Análise: Art of Balance (WiiWare)

em 15/05/2010

Esse título lembrou um pouco da minha infância, da época em que eu brincava com aqueles blocos que pareciam pedaços de casas, e ia empilhand... (por Filipe Gatti em 15/05/2010, via Nintendo Blast)

Esse título lembrou um pouco da minha infância, da época em que eu brincava com aqueles blocos que pareciam pedaços de casas, e ia empilhando tentando fazer o maior prédio de todos. Bom, Art of Balance, título disponível somente na WiiWare, pode não ter como objetivo construir o maior edifício possível, mas efetua com maestria aquilo que promete, tornando um conceito básico de empilhar objetos num título viciante e envolvente.

O equilíbrio é fundamental



O objetivo de Art of Balance é bem simples: você deve empilhar um determinado número de objetos em cima de uma plataforma sem que as peças caiam na água. Os primeiros estágios são bem simples, mas pouco tempo passa e novas variáveis são adicionadas: objetos redondos, ou então que possuem um timer que ao chegar no zero quebram, fazendo todas as peças de cima caírem. Esses não são os únicos tipos de peças especiais, e o desafio aumenta progressivamente durante os cem estágios do jogo, obrigando você a passar bons momentos apenas na tentativa e erro ao chegar em níveis mais avançados.

Ao acabar o número de peças, um contador de três luzes aparecerá, e a estrutura deve-se manter estável até as três luzes acenderem. São poucos segundos, mas que parecem demorar uma eternidade enquanto seu edifício balança pelos ares. Não só isso, mas alguns estágios podem colocar limite de tempo para concluir, ou então uma altura determinada para atingir, aumentando o escopo final do objetivo.

 

E o meu amigo?



Uma das formas mais divertidas de jogar Art of Balance é no modo cooperativo. Você pode se unir com um amigo para passar pelos estágios e, muitas vezes ao invés de ajudar, isso atrapalha, já que nem sempre os dois terão a mesma estratégia na hora de montar e usar as peças. Mas de forma alguma isso deixa o modo se tornar menos divertido.

Se você estiver no ânimo competitivo, o modo Versus sacia todas as suas necessidades. Você e mais uma pessoa podem jogar em tela dividida e ver quem consegue montar a estrutura mais rapidamente. Você pode definir um determinado número de rounds dependendo da vontade de cada um jogar. Além disso, os estágios são exatamente os mesmos do modo Arcade, então não espere muita novidade por aqui caso você já tenha passado por lá. De qualquer forma, isso adiciona uma camada diferente de experiência no jogo, e é uma boa forma de aproveitar o título com um outro amigo.

Jogabilidade, gráficos e comentários finais



O estúdio Shin’en fez um excelente trabalho em transformar uma ideia básica num título extremamente viciante, provavelmente um dos mais viciantes de toda a WiiWare. O modo de jogo é envolvente, e o ótimo uso dos sensores do WiiMote apenas contribuem para uma jogabilidade precisa com uma física extremamente bem aplicada. O aumento de dificuldade conforme o progresso também contribui para que todos os públicos possam aproveitar o título da mesma forma.

O pacote gráfico de Art of Balance não decepciona. É possível perceber que a equipe se preocupou com o polimento de várias regiões, mas uma hora ou outra o cenário de fundo mostra algumas imperfeições. Nada de problemático demais, e os cenários excêntricos dão um belo toque ao jogo.

Em sua essência, Art of Balance possui uma jogabilidade simples, mas que é executada com maestria. A física é ótima, a jogabilidade com o WiiMote é precisa e intuitiva, e a possibilidade de jogar com seus amigos também adiciona pontos positivos. Certamente poderia haver melhorias, como na parte gráfica e também na trilha sonora, que não está nada demais. Todavia, a experiencia que Art of Balance oferece mais do que vale os 800 Wii Points que custa na WiiWare.

 


Art of Balance - WiiWare - Nota final: 8,5
Gráficos: 7,5 | Som: 8,0 | Jogabilidade: 9,0 | Diversão: 9,5
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