Análise: Assassin’s Creed 2: Discovery (DS)

em 30/11/2010

O segundo jogo da série Assassin's Creed , uma das principais franquias da Ubisoft , chegou ao Nintendo DS (e ao iPhone) trazendo m... (por Rodrigo Estevam em 30/11/2010, via Nintendo Blast)

Assassin's Creed 2: Discovery O segundo jogo da série Assassin's Creed, uma das principais franquias da Ubisoft, chegou ao Nintendo DS (e ao iPhone) trazendo muitas mudanças em relação ao seu predecessor. Apesar disso, o jogo consegue ser, de certa forma, mais fiel às versões para consoles de mesa. Desta vez acompanhamos Ezio, herói de Assassin's Creed 2 (PS3 e Xbox 360) em uma aventura pela Espanha, onde alguns personagens históricos marcam presença.

“Minha sede de vingança é grande...”

A história de Assassin's Creed 2: Discovery se passa no ano de 1941, em um período durante os eventos de Assassin's Creed 2 para PS3 e Xbox 360. Na trama, Ezio Auditore da Firenze (personagem principal de Assassin's Creed 2, descentente de Altaïr e ancestral de Desmond Miles) recebe um chamado de seu amigo Antonio de Magianis, líder da Guilda dos Assassinos de Veneza, e é apresentado a Luis Santangel, um membro da Ordem dos Assassinos. Luis pede a Ezio que encontre e proteja Cristoffa Corombo (isso mesmo, Cristovão Colombo, o descobridor das Américas), pois há suspeitas de que Rodrigo Borgia (vilão de Assassin’s Creed 2) preparou uma emboscada para o navegador. Ezio, que não pretendia aceitar a solicitação de Antonio e Luis decide ir atrás de Corombo, já que isso poderia levar-lhe até Borgia. E é a partir daí que a trama se desenrola e leva o Assassino a deixar a Itália e ir até a Espanha única e exclusivamente para chegar a Rodrigo Borgia e conseguir sua vingaça.

O jogo conta com belos cenários, com paisagens que vão desde áreas abertas no campo a grandes cidades, passando por luxuosas mansões. Desta vez o personagem pode realmente escalar as paredes, diferente do jogo anterior da franquia para NDS, e o sistema de assassinatos em furtividade funciona muito melhor que em Altaïr’s Chronicles. Ezio pode correr, escalar, se pendurar e saltar pelos telhados das cidades (inclusive pode dar saltos a grandes distâncias, quando correndo em alta velocidade em direção a alguma rampa).

“... mas minha responsabilidade com os Assassinos é maior ainda!”

Com jogabilidade em sidescroller 2D, o game é bem mais rápido e dinâmico que seu predecessor. Ações dignas de um Assassino dos games para consoles de mesa estão presentes de AC2: Discovery, o que torna o jogo mais fiel à série principal. Fases furtivas, de fuga e/ou de perseguição estão presentes, forçando o jogador a completar as fases de forma rápida, porém cumprindo certos objetivos dentro de um determinado período de tempo. Mesmo que as fases não tenham um limite de tempo propriamente dito, terminá-las dentro do período máximo estipulado rende alguns pontos de sincronização. Estes pontos podem ser usados para “hackear” a Animus, máquina que lê as memórias gravadas no DNA humano (no caso, de Desmond Miles, o personagem principal da franquia que vive nos tempos atuais). Hackeando a máquina, é possível liberar novas Skins e habilidades (como escalar as paredes mais rápido e ter uma regeneração do HP mais veloz). Por falar em Animus, assim como em Altaïr’s Chronicles, os menus do jogo também lembram a interface da máquina e os tutoriais, presentes sempre que alguma nova habilidade é aprendida, se passam dentro de sua interface.

Ao final de cada uma das fases, que mantiveram o esquema de “siga de A para B cumprindo determinado objetivo”, o jogador recebe uma pontuação que leva em conta o tempo levado para terminar a fase, o número de inimigos assassinados, a quantidade de dano recebida e, em fases de furtividade, a quantidade de vezes em que foi visto. Essa pontuação é contabilizada nos pontos de sincronização já citados. Falando em sincronizar, a barra de sincronização com as memórias do ancestral (que funciona como o HP do personagem) pode ser aumentada quando coletados alguns cartazes de “Procurado” (10 cartazes são convertidos em mais uma barrinha de sincronização). Aliás, os jogadores donos de NDSi podem usar a câmera do portátil para colocar o próprio rosto nestes cartazes!

Vivendo para matar...

As batalhas em Discovery não diferem muito das lutas em Altaïr’s Chronicles. Apesar da menor variedade de armas, o esquema é basicamente o mesmo: bata com a espada, atire facas, defenda e use movimentos de contra-ataque. Ou, ainda, chegue sorrateiramente e assassine o alvo com sua lâmina escondida. Um ponto interessante é que, quando em furtividade, o alcance da visão do personagem aumenta, possibilitando avistar inimigos próximos ou plataformas para onde pular. Carroças com palha, barris e buracos nas paredes servem como esconderijo para apanhar aquele guarda mais distraído (ou para se esconder nos momentos de desespero).

  

... e matando para viver

Assassin’s Creed 2: Discovery traz uma experiência bem diferente do jogo anterior para DS. Apesar de ser praticamente um jogo de plataforma, é a experiência de jogo é bem mais próxima do que se vê no PS3 e no Xbox 360 do que a apresentada em Altaïr’s Chronicles, chegando inclusive a trazer todos os diálogos do jogo totalmente dublados. Apesar de a utilização da tela de toque ser praticamente nula (dá pra jogar sem nem tocar na tela de baixo, que serve basicamente como mapa o jogo inteiro), pelas pequenas quedas da framerate quando muitos inimigos aparecem na tela e do hardware obviamente muito menos potente que os consoles de última geração, Discovery consegue passar a sensação de viver a vida de um verdadeiro membro da Ordem dos Assassinos para os jogadores do portátil de duas telas da Nintendo.

Assassin’s Creed 2: Discovery – Nintendo DS – Nota Final: 8,5
Gráficos: 8,0 | Som: 8,0 | Jogabilidade: 9,0 | Diversão 8,0

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