Pokémon Blast: Pokémon Trading Card Game

em 24/04/2010

Hoje vamos não vamos falar de um jogo… Bem, quer dizer, é um jogo, mas não necessariamente só sobre video-game. Quem é fã de dos monstrinhos... (por Rafael Rocha em 24/04/2010, via Nintendo Blast)

boosterHoje vamos não vamos falar de um jogo… Bem, quer dizer, é um jogo, mas não necessariamente só sobre video-game. Quem é fã de dos monstrinhos de bolso desde o início, com certeza já ouviu falar dos Trading Card Game. Traduzindo: Jogos de cartas colecionáveis. Que, assim como na série principal, o negócio era colecionar, assim como umas boas batalhas com seus rivais, claro.

  • O surgimento

Mewtwo

Os TCG surgiram em 1996, através da Media Factory, lá no Japão, mas só em 1999, a Wizards of the Coast, mais conhecida por causa de Magic e Dungeons and Dragons, trouxe a nova mania envolvendo os monstrinhos para o ocidente, traduzindo as cartas, organizando torneios, e tudo mais. E não é que a moda pegou também? Aqui em terras tupiniquins, a Devir foi a grande responsável pela tradução das cartas para o Português.

O jogo consiste em cada jogador ter seu próprio deck (baralho) de 60 cartas, compostos, basicamente por cartas de pokémon, que você usa para batalhar; Cartas de energia, as quais são usadas como “combustível” para eles poderem usar seus ataques; E as cartas de treinador, que ajudam dando os mais variados efeitos na partida. Seis cartas do deck são postas na mesa como “prêmios”, e são pegas cada vez que um monstrinho do oponente vai pro saco. Quem pegar os seis prêmios primeiro, é clamado como o grande vencedor da partida (Seis prêmios, seis bichos no time, não é coincidência, meu amigo!), ou se não tiver nenhum bichinho no banco do oponente, ou se não tiver mais cartas do deck.

  • Expansões e mais expansões…

Tudo começou na edição Básica, aonde chegaram as primeiras 102 cartas só para começar, e logo depois vieram também as edições Jungle (Selva), e Fossil, com mais monstrinhos, e mais cartas de treinador para esquentar.

Periodicamente, são lançadas novas expansões, com novas temáticas, e introduzindo novos conceitos de jogo, aumentando ainda mais o leque de possibilidades ao montar o seu deck, como na série Team Rocket, que apresentou os pokémon “Dark”, mais poderosos, porém com menos HP que o usual. A série Gym trouxe cartas de Pokémon baseados nos líderes de ginásio do anime, e trouxe cartas de treinador chamadas de “Stadium Cards”, que ficavam em jogo permanentemente, trazendo um efeito que influencia um pouco no andamento da partida.

e-reader

E não parou por aí. Houve até uma série de cartas que eram compatíveis com o acessório do Game Boy Advance, chamado e-Reader, um aparelho que era ligado ao portátil, e lia os códigos contidos nas próprias cartas, destravando conteúdos exclusivos nos jogos. Além de outras séries com bichos da geração GSC. Porém, em 2003, a Wizards deixa o negócio das cartas de lado, por “conflitos de interesse” entre eles, a Media Factory, e a Nintendo, sendo que a última, fica a cargo da produção das cartas, desde então.

Novas mecânicas são até legais para aumentar a dinâmica e tal, mas quem se afasta do mundo de TCG por muito tempo, corre o risco de voltar completamente “por fora” das tendências estratégicas. Eu mesmo jogava e colecionava na época das primeiras expansões, e ainda acho que meu deck de água com o Articuno holográfico detona geral! (Tolice de minha parte, eu sei…)

  • O video-game não podia ficar de fora, claro

TCG1 TCG2

Baseados nos jogos de cartas, dois jogos foram lançados para o Game Boy Color: O primeiro, entitulado como Pokémon Trading Card Game, foi lançado em 1998 no Japão, e dois anos depois conheceu o Ocidente. As características do jogo são bem similares aos jogos principais, como a presença de líderes de ginásio, que aqui são chamados de Club Masters, os Grand Masters, que correspondem à Elite Four da série, um rival, e até a escolha do deck inicial, que se baseia nos 3 primeiros monstrinhos iniciais! O jogo continha quase todas as cartas das 3 primeiras séries do jogo de cartas, além de algumas cartas exclusivas do próprio game. O interessante é que no jogo tinha uma opção chamada Card Pop, aonde dois jogadores ganhavam uma carta aleatória, através do sinal infra-vermelho do Game Boy, muito parecido com o Mistery Gift, que já conhecemos. E há cartas que só podem ser obtidas desta maneira.

GB

Um ano depois do lançamento americano, os orientais contemplaram uma sequência chamada Pokémon Card GB2: Here Comes Team GR!, com mais cartas, mais desafios, mas desta vez voltado para as batalhas contra a equipe Great Rocket (alusão à Equipe Rocket, como deve ter presumido). Duas expansões que só foram lançadas no Japão também apareceram neste jogo (Vending Machine e Video Introduction), assim como o próprio jogo, que infelizmente ficou por lá.

Embora continuem saindo mais e mais expansões novas, nunca mais houveram planos de um lançamento de um novo título da série para os consoles da Nintendo.

  • Temos que trocar! (ou comprar…)

TyranitarDelta

Existem pokémons que são extremamente raros. Sabemos disso. E com as cartas não poderia ser diferente. A raridade das cartas é indicada no canto inferior com um símbolo: Círculo para as cartas comuns, fáceis de achar, losango para as incomuns, e estrela para as raras. Há cartas raras que possuem uma versão holográfica, aumentando a beleza (e também o valor e raridade) da carta.

As cartas vem nos chamados boosters, pacotes com 11 cartas, vindo várias comuns, algumas inomuns, e apenas uma rara, geralmente. Também podem ser comprados decks temáticos com uma estratégia pré-definida, mas aí tira um pouco a graça da “surpresa”. O ruim é que é muito difícil achar as cartas que você exatamente quer. Sendo assim, a troca com amigos, uma alternativa mais viável para conseguir o que quer.

Ou, se preferir, pode ir desembolsando uma nota preta em apenas uma carta avulsa. Há cartas que valem mais que 300 dólares, vejam só! Fanatismo? Talvez, mas só para quem pode, não é mesmo? E aí? Ainda tá interessado no meu Articuno holográfico detonador que eu mencionei nos parágrafos anteriores? Podemos fazer um preço bem “camarada” por ele. Brincadeira.

  • O Mestre do baralho!

Dialga

Para ser o mestre do TCG, não é fácil. É preciso montar uma estratégia preparada para qualquer tipo de artimanha que seus adversários possam planejar. Ter um deck de apenas uma cor (tipo) deixa seus bichinhos muito suscetíveis a uma fraqueza em comum, mas pelo menos terá energia de sobra para todos. Mas e se tiver mais de uma cor? Legal também, mas pode ser que você nem sempre terá a energia certa para fazer seus bichos atacarem, quando necessário. No início, haviam apenas 7 cores: Fogo, Água (também abrangem pokémons de gelo), Trovão, Lutador (os de terra e de rocha também entram aqui), Planta (venenosos e insetos idem), Psíquico, e Normal, mas om o surgimento de novos tipos, foram adicionadas mais duas cores: Metálico e Dark. Cada uma com suas respectivas fraquezas e resistências (ou não…) como no jogo.

Cartas de treinadores são bem úteis. Tenha certeza de empacotar algumas no seu deck, para ter aquela mãozinha amiga na hora do aperto. Muitas cartas podem te ajudar a comprar mais cartas, outras procuram cartas de energia para você no seu baralho, ou então podem atrapalhar o seu adversário como remover cartas de energia dos pokémon dele (Legal, não? Espera para ver meu deck do Articuno holográfico boladão. Tá, parei…). Mas não ponha muitas, ou não terá muitos pokémons em seu deck, e pior, nem energia.

Primeape

Alguns pokémon possuem a habilidade chamada “Poder Pokémon”, aonde tal habilidade funciona o tempo inteiro (até mesmo enquanto ele estiver na reserva!), podendo ajudar ou não na partida, e só pára de funcionar quando ele estiver adormecido, paralisado, ou confuso. Sim, os status negativos, que irritam muito, também estão aqui. Atualmente também existe o status “queimado”, que é como se fosse uma variação do status “envenenado”. Então, todo cuidado é pouco com bichos que possuem esse poder de colocar status nos seus.

Uma coisa que ajuda (ou atrapalha) muito no jogo é o fator “sorte”. São muitas as cartas que funcionam na base do “cara ou coroa”. E se não tiver moeda na hora? Não se aflija! Existem também as moedas especiais usadas somente para isso. Geralmente, elas possuem imagens metálicas de um pokémon representando “cara”, e o símbolo da pokébola representando “coroa”. Elas costumam vir em decks, junto com marcadores de dano (que também é uma boa pedida, para não ficar contando), completando o kit do Mestre do Baralho!

Para quem é fã dos monstrinhos, certamente já jogou, colecionou, ou pelo menos mostrou algum interesse em começar a jogar. Nunca é tarde para isso, já que será lançada a expansão baseada no mais recente lançamento: Heart Gold & Soul Silver! Mas prepare-se para desembolsar uma boa grana de seu bolso, se quiser levar isso para competições e torneios, e virar realmente o Mestre do Baralho. Ou pegue um deckzinho pronto, e divirta-se com os amigos se contentando apenas com o título de Mestre do Bairro.


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