Análise: Onechanbara: Bikini Zombie Slayers (Wii)

em 31/05/2011

A série “The Onechanbara” conta com vários jogos lançados para Playstation 2, a maioria apenas no Japão, onde a série é popular o suf... (por Alberto Canen em 31/05/2011, via Nintendo Blast)

Onechanbara Cover

A série “The Onechanbara” conta com vários jogos lançados para Playstation 2, a maioria apenas no Japão, onde a série é popular o suficiente para render dois filmes. Em 2009, a franquia chegou ao Nintendo Wii - e com exclusividade. O título criado pela D3 Publisher, produtora do jogo, foi feito sob medida e já diz praticamente tudo que interessa: belas garotas de biquíni, que cortam zumbis com suas espadas. Certamente já é o suficiente para despertar interesse da maioria dos jogadores típicos. Onechanbara, por sua vez, é uma mistura entre “onee-chan”, que significa irmã mais velha, e “chanbara”, para designar as lutas com espadas. A capa termina de demonstrar o objetivo dos produtores: atrair o público masculino com sensualidade feminina e violência explícita.


O game falha em explicar a história. Tudo que se sabe ao começar a partida é que se está no controle de uma bela garota, que a princípio pode ser Aya, a personagem principal, ou sua meia-irmã, Saki. Sabe-se também que existem vários zumbis entre o ponto de início e o ponto para onde se deve ir (que liga ao cenário seguinte).onechanbara6

Com o passar dos capítulos, apenas divagações da personagem dão “pistas” do que está acontecendo. Somente quem jogou a versão para Xbox 360, Bikini Samurai Squad, vai entender tudo, já que o Nintendo Wii recebeu uma continuação direta do mesmo. Para piorar (ou não) o idioma usado é o japonês, com legendas não muito bem feitas em inglês. É verdade que a língua pode incomodar alguns, mas quem está acostumado com animes ou filmes japoneses vai gostar bastante da ideia.

O jogo todo consiste em ir do ponto “A” ao ponto “B”, e boa parte do caminho pode ser atravessado correndo, pois os zumbis e monstros são lentos e não oferecem impecilho algum. Apenas em locais estratégicos ocorre um “bloqueio”, exigindo que o jogador acabe com todos os inimigos desse local para poder passar. Mas não há grande dificuldade. O jogo pode ser zerado, nesses termos, em no máximo 6 horas.

Ao final de alguns capítulos existe chefes para serem derrotados. Mas, não são zumbis enormes e grotescos (como se poderia esperar), e sim garotas atraentes. Elas são um pouco mais difíceis de vencer, pois são rápidas e tão poderosas quanto o jogador. Dependendo com qual personagem se “zera”, uma delas será desbloqueada.

As guerreiras e suas indumentárias peculiares

Aya: é a protagonista do jogo: uma eximia guerreira que empunha duas katanas (espadas japonesas). Como segunda opção de luta, ela usa apenas uma das espadas e chutes. Esta forma é necessária para enfrentar determinados monstros e zumbis, que precisam ter sua guarda quebrada antes de serem fatiados. Ela tem 21 anos, usa chapeu de vaqueira, encharpe e biquíni. A desculpa para “tanta” roupa é que o soro e glóbulos vermelhos (do sangue dos zumbis) deixam a personagem mais forte quando em contato direto com a pele. Chega ao ponto de entrar em frenezi (rampage) quando completa o nível de sangue necessário. Nesse modo ela fica mais forte, podendo matar monstros que não morrem com golpes normais. Em contrapartida, perde vitalidade.

onechanbara ayaSaki: é a meia-irmã de Aya. Ela tem 16 anos e usa roupas de colegial. Empunha apenas um katana, mas é muito rápida e tem um alcance maior. A outra opção de luta é utilizando apenas os punhos.

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Misery: foi revivida pelo poder deixado por Himiko (a inimiga da versão para Xbox 360). Seu único interesse é a vingança contra Aya e Saki. Seus ataques consistem na utilização de uma espada flexível com grande alcance. Ela é desbloqueada ao finalizar o Story Mode de Saki.

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Reiko nº 9: é uma das clones de Reiko Mizusaki. Seu objetivo é se livrar dos zumbis e também dos descendentes do “Baneful Blood”. Ela usa uma espingarda e submetralhadora. É desbloqueada terminando o jogo com Aya.

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Mais do mesmo

Decapitar, desmembrar e cortar zumbies ao meio é satisfatório. Você pode aproveitar a carnificina e o sangue espalhado pelo mundo e nas lentes da câmera. A própria espada fica coberta de sangue. Em certo momento não poderá ser bem utilizada e será necessário limpá-la. Basta apertar “B” e balançar o Wii Remote que ela fica novinha em folha.

wii-onechanbara-2Existem vários modos de jogo. Com excessão do Story mode, podem ser jogados cooperativamente, por duas garotas, controladas por um jogador ou dois. Os modos também oferecem quests, que servem para desbloquear roupas. Mas o jogo não explica o que é necessário para completá-las. Já a jogabilidade e objetivo não mudam. Continua a mesma música, mesmos inimigos e cenários.

Os controles estão longe de serem 1:1. De fato, parece que se está jogando Mario & Sonic at the Olympic Games (nas fases que precisa correr), em que se balança o Wii Remote e o Nunchuck como se fossem baquetas de bateria. Não é necessário elevar o braço como se estivesse empunhando uma espada de verdade.

Os golpes especiais são mais complicados. Alguns são questão de momento correto e não são nada fáceis de executar. O mais simples é aquele que se aperta o botão “1” e balança o Wii Remote em círculos. O problema é que no meio da ação se esbarra muito no botão “2”, indo direto para o menu.

onechanbara estrelaOs gráficos são até bons. O ambiente não é tão detalhado, mas as garotas são animadas de forma bem razoável. Tem movimentos muito bons, como cambalhotas, tanto para frente, como para trás, e detalhes mais interessantes: seios balançando a todo momento (bom motivo para desbloquear a Reiko).

O som é repetitivo. Um techno chato e sem graça. Apenas os efeitos sonoros salvam, como os sons de espada cortando, gritos, clique da arma dos “zumbis-policiais” antes de atirar (que dão a dica para o momento de desviar).

Além do vídeo game

A franquia ganhou duas adaptações cinematográficas. Um filme de 2008, chamado “OneChanbara”, e outro de 2009, chamado “OneChanbara: The Vortex”. São filmes fraquinhos, bem estilo “B”. Mas tem belas protagonistas em roupas sumárias. Mesmo apelo do jogo.

Outra aparição fora dos games foi da protagonista, Aya, que “posou” para a Playboy americana. Uma coisa é certa: ficou melhor do que a Marge Simpson (que a playboy também colocou em sua revista).

2290671751_a39f92083aPlayboy

Prós

  • Garotas de biquíni. Os gráficos delas ficaram bons.
  • Matar zumbis. É sempre divertido.
  • Boa variedade de modos.

Contras

  • História deixada de lado.
  • Trilha sonora repetitiva e chata.
  • Controles que não aproveitam o Wii Remote como deveriam.
  • Especiais complicados de se executar.
  • Gráficos do ambiente constantes e sem detalhamento.

Onechanbara: Bikini Zombie SlayersNota Final: 5.5
Jogabilidade: 6.0Som: 4.0Gráficos: 6.0Diversão: 6.0


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