Os mercenários
Ike é um singelo filho de um líder de um grupo de mercenários chamado Greil. Ele quer muito ficar forte e fazer parte do grupo para levantar aquela grana e participar de muitas aventuras. Dessa forma, após muito treinamento e com uma jogada do destino, Ike enfrenta o seu primeiro problema como mercenário, tendo que salvar sua irmã Misty de um bando de ladrões. Como seu pai está fora em uma missão, Ike deve colocar sua cara para bater e assim salvar a sua irmã.Após se livrar do problema e resgatar sua irmã, Ike se sente como se nada o pudesse impedir de se tornar um grande guerreiro, mas acontece algo que muda tudo: Greil é morto por seu maior inimigo, o Black Knight. Assim, por conta da inesperada reviravolta, Ike é forçado a tornar-se o novo líder do grupo de mercenários e logo se mete em meio a uma guerra de enormes proporções contra o vilão Rei Louco Ashnard. É a partir desse momento trágico que o game sai dos vários tutoriais e passa a ser o game desafiador que tanto amamos.
Cada um no seu quadrado
O aprendizado de Ike para se tornar o verdadeiro líder de seu grupo é o mesmo que o jogador deve passar para entender o que define Fire Emblem: estratégia e preparação. O game é basicamente um RPG estratégico em turnos. Cada personagem possui uma pequena série de ações que pode realizar por turno, todo o movimento é feito a partir de quadrados como em um tabuleiro. Ao fim de cada “passo” possibilidades como ataque e cura aparecem para o personagem definir a sua ação. Com isso em mente, a preparação e o pensamento estratégico é fundamental antes de cada capítulo, pois um erro que pode parecer simples pode vir a ser algo que destruirá todos os seus planos.Cada capítulo possui um objetivo distinto. Complete-o e a missão será encerrada instantaneamente, além disso há formas de ser derrotado como Ike morrer ou o jogador não conseguir resolver o problema na quantidade de turnos especificada. Cada personagem possui seus pontos positivos e negativos, Cavaleiros se movem bastante, mas em terrenos como um deserto eles perdem mais da metade da sua mobilidade. É sempre muito importante decidir quem levar para cada missão, pois se fizer a escolha errada, alguém poderá ser menos que inútil. A escolha mais óbvia é sempre tentar balancear o seu exército, mas de vez em quando, essa não será a melhor das opções.
O caminho do esplendor
Pode parecer que estou batendo na mesma tecla. Semana passada já havia dito que a história de Fire Emblem é o seu grande atrativo, mas é impossível não dizer o mesmo da versão do GameCube. Fire Emblem: Path of Radiance é uma obra-prima da estrutura de argumentos e da evolução de personagens. Cada um dos membros da história possui suas próprias razões para estar no meio da guerra, alguns estão lá porque adoram batalhar enquanto outros foram pegos no meio do furacão. Após jogar por alguns momentos e conhecer outros personagens, o jogador passa a ter o seu personagem favorito. Isso é fato. O jogador pega esse ou aquele personagem para ser o seu xodó, assim, se ele morrer (o que o impede de retornar ao game para sempre) o jogador, muito provavelmente, apertará o reset do console para dar outra chance a ele. O game passa um sentimento especial para aqueles que o jogam até o fim, pois a história pode ser comparada a de um bom livro ou a daquele anime inesquecível. Some isso a enorme e crescente dificuldade, as belíssimas cutscenes, ao texto sensacional e aos extras que o game traz ao terminá-lo inúmeras vezes, e você terá um dos games mais completos do Nintendo GameCube.Após finalizar o game, uma série de desafios (um mais impossível que o outro) são liberados para aquele jogador que não resiste à uma boa surra de um game. Além disso, as brilhantes músicas aparecem para serem ouvidas quando você bem entender e todas as cutscenes são liberadas para uma futura visita à história do game. Assim fica difícil não repetir o quão completo é Fire Emblem: Path of Radiance em toda a sua magnitude. Eu lhe convido a vivenciar essa aventura antes de se apaixonar ainda mais pela franquia com a versão do Wii.
Você se lembra do começo do texto onde me referi aos três grandes games do GameCube? Acho que está na hora de acrescentar um quarto game nessa tão amada lista, não acha?