Análise: Where’s Waldo? The Fantastic Journey (DS)

em 06/03/2010

Já não é a primeira vez que Waldo/Wally dá as caras, ou melhor, esconde-se em um game. Só que desta vez a Ubisoft trouxe as aventuras e ... (por Fabiano Naspolini em 06/03/2010, via Nintendo Blast)

waldocaixads Já não é a primeira vez que Waldo/Wally dá as caras, ou melhor, esconde-se em um game. Só que desta vez a Ubisoft trouxe as aventuras e passatempos do personagem de Martin Handford ao Nintendo DS. Where’s Waldo? The Fantastic Journey foi lançado no dia 22 de setembro de 2009. É um jogo com boa jogabilidade, desafio mediano, design de níveis bem trabalhado e arte que remete bem aos livros do Waldo. A famosa pergunta: “Onde está Wally?”. Por hora, encontra-se aqui, na análise do Nintendo Blast.

  • Uma viagem fantástica

worldA aventura de Waldo neste jogo remete ao livro “Uma viagem fantástica”. Durante o game, ele viaja por 12 mundos muito bizarros entre si. Entre tapetes voadores, esportistas estranhos e vampiros e bruxas, Waldo cumpre missões em cada ambiente. Seu objetivo é viajar todos os mundos cumprindo os objetivos que lhe foram incumbidos por seus amigos. Como mentor, Barba Branca o comunica sobre as missões a realizar, assim com Wenda, sua namorada.

Resumidamente, o jogo consiste em procurar pessoas, objetos, cenas… o mais rápido que puder, algo que já era de se esperar. Caso clique em áreas que não tem itens, o tempo fica menor. Se encontrar, ele aumenta. O objetivo do game em si é simples, porém algumas mudanças nestas formas de busca foram bem interessantes e trabalhadas nele.

Cada fase do jogo possui 4 missões, onde cada uma delas é representada por um personagem:

family

  1. Waldo: nas fases dele, você começa procurando 3 personagens: Waldo, Wenda e Barba Branca. Ao encontrá-los, começa uma busca por objetos. Após achar todos, procura-se um scroll (lista) e se termina a missão;
  2. Odlaw: quando o rival de Waldo aparece, todas as fases são bloqueadas. Neste nível, é preciso encontrar primeiro Odlaw. Depois, alguns objetos/animais que possuem as mesmas cores e formas que ele (listras pretas e amarelas). Algumas vezes, Odlaw aparece de surpresa em algumas fases. Gostei bastante, pois surpreende quem joga;
  3. Wenda: com ela, o seu objetivo é encontrar cenas (quadros);
  4. Woof: aqui é necessário comparar 2 imagens e encontrar 10 diferenças entre elas.

where-is-waldo-3Nesta busca, você conta com a ajuda de Woof, o cãozinho de Waldo. Ele é útil para encontrar alguma coisa muito difícil de achar. É um recurso limitado, mas caso o jogador ache ossos na sua busca, ele ganha mais direitos a ajuda do cãozinho. Isto contribui para não deixar o jogador frustrado, além de dar mérito a ele por encontrar mais ossos, visto que os encontrar é uma dificuldade mediana.

Outro recurso de ajuda são os itens para parar o tempo, recarregá-lo (ao clicar em moedas que caem na tela do DS) dentre outros. É interessante porque, ao terminar rapidamente o jogo (classificação Perfect), ganha-se presentes que enfeitam os cenários de escolha de mundos. Eles não influenciam na dinâmica do game em si, mas são coleções possíveis de serem feitas.

where-is-waldo-2Em se tratando em dificultar a tarefa do jogador, alguns pontos da área de busca possuem animações. Isto geralmente atrapalha um pouco, pois tira o foco da visão para eles. É um desafio a mais ao jogador. Outro interessante é que nem sempre o objeto de busca vem através de imagem, ou seja, a dica às vezes é textual. Isto muda a dinâmica do game e pode pegar muito jogador de surpresa.

Um fato que particularmente gostei e me surpreendi no jogo foi a não linearidade das fases. Às vezes você cumpre missões de três fases em sequência, mas depois aparece o Odlaw na fase 1 e é preciso voltar. Ou está na fase 5 e Woof te chama na fase 2. Isto faz diversificar o jogo, pois cada personagem tem um tipo de dinâmica de missão de busca.

Um ponto negativo é que o replay foi pouco trabalhado. Poderia ter um banco de itens a serem procurados maior, pois voltando a jogar uma fase, os erros são praticamente os mesmos. Acaba sendo um jogo de poucas partidas. Mas considerando que ele é mais para um público ocasional, até é perdoável.

  • Jogabilidade simples

where-is-waldo-1 Os controles de Where’s Waldo? The Fantastic Journey são bem simples. Pode-se mover o mapa em busca dos itens em questão através da caneta stylus ou pelo direcional. Na minha opinião, deveriam ter deixado somente o direcional, pois muitas vezes, ao mover com a stylus, a tela sensível ao toque acaba entendendo como um clique. Caso não seja um item procurado, o jogador acaba sendo penalizado à toa. Outro recurso é o botão B para chamar a ajuda do Woof. L e R servem para mudar o item a ser procurado. Isto dá flexibilidade ao jogo, pois o jogador tem oportunidade de mudar a sua busca quando quiser.

A disposição dos elementos do game são bem fáceis de se acostumar. Quando em foco um dado objeto, a área do mapa se limita a um pedaço apenas. Isto é bom, pois ter que procurar o item em todo o imenso mapa ia ser muito frustrante. Realmente o jogo foi bem pensado para um público menos hardcore, pois está bem intuitivo e sem complicações de comandos e interface.

  • Arte e música simples como Waldo

 where-is-waldo-4A arte do jogo está bem fiel aos livros do Waldo, criando uma familiaridade de quem já conhece o famoso personagem da literatura. Isto eu acho muito importante, pois criar algo totalmente diferente pode gerar repulsa de quem já conhece a obra.

As animações são simples, mas dão um toque especial nas entradas de mundo, além de descontrair no momento de busca do jogador. Por isto, acabam sendo um desafio a mais, porque o faz perder a visão focal em alguns momentos.

A música é bem suave e proporciona feedbacks ao jogador nos momentos certos. Mas nada tão surpreendente.

  • Avaliação final

waldo Pontos Fortes: fácil jogabilidade, diversidade em missões e mundos, não-linearidade, manteve arte coerente ao Waldo dos livros.

Pontos Fracos: replay pouco trabalhado, movimento do mapa com a stylus induz a erros sem intenção do jogador, desafios tranquilos demais de se concluir (opinião pessoal).

Resumo: vale a pena jogar para conhecê-lo, mas eu recomendo particularmente para quem gosta de jogos de search, jogadores bem casuais ou fãs de Waldo. Particularmente, foi um game que me surpreendeu, pois achei que somente seria busca e não teria alguns elementos interessantes que citei nesta análise.

Where’s Waldo? The Fantastic Journey – DS – Nota final: 7,8

Gráficos: 8         Som: 7       Jogabilidade: 8,5       Diversão: 8

Siga o Blast nas Redes Sociais

Fabiano Naspolini de Oliveira possui formação em Tecnologia em Análise de Desenvolvimento de Sistemas (UDESC), escritor, empresário e game designer da "Céu Games" ( http://www.ceugames.com ). Apaixonado por escrita e jogos eletrônicos desde novo, acompanha a indústria de games e tem como preferência a Nintendo. Jogou nos videogames NES, SNES, N64, Game Cube, Wii, Gameboy Color e Nintendo DS (atual que possui). Gosta muito de RPG, mas acompanha/joga outros gêneros também.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Você pode compartilhar este conteúdo creditando o autor e veículo original (BY-SA 3.0).