silicon Valley, Hey You Pikachu!, Goldeneye 007, Banjo-Tooie, Mario Party 2, The Legend of Zelda: Majora’s Mask, The Legend of Zelda, Ocarina of Time, Blast Corps, 1080º Snowboarding, Banjo-Kazooie, Conker’s Bad Fur Day, Wonder Project J2, Harvest Moon 64, Pokémon Stadium, Doshin the Giant, Custom Robo 64, Jet Force Gemini, Resident Evil 2Rayman 2, Donkey Kong 64, que já estrelaram a coluna Blast from the Past.

Também vale a pena relembrar os games super esperados do console que acabaram nunca saindo, como Twelve Tales Conker 64, Kimba, Earthbound 64, Dinossaur Planet, Final Fantasy 64, Rev Limit e Super Mario 64 2.

  • Saudade imensurável

125px-Nintendo_64_Logo.svgToda a equipe Nintendo Blast tem um carinho muito especial pelo Nintendo 64, seja pelo seu jeito estranho de ser, seja porque ele está relacionado com a infância de boa parte dos integrantes. Pensando nisso, tentamos contar um pouquinho pra vocês do quão especial o Nintendo 64 é. Confira:

Gustavo Assumpção: Como eu ganhei meu Super Nintendo muito tarde (em 1995), o Nintendo 64 só acabou se tornando realidade em 1999, quando boa parte dos bons games já haviam sido lançados. Lembro que fiquei com vontade de tê-lo por anos, mas o custo elevado dos cartuchos fez com que tudo fosse mais difícil. Só com o lançamento de Donkey Kong 64 se fez o inevitável, e olha que ainda ganhei a versão verde da série Sabores, lançada pela Gradiente aqui no Brasil também em 1999. Antes disso, o Nintendo 64 era um sonho que eu desfrutava em alguns poucos momentos em uma locadora perto de casa. Sem dúvida alguma, o Nintendo 64 é responsável por vários dos momentos memoráveis da minha vida gamer e pela minha paixão por algumas franquias que hoje estão consolidadas (como Super Smash Bros., Mario Party e Paper Mario, por exemplo). Foi um console com seus problemas, com seus defeitos e equívocos, mas marcante, sem dúvida alguma.

Mateus Lôbo: Possuo muitas lembranças boas do N64, por ele ter quatro controles, proporcionou grandes jogatinas nas casas de amigos. GoldenEye 007 e Perfect Dark, era uma briga pra escolher qual destes iríamos jogar! Pokémon Stadium 1 e 2 foram bem presentes, principalmente o 2. Os Minigames eram muito divertidos, empurrar pokébolas com o Sentret ou o jogo de "Beyblade" com o Hitmontop animava bastante. Quem nunca brincou do quiz de conhecimento pokémon com os amigos ou nunca tentou passar de todos os ginásios no modo história? Até hoje sinto saudades do Stadium, pena que ele não recebeu uma continuação nas gerações seguintes.

Thiago Oliveira: Em 1997 estava com viagem marcada para conhecer a Disney e, como todo turista brasileiro, dar uma passada no paraíso consumista de Miami. Na época, um jogo já tinha chamado minha atenção para o "tal" N64: Cruisin' USA, uma febre nos arcades da época. Cansado de dividir o controle de SNES com meu irmão mais velho, aproveitei o momento e trouxe feliz da vida meu primeiro videogame da viagem e junto com ele, dois títulos: Super Mario 64 e Fifa Soccer 64. Uma das maiores felicidades da minha infância foi ter derrotado o Bowser antes do meu irmão, já veterano dos games. Depois disso a rivalidade caseira entre irmão mais novo e irmão mais velho só aumentou: International Superstar Soccer, Goldeneye 007 e F-Zero X ajudaram a mostrar quem era “o cara”. O N64 resume muito esse momento família da minha infância. Sem dúvida o console que mais me marcou.

Rafael Neves: Há quinze anos estávamos dando os primeiros passos nas tecnologias de 3D poligonais. Hoje, temos imagens em três dimensões em alta definição e estereoscópicas. Muita coisa pra menos de 20 anos não é? Como a tecnologia evoluiu tão depressa nos games? Um dos pilares desse salto foi o N64. Primeira grande empreitada da Nintendo nos 64-bits, o console representou um avanço grotesco em relação ao SNES. O N64 foi palco de games que tinham mecânicas inovadoras para o mundo 3D, terreno fértil para idéias criativas. Super Mario 64 revolucionou o jogos de plataforma através de uma mecânica de movimentação exímia. 007 GoldenEye trouxe os tiroteios tridimensionais aos consoles de mesa. Pokémon Stadium levou os monstrinhos a batalhas poligonais. Zelda: Ocarina of Time trouxe um mundo vasto e a implementação do Z-Targeting, para batalhas em três dimensões. E muitos outros jogos fizeram a festa no N64, como Banjo-Tooie/Kazooie, Mario Kart 64, Star Fox 64... Mesmo não sendo um sucesso comercial se comparado ao PlayStation, está na memória de quem derrama uma lágrima ao lembrar daquele estranho controle e as aventuras que ele proporcionou....

Alex Sandro: Conheci um tal de "meia quatro" quando meu primo ganhou um. Para alguém como eu que só estava acostumado com o Super Nintendo, ver tantos botões me deixou confuso. E ele tinha alugado um jogo de um garoto de roupa verde e não conseguíamos sair daquela vila... Logo após, ele ganhou um PlayStation 1 e me deu o N64. Joguei Super Mario 64 (peguei todas as estrelas), GoldenEye 007 (usando o gatilho Z e divertindo com um dos melhores multiplayers de todos os tempos) e Mario Party. Mas foi só um amigo me dar um cartucho de Ocarina of Time para a minha vida mudar totalmente. Comprei o cartucho dourado de Majora's Mask e o Expansion Pack só pra jogar a outra aventura de Link. Simplesmente marcante. Quebrei muitas alavancas analógicas, me assustei quando colocava o cartucho e os saves não estavam mais lá, mas a partir daí, aquele "um tal de meia quatro" se tornou "O Inesquecível Nintendo 64". Nintendo Sixty-Foooooooooooooouuuuuur[ever]!

Douglas Fernandes: Era 1997 e lembro quando cheguei na locadora sem saber o que iria jogar. Apontei para uma das caixinhas e fui encaminhado à "cabine" de jogo. Sem muita coordenação com aquele controle diferente do Super Nintendo morri diversas vezes e em cada morte o sangue escorria na tela. Eu não sabia o nome do jogo mas dias depois descobri que era GoldenEye 007. Então comecei a comprar a Nintendo World e acompanhava tudo pela revista e alimentava meu sonho de possuir um Nintendo 64. Na época eu não tinha computador, nem sabia o que era internet, então abria um caderno e começava a "configurar" meus pokémons para quando eu comprasse ou ganhasse um N64 em alguma das varias promoções que participei da NW, já ter tudo pronto. Mal sabia eu que Hyper Beam não era assim tão eficiente. Nesta época eu usava um videocassete para gravar em fitas VHS as minhas jogatinas como se fossem filmes, só as cutcenes como a introdução de cada novo lugar ou dungeon visitada em Ocarina of Time. Foram poucos os jogos que deixei de jogar por falta de tempo ou porque ficava o dia inteiro só treinando Pokemons em Red/Blue pelo Transfer Pack.

Felipe de Castro: Meu primeiro "contato" com o Nintendo 64 foi através de um álbum de figurinhas, o Nintendo World, de 1996. O álbum retratava uma breve descrição do console e mostrava alguns poucos games que haviam sido lançados. E dentre esses estava Super Mario 64. Ver o bigodudo mais querido em gráficos poligonais, mesmo que através de figurinhas, era fascinante e só aumentava meu desejo de poder experimentar aquela nova sensação. Depois disso, tive a oportunidade de vivenciar alguns games do N64 em uma locadora perto da minha residência. Claro que jogar Super Mario 64 em uma locadora e com um tempo limite não é a mesma emoção. Mas lembro-me que o destaque dessa época ficava por conta do multiplayer. Era fabuloso as disputas com quatro amigos pelos cenários de Goldeneye 64, ou Mario Kart 64, Mario Party e até mesmo Diddy Kong Racing. Logo depois um primo e um amigo de infância adquiriram o N64, ai sim a emoção foi garantida e inigualável ao poder finalizar Super Mario 64 e outros excelentes games. E não posso esquecer das batalhas de Super Smash. Além disso, fazia questão de treinar meus pokémons do Pokémon Yellow (GBC) e utilizá-los nas batalhas contra eles em Pokémon Stadium. Até o tão famoso Pikachu surfista eu tive, graças a possibilidade de interação entre o Nintendo 64 e os cartuchos de Game Boy com o Transfer Pak.  Mas a principal recordação dessa época vai para as emoções vividas com Banjo-Kazzoie, um jogo cativante e divertido ao extremo que me proporcionou horas e mais horas de diversão. O Nintendo 64 foi um console, que mesmo não possuindo o meu próprio, marcou uma época. O Nintendo 64 além de todas as suas inovações e novidades, foi uma nova possibilidade de interação de todo universo Nintendo ao polígonos e traços do 3D.

Daniel Moisés: O meu primeiro contato com o Nintendo 64 envolveu algumas situações engraçadas. Meu pai havia acabado de retornar de uma viagem ao Japão e, como o novo console havia acabado de ser lançado, é claro que ele aproveitou para trazer um. Eu rapidamente o montei e conectei, colocando o jogo Super Mario 64. Devido a um problema de codificação da TV, a imagem ficava em branco e preto, mas eu fiquei maravilhado com os gráficos mesmo assim e o primeiro “It’s-a me, Mario!” que ouvi ficará gravado em minha memória para sempre. Muito bem, o detalhe é que, quando liguei o aparelho pela primeira vez, eu inocentemente estava mantendo o direcional analógico do controle para um dos lados. Aquele controle era uma grande novidade para mim na época, mas hoje todos nós sabemos que, ao fazer isso quando se liga o console, ele reconhece aquela posição do direcional como a posição central e os controles acabam ficando malucos. O resultado foi que o Mario começou a correr sozinho pelo cenário... e eu achei que o jogo era assim mesmo! É claro que, depois de brigar um pouco com isso e reiniciar o console, eu descobri o problema. Outra dificuldade era que o jogo estava em japonês e, como não tinha acesso à internet naquela época, eu precisava descobrir tudo por conta própria... levou um tempo até descobrir que, para entrar na primeira fase, havia que pular dentro do quadro, o que na verdade acabou acontecendo por pura casualidade. O Nintendo 64 pode não ter sido um dos melhores consoles da Nintendo... mas com certeza é um dos que eu me lembro com mais carinho.

Alberto Canen: Eu não tive muitas experiências com o Nintendo 64. Praticamente pulei do Super Nintendo para o Playstation, para então voltar aos braços da Big N com o Wii e DS. Mas duas coisas chamaram minha atenção: quatro entradas para controles e o design dos mesmos. Sempre preferi jogar com os amigos na sala, do que sozinho. Imagina poder jogar com tantos de uma só vez. Fora isso, teve um jogo que tive que conhecer: Super Mario 64. Ver o Mario andando pra frente e pra trás, em vez de apenas para os lados, foi muito emocionante.

E você, quais suas lembranças com o Nintendo 64? Conte pra gente!


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