Está bem! Pode confessar! Aposto que ao ver a foto aqui e o título deste post, você também pensou algo como: “caramba! Eu adorava esse jogo, mas não lembrava o nome”. Não se preocupe, você não é o único. Rocky Rodent é mesmo um game que deve causar algum tipo de bloqueio na mente das pessoas. Pesquisando em alguns fóruns, notei que existem muitas pessoas que simplesmente não conseguem se lembrar do nome deste game, mesmo gostando muito do jogo. Encontrei também, gente que vem procurando por este jogo de todas as formas possíveis, desde 2002 (sim!) para que possam jogar novamente.
Pois bem. Chega de colocar no Google frases esdrúxulas como“gato cabeludo nintendo”, “spray cabelo cachorro super nes ” e coisas do tipo. Se você se identificou com alguma das situações acima, é hora de relembrar. Se você não sabia (ou não concorda) nem que ele é um gato, ou que não tem a mínima idéia de que diabos é isso tudo que estou falando, é hora de conhecer. Senhoras e senhores, as aventuras e os penteados do estranho mundo de Rocky Rodent.
Desafiando a máfia
Nosso querido e saudoso SNES teve uma enorme quantidade de jogos difíceis, que faziam você ter vontade de jogar o controle no chão ou simplesmente desligar o video game, completamente irado com aquela maldita parte que você não conseguia passar ou aquele chefe apelão que não morria nunca. Fases com muitos inimigos, vidas que acabavam muito rápido, continues limitados (quando existiam) e checkpoints praticamente esquecidos eram mais algumas das características de games que tiravam o sono de muitos jogadores. Rocky Rodent (ou “Nitro Punk Might Heads”, no japonês) pode não ser exatamente um clássico lembrado por todos, mas com certeza quem jogou sabe da dificuldade e do desafio que ele proporciona, se enquadrando em praticamente todos os itens acima.
A história é bem bacana: nosso herói (?) Rocky Rodent, é um gato esfomeado. Sem querer, enquanto comia desesperadamente durante seu almoço no resaturante ”Pie Face Balboa's” ingere um envelope. Até aí, nada de mais. O problema é que ali dentro estava todo o dinheiro que o dono do restaurante iria utilizar para pagar a mensalidade cobrada pela máfia de Don Garcia, que controla praticamente toda a cidade. Como agora o dinheiro se foi e a mensalidade não foi paga, os mafiosos sequestram Melody, filha do dono do restaurante. Para se desculpar, Rocky aceita uma proposta: se ele trouxer Melody de volta sã e salva, estará perdoado e ainda poderá comer o quanto aguentar no restaurante.
E esse cabelo aí? É natural?
Os comandos são bem simples. O já conhecido “Y” corre e bate, enquanto “B” pula. No caso de Rocky Rodent , ele “bate” com o próprio cabelo. E não é só um cabelinho comum não. São vários penteados, de vários formatos e cores que desempenham funções específicas em cada parte do game. E são justamente esses penteados que a marca registrada do game e que o fazem realmente interessante. Vamos relembrar alguns?
A jogabilidade de Rocky Rodent pode parecer um pouco estranha no início, mas é só até você se acostumar. Rocky às vezes demora demais para responder ao comando de pulo ou pra começar a correr. Contudo, não é nada que um tempinho de jogo não resolva, afinal são apenas três comandos, exaustivamente utilizados durante todo o jogo. Durante as seis fases do game (divididas em algumas sub-fases) você irá passar por cidades, casas mal assombradas, estradas, torres e esgotos. O game tem gráficos bem simples, porém com cenários muito bonitos e bem construídos. Uma boa variedade de inimigos e chefes, além, é claro, dos diversos penteados, que fazem com que você possa desfilar vários estilos pelas ruas da cidade, fazem de Rocky Rodent uma ótima pedida dos áureos tempos dos 16 bits.
Se você é fã de jogos antigos de plataforma, Rocky com certeza é uma boa escolha para gastar algumas horas. Vale também torcer por um remake “atualizado” do game. Com certeza não faltariam chapinhas e franjinhas caídas por cima do olho. Só resta encontrar uma função pra isso tudo. Quem sabe?