Análise: Fire Emblem: Radiant Dawn (Wii)

em 03/03/2011

Pergunte para qualquer fã da Nintendo: O que a empresa tem de tão especial? A resposta será direta e reta: as franquias, os games exclusivos... (por Anônimo em 03/03/2011, via Nintendo Blast)

reply_card [Converted]Pergunte para qualquer fã da Nintendo: O que a empresa tem de tão especial? A resposta será direta e reta: as franquias, os games exclusivos. Assim, muitos falarão sobre os mesmos games de sempre: Mario, Zelda, Metroid. Todos são sensacionais, mas eu, particularmente, curto muito as franquias menos conhecidas como Pikmin, Punch-Out!! e a sensacional série Fire Emblem. Esta última chegou ao ápice de evolução em sua versão para o Nintendo Wii.

A Madame dos cabelos de prata


Após os eventos de Fire Emblem: Path of Radiance do Nintendo GameCube (falarei sobre ele semana que vem), o mundo de Tellius teve um curto momento de paz. Isso para alguns, mas para os derrotados na guerra do Rei Louco Ashnard, a sorte teve uma grande virada para azar assim como o dia vira noite. Dessa forma, os antes opressores passaram a ser os oprimidos. Com as transparentes dificuldades, uma nova brigada surge para tentar salvar o que restou da parte agora ignorada de Tellius, e com isso uma nova aventura começa.

A líder desse grupo de resistência se chama Micaiah, uma mulher de aparência jovem com cabelos prateados conhecida por muitos como a “fortune teller” (Vidente). Ela está sempre próxima do rogue Sothe que era uma simples criança no game Path of Radiance. Junto de outros fiéis seguidores, eles seguem para tentar deter os novos opressores e restaurar seu país ao que ele antes era, mas isso não será fácil, pois há grandes guerreiros do outro lado. Um deles chama-se Ike.

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O Xadrez


fe10-5O game é dividido em quatro partes, cada uma com seus próprios capítulos e conclusões. Em seu decorrer, personagens antigos e novos aparecerão fazendo seu exército se tornar cada vez mais forte e com maior variedade de opções para suas unidades. O game é basicamente um xadrez com evoluções de personagens. Você deve mover suas unidades a cada turno para completar seus objetivos. Você terá que acabar com todos os inimigos, matar chefes, atravessar uma ponte, etc. Em geral, o principal objetivo de Fire Emblem é acabar com o exército adversário enquanto tenta não perder muitas unidades suas (não se esqueça: se algum personagem seu morrer, ele não volta mais, então tome cuidado). Há várias unidades diferentes, desde espadachins à magos, cada um com seus pontos positivos e negativos. O melhor a se fazer é tentar achar um equilíbrio entre ataque e defesa para assim completar os objetivos sem grandes perdas.

É importante planejar muito bem seus movimentos antes de se começar cada turno. Um erro que pode parecer bobo poderá matar alguém importante para o game e para seu exército. A dificuldade crescente é um dos pontos mais peculiares de Radiant Dawn.

Meu personagem favorito


screenshot_wii_fire_emblem_radiant_dawn009Uma das coisas mais bacanas de Fire Emblem é o fato de haver tantos personagens carismáticos e interessantes. É impossível não se apegar a alguém no decorrer do game, ter o seu favorito (a minha é a Nephenee). Você acaba se pegando cuidando desse ou de mais personagens, o impedindo de morrer, e se isso acabar ocorrendo, você se pegará dando reset no game para jogar o capítulo novamente.

A história é bastante completa, há reviravoltas, alianças, traições, decisões complexas que afetam não apenas a história, mas a sua própria noção do que é certo e errado. Acaba sendo fácil associá-lo a algum anime ou filme que conheça, mas não se perca: Fire Emblem Radiant Dawn é autossuficiente em relação a sua história.

Que lindo amanhecer


Fire Emblem: Radiant Dawn é um game que, tecnicamente, não é uma obra-prima. O game possui lindas cutscenes, uma música que pode fazer os mais desavisados caírem em prantos, uma jogabilidade simplista, mas extremamente funcional. O traços dos personagens são aqueles já conhecidos dos animes e mangás. Mesmo com todos esses pontos positivos, o game beira sim a simplicidade, mas isso não é ruim. O game não é exigente, pois seu estilo não precisa disso. Ele já consegue pegar o jogador por sua história e sua complexidade estratégica, acredito que mesmo se desse uma refinada gráfica, o game continuaria sendo bom por causa das qualidades que já listei neste texto.

fe1
Mesmo sendo uma franquia bastante antiga da Nintendo, Fire Emblem não consegue ser tão popular quanto Mario e Cia, isso se deve a sua dificuldade bastante alta e a seu estilo que só serve para certos jogadores. Mas a partir do momento que você se apaixona pelo gameplay envolvente e pela história complexa, fica impossível não se deliciar e terminar o game varias vezes só para se usar todas as unidades e deixá-las nos status máximos.

Fire Emblem: Radiant Dawn é um game sensacional, mas que infelizmente (ou felizmente) não é para qualquer um.
Fire Emblem Radiant Dawn – Nintendo Wii – Nota Final: 9.0
Gráficos: 7,5 | Som: 9,0 | Jogabilidade: 8,5 | Diversão: 10
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