Crítica não é uma palavra que significa falar mal sobre determinado assunto, mas apenas ter um ponto de vista que não visa nem defender e nem abater o assunto que conversamos sobre. Ao assumir essa postura, procuramos conhecer a fundo o objeto de discussão. Isso vale, também, para jogos de videogame, como seria coerente com muitos assuntos polêmicos.
Pokémon, atrás de Mario e junto com inúmeras franquias, é o carro-chefe da Big N há anos, tendo suas primeiras versões como marcos da década de 1990, consolidando o Game Boy como máquina e febre mundial. Ao criar interatividade entre os jogadores, através de trocas e batalhas pelo Link Cable entre monstrinhos gerados no game, essa mania consagrou a Game Freak como desenvolvedora de suas sequencias, separadas por cores e elementos diversos. Da Red/Green japonesas, nasceram a Blue americana, Yellow, Gold/Silver, Crystal, Ruby/Sappire, Emerald, FireRed/LeafGreen, Diamond/Pearl e Plantinum, jogos que totalizam 493 monstros que podem ser capturados pelo jogador, usados para conquistar insignias, torneios e, claro, para batalhar com outros.
Com tantos dados, e estando entre os 10 jogos mais vendidos da história, por que a Game Freak e a Nintendo ainda não saíram da fórmula dos jogos isolados e partiram para uma jogatina totalmente online, nos moldes de um MMORPG?
(Um World Of Warcraft nintendista?)
Ok, não podemos negar que, lá atrás, em 2000, Pokémon Stadium fez uma integração dos cartuchos dos Game Boys para um console maior, mostrando seus monstrinhos em gráficos 3D. É um princípio de interação que não chega na experiência online, mas que já sai das experiências individuais dos portáteis ou dos conflitos apenas por cabo link.
As versões Pokémon Ruby/Sapphire trouxeram a conexão Wi-Fi do seu console, o Nintendo DS, para trocas de bichos e lutas. Já era um avanço rumo a internet, mas sem nenhuma experiência na rede full-time.
O que falta pra Big N apostar em uma versão totalmente online? Não sabemos. Existiria um servidor para suportar Nintendos DS em rede, ao redor do mundo? Seria tão interativo quanto WOW? E lucrativo? Creio que não basta apenas trazer notícias para os jogadores, mas lançar essas perguntas antes dos próximos lançamentos. Afinal de contas, nós, como consumidores e gamers, somos responsáveis pelo fenômeno. E interferimos diretamente.