A espera finalmente terminou. Depois do anúncio do remake, para Nintendo 3DS, daquele tido como um dos melhores jogos de todos tempos, fãs de todos os cantos do mundo contavam os dias para o lançamento de The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D. A cada imagem liberada, cada notícia divulgada, a horda de fãs ardorosos da série ficava em polvorosa. E eis que, no dia 19 de junho deste ano, Ocarina of Time 3D chegou finalmente às lojas nos Estados Unidos (e, em poucos dias, em território nacional).E como não podia deixar de ser, o Nintendo Blast traz para você a análise de um dos jogos mais esperados para o Nintendo 3DS desde o lançamento do portátil.
Retornando a Hyrule
Quase treze anos se passaram desde o lançamento de Zelda OoT para Nintendo 64. Na época, o jogo inovava trazendo um mundo aberto e bastante detalhado, completamente em 3 dimensões, e essas características fizeram com que ele se tornasse referência para diversos lançamentos que viriam a seguir. O game contava a história de Link, um menino que vivia na Kokiri Forest e era o único de sua raça a não ter uma fada. Certo dia ele não só recebeu uma fada para lhe fazer companhia como também recebeu uma missão mais do que importante: ser aquele que livraria as terras de Hyrule de todo o mal. Para isso, ele precisaria reunir pedras e medalhões especiais e viajar no tempo para concluir seu objetivo.O tempo passou e aquele jogo que deixou sua marca na história (e na memória de milhões de jogadores) retornou com gráficos não apenas melhorados e atualizados, mas também em 3D estereoscópico. E, convenhamos, desbravar cada canto de Hyrule com a sensação de se estar olhando através de uma janela é uma experiência incrível. O 3D do Nintendo 3DS casou perfeitamente com OoT 3D, podendo o jogo ser facilmente considerado aquele que melhor utiliza esse efeito.
Fora isso, tudo aquilo que você viu há treze anos está lá, praticamente intocado; as músicas emocionantes, os personagens cativantes, e até mesmo os bons e velhos bugs foram mantidos como no jogo original. E o melhor de tudo é que, mesmo tendo sido originalmente lançado há mais de uma década, Ocarina of Time continua com um ar de jogo atual.
Tornando-se o Herói do Tempo
Encarnar o herói Link não é uma tarefa nada difícil; se no Nintendo 64 os controles já eram muito bons, a versão para 3DS tem a jogabilidade praticamente perfeita. Puxar o Circle Pad até o final faz com que Link corra, mas basta deslizar o analógico com um pouco menos de força para que o personagem ande rápido ou devagar. A aparente falta de botões do aparelho, se comparado ao controle do N64, é suprida com o uso da tela de toque; lá, além de ver o mapa, com um simples toque você muda para a tela de equipamentos ou para o inventário de itens. Também são exibidos o ícone da Ocarina, os corações, a barra de vida e os quatro slots de itens que podem ser equipados por vez (sendo dois deles nos botões X e Y e os demais em ícones utilizáveis pelo toque). O uso da tela de toque para selecionar e usar os itens contribuiu bastante tornar a jogabilidade mais simples (alguém aí gritou “Iron Boots”?).Na tela de cima, onde é exibida a aventura e o 3D pode ser regulado (ou até removido), são mostrados também um mini-mapa da área onde o jogador está e os botões de ação e, por vezes, o de ataque. A profundidade proporcionada pelo efeito 3D permite uma imersão ainda mais profunda na trama do jogo, além de tornar muito mais fácil ter uma noção da distância dos elementos no cenário.
Uma adição muito legal foi o uso do giroscópio. Agora é possível mirar movendo o 3DS, o que facilita bastante principalmente nos mini-games de Hyrule Castle Town e de Kakariko Village. Também é possível usar esse recurso para mover a câmera quando a mira estiver travada. Outra novidade interessante são as Sheikah Stones, pedras semelhantes às Gossip Stones, que têm o dom de mostrar o futuro. Ou seja, ao utilizar esse novo recurso o jogador é apresentado a uma lista de vídeos que mostram como passar daquela parte complicada de um templo ou o que fazer quando achar um símbolo da Triforce no chão. Pode parecer apelação recorrer a isso, mas acredite: em determinadas situações esses vídeos podem realmente ser de grande ajuda.
Duas outras novidades muito benvindas são o Master Quest Mode e o Boss Challenge Mode. O primeiro traz a aventura principal com um maior nível de dificuldade e com as imagens espelhadas. Isso mesmo, esquerda é direita e direita é esquerda! Funciona mais ou menos como as versões espelhadas de Twilight Princess: no original, para GameCube, Link era canhoto; já na versão para Wii, para facilitar os controles por movimento, Link passou a usar a espada na mão direita (mas para isso todo o jogo precisou ser espelhado). Já o Boss Challenge Mode oferece a opção de combater mais uma vez os chefões dos templos, bastando visitar a casa de Link e ir para a cama para “sonhar” com a batalha para revivê-la.
Um clássico renascido
The Legend of Zelda: Ocarina of Time já nasceu sendo um clássico, e a coisa não é nada diferente para seu remake. O jogo já figura facilmente entre os melhores jogos lançados até o momento para o novo portátil da Nintendo, isso se não for o melhor. A trama, os personagens, as músicas, os mini-games, as side-quests, os gráficos atualizados, o efeito 3D quase perfeito… tudo isso contribui para o sucesso que OoT 3D vem se tornando.Se você não teve a oportunidade de jogar um dos melhores jogos da série Zelda de todos os tempos, a hora é agora. E se você, assim como eu, jogou Ocarina of Time treze anos atrás e se apaixonou pela história do Herói do Tempo, a chance de jogar esse clássico mais uma vez está nas suas mãos (literalmente).
Prós
- Ótimo uso do efeito 3D e do giroscópio
- Gráficos bem trabalhados
- Trilha sonora clássica
- História cativante
- Horas e horas de exploração
- Vídeos com dicas que podem ser de grande ajuda em momentos de dificuldade
Contras
- Pouco conteúdo extra
- Não utiliza o SpotPass e o StreetPass
The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D – Nintendo 3DS – Nota Final: 9.5Gráficos: 9.5 | Som: 9.5 | Jogabilidade: 10.0 | Diversão: 10.0