Análise: Golden Sun: Dark Dawn (DS)

em 10/12/2010

Em 2001, a desenvolvedora japonesa Camelot lançava, para Game Boy Advance , o primeiro jogo da franquia Golden Sun , um RPG que trazia ... (por Rodrigo Estevam em 10/12/2010, via Nintendo Blast)

Golden Sun: Dark Dawn Em 2001, a desenvolvedora japonesa Camelot lançava, para Game Boy Advance, o primeiro jogo da franquia Golden Sun, um RPG que trazia o jovem Adepto Isaac como protagonista. Em 2003 fomos apresentados à continuação da história, desta vez estrelada por Felix e entitulada Golden Sun: The Lost Age. Agora, em novembro de 2010, a Camelot traz de volta uma das melhores franquias do GBA com Golden Sun: Dark Dawn, que dá continuidade à busca pela salvação de Weyard.

Dark Dawn se passa 30 anos após os eventos de The Lost Age. Weyard se tornou um lugar bastante diferente, com novas nações, novos continentes e até novas raças. Infelizmente tais mudanças são conseqüências das ações dos Guerreiros de Vale que, apesar de serem bem intencionados, salvaram o mundo ao mesmo tempo em que o condenaram. Trágico, não?

Golden Sun: Dark Dawn

Iniciando uma nova jornada

Logo no início somos apresentados a Matthew, filho de Isaac (protagonista do primeiro Golden Sun), e Tyrell, o filho encrenqueiro de Garet. Treinados por seus pais desde pequenos no uso da Psynergy, os garotos logo se vêem, ao lado de sua amiga Karis (filha de Ivan), em uma jornada pelo território de Weyard. Jornada essa que começa de forma bastante ingênua, mas que aos poucos vai tomando proporções grandiosas. Sobre a história do jogo, me encerro por aqui!

DjinnisDark Dawn se mantém bastante fiel às versões de Game Boy Advance, trazendo o clássico esquema de batalhas aleatórias e por turnos, onde cada personagem tem direito a uma ação por rodada. O jogador pode escolher entre atacar, defender, usar um item, um Djinn ou um Summon. Os Djinnis, mais uma vez,  exercem um papel importante no jogo, sendo responsáveis pelas classes dos personagens, dão bônus de atributos e liberam novos golpes e, quando usados em batalhas, podem atacar os adversários, dar efeitos de bônus para o grupo e até ressuscitar um aliado. E como se não fosse suficiente, quando usados os Djinnis ficam em “modo de espera”, possibilitando assim o uso de Summons (Invocações). Quanto mais Djinnis nesse estado, mais fortes são as invocações (e, consequentemente, o estrago que elas fazem!). Os monstrinhos, que em Dark Dawn têm cada um deles um design diferente, são divididos em 4 grupos separados por elementos (Terra, Fogo, Água e Vento, ou Vênus, Marte, Mercúrio e Jupiter, respectivamente), e podem se juntar ao grupo espontâneamente quando encontrados no mapa ou, ainda, podem oferecer resistência e iniciar uma batalha.

Golden Sun: Dark Dawn

Adeptos adaptáveis

Golden Sun: Dark Dawn Em Dark Dawn temos a opção de controlar os personagens com a Stylus ou com os botões, e ambas as opções são muito funcionais e intuitivas. Há a possibilidade de se colocar até duas opções de Psynergy nos atalhos dos botões L e R, facilitando muito a vida dos jogadores naqueles templos onde determinada Psynergy é usada com mais freqüência. Assim como em seus antecessores, em Dark Dawn os templos trazem vários puzzles envolvendo elementos do cenário, e muitas vezes a resposta pode não ser tão óbvia quanto parece. Porém o jogo é levemente mais fácil que seus dois antecessores. Assim como em The Lost Age, o time não se limita a quatro membros. Em Dark Dawn pode-se ter até oito Adeptos em sua equipe, porém apenas quatro podem ser usados ao mesmo tempo. A qualquer momento, inclusive durante as batalhas, o jogador pode fazer mudanças na equipe, alternando entre os personagens. 

Golden Sun: Dark Dawn O visual do jogo, apesar de totalmente novo, é bastante semelhante ao apresentado no GBA. E isso não é ruim, pois a sensação de nostalgia é imensa. Os cenários, personagens, tudo nos remete aos jogos do GBA sem tornar o visual do jogo datado. Dá pra arriscar dizer que é um dos jogos mais bonitos do DS. Os gráficos das batalhas também continuam bem parecidos com jogos antigos, mas agora o 3D é real, e os efeitos de iluminação estão ainda mais bonitos e complexos. Os Summons ganharam um tratamento gráfico excelente, com direito a cenas para cada ataque realizado.

Pra não perder o ritmo nostálgico, a trilha sonora também é parecidíssima com a clássica. Alguns temas são praticamente os mesmos, só que mais detalhados e com novos arranjos, e novas músicas foram introduzidas. Os efeitos sonoros e a música tema das batalhas também nos remetem aos jogos anteriores da franquia. Até mesmo o som emitido pelos personagens durante as falas permanece o mesmo (e, felizmente, há a opção de tirar esse som).

Golden Sun: Dark Dawn Golden Sun: Dark Dawn

Personagens

  • Matthew

Filho de Isaac e herói do jogo, é um excepcional Adepto de Vênus, o elemento Terra, assim como seu pai. Matthew é uma pessoa de poucas palavras, mas de fortes convicções.

  • Tyrell

Adepto de Marte, o elemento Fogo. O filho de Garet tem a reputação de ser um encrenqueiro, mas ainda assim Matthew se orgulha em chamá-lo de "melhor amigo".

  • Karis

Esta jovem Adepta de Jupiter, o elemento Vento, é amiga de infância de Matthew e Tyrell. Ela herdou a a aguçada habilidade de observação e o indomável espírito de seu pai Ivan.

  • Rief

Adepto de Mercúrio, o elemento Água, Rief viajou o mundo estudando Alquimia e indícios do Mundo Antigo. É um dos aprendizes de Kraden.

Matthew TyrellKarisRief

  • Isaac

Liderou os Guerreiros de Vale trinta anos atrás. Adapeto de Vênus, agora vive em uma cabana de onde monitora o Monte Aleph e treina seu filho Matthew para usar a Psynergy.

  • Kraden

Autoridade renomada em Alquimia, Psynergy e Culturas Antigas. Viajou com os Guerreiros de Vale no passado, e agora conduz pesquisas ao lado de seus dois aprendizes.

IsaacKraden 

  • Blados

Constantemente buscando boas lutas, este exímio espadachim é um dos vilões que entrarão no caminho de Matthew e seus amigos.

  • Arcanus

Este mascarado é um dos comparsas de Blados, porém seus reais objetivos são verdadeiros mistérios.

BladosArcanus 

Em suma…

Nenhum jogo é perfeito. E Golden Sun: Dark Dawn não é exceção. O jogo é um pouco menor do que seus antecessores, e até mesmo um pouco mais fácil. Os diálogos extensos, característicos dos jogos do gênero RPG, também incomodam algumas vezes.

Mas apesar dos contras e da cara de “jogo velho novo”, Golden Sun: Dark Dawn merece mais do que ser jogado e apreciado. É um ótimo título do gênero RPG que, por trazer um esquema simples, clássico e funcional, é indicado não apenas para os fãs conquistados desde o ano de 2001, mas também para a nova geração que não conhecia a saga de Isaac, Felix e seus amigos. Um novo clássico surge no Nintendo DS e honrando e dando continuidade a uma das melhores franquias criadas na era do Game Boy Advance.

E mesmo quem não jogou Golden Sun e Golden Sun: The Lost Age não tem a desculpa de não jogar por não conhecer a história! Dark Dawn traz, além de citações em diálogos, alguns livros e até mesmo pequenos filmes (que simulam animações com recortes de papel) que recontam as aventuras de Isaac, Felix e os demais Guerreiros de Vale!

Venus DjinnMars DjinnJupiter DjinnMercury Djinn

Golden Sun: Dark Dawn – Nintendo DS – Nota Final: 8,5
Gráficos: 9,0 | Som: 9,0 | Jogabilidade: 9,0 | Diversão 8,0


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.