De alguns meses pra cá, o Nintendo Blast fez algumas alterações em sua política editorial – se é que seja correto usar essa expressão. Por meio dela, adotamos uma postura mais opinativa e livre, onde cada redator possui liberdade para criticar, opinar, elogiar e analisar qualquer aspecto que lhe pareça importante sobre qualquer notícia/ acontecimento/ game.
Partimos do pressuposto que a imparcialidade – tão venerado valor do jornalismo tradicional – nem sequer de perto acontece na realidade. Quanto mais nos ausentamos de uma opinião clara, mais deixamos sinais visíveis do que pensamos – e pior - escondemos do conhecimento público.
Esse estilo, mais livre e pessoal, pode ser encarado como uma evolução do New Games Journalism, termo criado pelo britânico Kieron Gillen. Por meio dele, Kieron sugeria que as análises (e porque não notícias) poderiam receber forte influência do sentimento que despertavam nos jogadores. Assim, valores de mundo, experiências individuais, referências a outros meios e recursos interativos se tornariam bem-vindos para oferecer um relato extremamente pessoal.
O resultado dessa prática não é nem de longe uma verdade absoluta. É apenas uma história, uma opinião. Concordar ou não com ela, acreditar ou não nela, levá-la ou não em consideração é uma escolha estritamente do leitor.
O que é interessante nisso tudo é que abrimos o diálogo. Você leitor, tem toda a liberdade para discordar e oferecer seus conhecimentos e sua capacidade de análise - exatamente como nós fazemos. Assim, todos estamos produzindo um jornalismo de games que sai do nível da reprodução e parte pro nível da criação de questões importantes e inerentes ao meio.
Não veja opinião e crítica como algo desvinculado do factual. Como seres pensantes e livres, temos todo o direito de dizermos o que achamos que precisa ser dito. E você também tem todo o direito, ou de compartilhar ou de discordar. E assim vamos caminhando juntos.