Para muitos, Prehistorik Man é um jogo que foi muito jogado, mas que quase ninguém se lembra do nome. Apesar de ter passado por diversas plataformas da Nintendo e de outras empresas, foi no SNES que o jogo tornou-se icônico para muitos jogadores. Ao oferecer uma aventura jurássica com belas paisagens, excelente nível de dificuldade e um toque de humor, Prehistorik Man se configurou como um dos melhores jogos de plataforma do SNES. Vamos dar olhada nesse (pré)histórico jogo?
Roubaram minha comida!
Você é Sam, um humilde homem das cavernas que acaba perdendo o maior conforto da vida jurássica: comida! Não falo de raízes, frutas tiradas do pé ou carne de Tigre-dentes-de-sabre, mas de pizza, bolo, sorvete e todas as delícias da vida moderna. Acredite quando digo que questionar esse estranho erro cronológico não adianta nada! Enfim, roubaram toda a comida de seu vilarejo e o inverno se aproxima. O que fazer? Talvez uma jornada épica atrás de comida e ossos, usados para comprar comida. O líder da sua tribo também prometeu a mão de sua filha pra lá de bonita caso você tenha sucesso na missão. Tá esperando o que, Sam?
O enredo lembra muito Donkey Kong Country, mas, obviamente, ele não é muito relevante em um jogo de plataforma. No controle de Sam, você passará por florestas, vulcões e outros lugares terríveis! No caminho, animais pré-históricos, espinhos e plataformas flutuantes o desafiarão. Apesar de ser um jogo de homens das cavernas, seus inimigos poucas vezes são dinossauros, mas, sim, insetos e mamíferos. Para derrotá-los, uma clava digna de um homem da caverna e um grito estoura-tímpanos que também faz jus ao personagem. Além disso, pulos milimétricos são bons remédios contra plataformas. Na verdade, não são lá “muito” bons, por que o quesito plataforma de Prehistorik Man é bem medíocre. Com plataformas bem pequenas e que podem ser destruídas acidentalmente caso você aperte o irresistível botão de ataque (como aranhas), você se chateará muito com esse aspecto.
Detalhe que este é um side-scrolling com todo um toque de exploração. Mesmo o objetivo sendo ir do início ao fim da fase, comidas, ossos e outros itens estão escondidos por vários caminhos secretos da fase. Infelizmente, não há muitas recompensas em acumular itens, pura satisfação (e perfeccionismo) pessoal. Também é um dos poucos jogos de plataforma que envolve compra de itens (ver imagem ao lado).
Um belo passado
Se Prehistorik Man tem seus defeitos na jogabilidade em plataformas, com certeza compensa em cenários e personagens de ponta. Perto deste game, Super Mario World (SNES) parece um simples protótipo. É incrível como cada detalhe é bem detalhado, desde o cenário de fundo até os elementos do ambiente, como rochas e plantas. Cada comida coletada tem sua própria representação gráfica, e são muitas delas, mas muitas mesmo! Bolo, limão, hambúrger, pizza, milk-shake, batata frita (com direito a referências ao McDonald’s), cubos de gelo coloridos (!?), refrigerante e por aí vai!
A alta qualidade gráfica permitia momentos sempre distintos durante o jogo. Em um momento, você está ainda em paisagens campestres, depois é jogado em uma floresta, em vulcões, dentro de uma árvore, em uma época glacial e até no temível cemitério dos dinossauros! Veículos também permitiam variações na jogabilidade, como a asa delta.
Na parte de sons, o jogo apresenta músicas tema memoráveis. Não tão memoráveis quanto os clássicos do vídeogame, mas é algo que, se você já ouviu uma vez, provavelmente se lembrará se ouvir uma segunda vez. Quer tirar a prova? Segue um vídeo com a canção tema do jogo!
Memorável para quem jogou
Prehistorik Man tem seus contras. Além de trazer um gênero já manjado no SNES (plataforma 2D), tem problemas de jogabilidade. Mesmo assim, a qualidade gráfica, as músicas bem feitas e o nível de desafio incentivam a jogatina e são excelentes prós. Quem jogou, provavelmente se lembra desta pérola! Abaixo você confere algumas curiosidades:
- O personagem principal, Sam, tem uma aparência bem diferente na capa do jogo e no game em si. A cor do cabelo é diferente, a figura na capa calça tênis enquanto o do jogo anda descalço, o mesmo para os óculos escuros, respectivamente.
- Outra relação com Donkey Kong Country está nas letras colecionáveis durante as fases. Enquanto no jogo dos macacos a palavra formada é “Kong”, em Prehistorik Man a junção forma “Bonus”. O prêmio por conseguir coletar as cinco letras também é diferente em cada um dos games.
- Quando se segura o botão direcional para baixo, Sam assume feições de um homem das cavernas faminto e louco por uns grãos de comida. Não tem muita utilidade, mas é interessante usar isso
- Titus Software? Talvez você não se lembre. Mas e se eu disser que, além de Prehistorik Man, também esteve por trás de Titus the Fox, Virtual Chess e Evil Zone? Não lembrou? Bem, eu também não.