Eu não era muito fã de jogos de esportes, mas como eu já estava meio enjoado de zerar Goldeneye pela milésima vez (Momento heresia do post), resolvi emprestar algo de um amigo meu, e como ele não tinha muito jogo “decente” que eu não tinha jogado, eu fui tentar 1080° Snowboarding, por que eu sempre ouvia falar desse jogo, mas nunca tive a “coragem” para jogar. E surpreendentemente, 1080° é um bom jogo.
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Pegue a prancha e vamos descer a montanha!
Logo de cara já aparece um dos competidores andando de snowboard pela neve com uma música bem “porrada na cabeça” pra entrar no clima radical do jogo. Há vários modos de jogo, que deixa a jogabilidade bem variada. Depois lhe é apresentado o rol de personagens. Kensuke Kimachi, que sonha em ser o melhor snowboarder do mundo, é aquele típico personagem principal com todos os atributos balanceados, ideal para iniciantes (Eu chamava ele de “Zoinho” da Praça É Nossa, por causa da toca que os dois usavam, mas enfim…); O experiente Dion Blaster que é fera na velocidade, porém fraco nas curvas e nos saltos. Também temos Johnny Cage Rob Haywood, que faz o papel do típico playboy do pedaço; Também temos uma presença feminina no jogo. Akari Hayami é novinha, e tem uma carinha de inexperiente, mas ela é quase uma prodígia na técnica e no pulo; Pra finalizar, temos o pirralho do Ricky Winterborn, que não jogo muito por causa da cara de mongol.
Além dos personagens, você também pode escolher a prancha que você quer levar, claro. Não que elas influenciam monstruosamente a sua perfomance no jogo, mas pegar aquela que se enquadra melhor no seu perfil, seria uma boa, só para garantir. Depois suba nela, e vá lá chutar uns traseiros.
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Faça os outros comerem neve!
1080° é até fácil e simples de aprender os comandos básicos para correr. O difícil mesmo é ganhar, já que a dificuldade do jogo é bem elevada, do jeito que muita gente gosta. Mas o game não se resume só as corridas do Match Race. Além disso, há os modos Time Attack, que é a tradicional tomada de tempo, para ver quem faz o melhor; Trick Attack, aonde você pode se exibir castigando seus dedos no controle, freneticamente, realizando altas manobras para fazer o maior número de pontos o posível, e tem até uma pista de Half-Pipe feita para isso; No modo Contest, o jogador passa pelas pistas passando do lado certo das bandeirinhas. Para iniciantes, tem também o Practice Mode, para aprender a fazer as manobras direitinho. É modo que não acaba mais, dando uma diversidade que proporciona divertimento por boas horas de jogo.
Entretanto, realizar manobras é uma tarefa um tanto quanto árdua. É uma verdadeira disputa para ver quem aguenta mais: O seu pobre controle, ou os seus dedos. Tá certo que tem manobras fáceis de fazer, mas que não rendem muitos pontos, mas tem outras que não são só complexas, como também quase impossíveis de fazer. É muito fácil você se pegar na intenção de realizar um 720°, e acabar realizando um 540° sem querer, ou um Melancholy, ou então um Indy, deixando a parte de fazer manobras por pontos, uma experiência ainda mais frustrante que as corridas contra o computador, que já eram difíceis. Bom é saber que isso não é necessário para terminar o jogo.
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Visual e trilha sonora de arrepiar
Mesmo sendo um jogo difícil, 1080° fez um ótimo trabalho nos gráficos, e principalmente na trilha sonora - a qual proporciona sons empolgantes indo da música eletrônica ao Rock, fazendo até o jogador esquecer um pouco os momentos frustrantes nos níveis de dificuldade mais elevados, e relaxar um pouco. Voltando aos gráficos, as texturas ficaram muito bem trabalhadas para um mero título de Nintendo 64. O legal é que as fases vão mudando de clima conforme a dificuldade, dando aquela camuflada na falta de variedade de fases, que mesmo assim ficaram bem bacanas.
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Isso é culpa do aquecimento global
Definitivamente, este foi um daqueles jogos que você pega na locadora, e consegue terminar antes de devolvê-lo, apesar da dificuldade. Isso se deve ao fato de ter poucas pistas, como eu já mencionei anteriormente, e nem o modo para dois jogadores chega a ser tão divertido, se o seu amigo não for tão familiar ao jogo. A duração dele é tão rápida que você vai ficar fuçando para ver se tem algo a mais a ser feito. O jogo tem até os seus segredos destraváveis, mas tudo gira em torno do modo Match Race, que mesmo tendo tantos modos diferentes, você não vai se sentir muito motivado a jogá-los por muito tempo, já que não tem nenhum prêmio que estimule a jogada.
Dizem que o que é bom dura pouco, e não foi diferente com 1080° Snowboarding. Um jogo que esbanjou um grande potencial com seus gráficos bonitos, trilha sonora matadoras, e uma dificuldade satisfatória, mas que pecou nos detalhes. Nas primeiras horas ele vira um jogo desafiante que deixa qualquer gamer hardcore altamente estimulado, e depois acaba caindo na mesmisse pela falta de conteúdo. Mas só pela diversão das primeiras horas, foi um jogo digno de uma continuação para prolongar o show.