Tão real que dói? Exatamente! Essa era a chamada do primeiro jogo de uma das franquias mais bem sucedidas na história dos vídeo games: Mortal Kombat. Se você lembra nostalgicamente dos primeiros fatalities que aplicou, dos seus primeiros uppercuts (ganchos) que fizeram espirrar o sangue de seu adversário e lembra, também, da primeira vez que tremeu de medo frente ao gigantesco Goro, convidamos você para relembrar essas emoções. Mas se você não chegou a ter todas essas experiências, é melhor se redimir sabendo um pouco mais sobre o primeiro jogo da franquia!
Conheço gente que morre de medo – e estou falando de medo de verdade! – só de escutar aquela voz maligna, cavernosa e sádica que acompanha as lutas de Mortal Kombat. Você sabe, aquela voz que diz “Round One, Fight!” ou “Finish Him!” e (com um pouco de sorte e habilidade) “Fatality”. Certamente, Mortal Kombat é um dos jogos que ficou marcado com mais força na memória dos gamers antigos e, até hoje, continua fazendo sucesso. E vejam só! Mais um MK foi lançado! Se você consegue ficar 19 anos fazendo sucesso com o mesmo produto, é porque a fórmula está dando muito certo.
Mortal Kombat foi lançado em 1992 para arcades, e continha aquela estranha magia de fazer você gastar nele todo seu suado dinheiro de pintor de cercas, cuidador de cães ou lavador de carros (ou seja lá o que um garoto podia fazer para conseguir uma grana extra naqueles dias). Tudo isso porque nos diziam sempre que os games de arcade jamais sairiam para consoles caseiros… Jamais! Posteriormente o primeiro Mortal Kombat passou a ter versões para quase todos os consoles, incluindo os mais modernos.
Nos bons e velhos tempos em que Mortal Kombat foi lançado, o jogo só contava com sete personagens jogáveis: a agente especial Sonya, o ator Johnny Cage, o gangster Kano, o deus do trovão Raiden, o assassino Sub-zero, o guerreiro do inferno Scorpion e o monge Liu Kang. A história do jogo também era bastante simples: Para poder dominar a Terra, Shang Tsung, tinha que ganhar dez torneiros Mortal Kombat seguidos. E quando o mal está prestes a conseguir tal feito, Raiden reúne os melhores lutadores da Terra para lutar o torneiro e tentar salvar a Terra do dominio de Shang Tsung e seus comparsas.
Com uma jogabilidade tão simples quanto sua história (história essa que se complicou apenas com o passar das sequências) MK é bem fácil de se começar a jogar. Os comandos básicos se resumem a dois socos (alto e baixo) e dois chutes (também alto e baixo), a combinação desses comandos com o direcional dá a variedade dos golpes. Diferente do que estava (e está até hoje) na moda, a fórmula “meia-lua soco” foi muito pouco adotada por MK. Se isso é bom ou ruim, fica a critério de cada jogador. Particularmente, acredito que isso diminui a dificuldade do game e torna as lutas mais divertidas do que o velho esfregar de direcionais dos demais jogos de luta.
MK marcou uma geração inteira com sangue e tripas até encher o balde e continua nos divertindo até hoje. Também foi, obviamente, um dos jogos que iniciou a tradição jornalistica de falar que games deixam crianças violentas, porém, continuo com minha opinião que é um dos jogos que, se meus filhos não jogarem, serão deserdados automaticamente…
Dica: Não fique frustrado se não conseguir ou nunca conseguiu terminar o jogo. MK foi feito para que as pessoas jogassem milhões de vezes sem nunca terminar e se você executou tal feito nos tempos pré-internet (com o overpower do Sub-zero não vale, ok?) parabéns, você é uma lenda viva.
Curiosidade 1: Dizem alguns que o jogo foi censurado pela Nintendo quando saiu para seus consoles. Fato é que na versão de MK para SNES o sangue foi pintado de cinza, o faz com que acreditemos que é, na verdade, suor…
Curiosidade 2: Na versão para Game Boy, Goro, um dos chefões, é um personagem jogável.