Os personagens da Marvel foram remodelados para uma nova aventura pelos consoles da Nintendo. Lançado em 20 de outubro de 2009, “Marvel Super Hero Squad“ é baseado em uma série Marvel de desenho e brinquedos de mesmo nome. Apesar de ser um jogo curto e com jogabilidade à “Marvel Ultimate Alliance 2” do DS, o game traz algumas novidades nos modos de batalha. O bom humor inserido na história também traz um ar diferente da seriedade contida nas histórias Marvel. Escolha o seu herói (ou vilão) e vamos viver esta aventura!
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A história do bem contra o mal, mas com bom humor
Marvel Super Hero Squad é um jogo de ação/plataforma desenvolvido pela THQ. A história segue a da animação: Dr. Destino chama vários vilões para ajudá-lo a localizar fragmentos da Espada do Infinito. Este objeto é capaz de dar poderes sobrenaturais a quem o possuir. Os Hero Squad sabem dos planos deles e os impedem, coletando os fragmentos da espada que estão por toda a Terra. A luta entre o bem e o mal permeia neste sentido.
A história é cheia de humor. Não será de morrer de rir, mas ficou bem diferente do que encontramos no universo Marvel. Você verá Dr. Destino ficando bravo com O Abominável e o mandando limpar o porão como castigo. Também verá o Hulk ganhando um jogo de xadrez de chocolate do Homem de Ferro e o devorando inteiro: “Cheque-mate!”. Também segue a linha da animação, o que acho muito pertinente.
No modo história do jogo são 7 episódios, sendo o primeiro apenas um tutorial, explicando como se joga. Achei-o bem eficiente. Quanto aos episódios, remetem mais ainda ao desenho. Cada um deles é dividido em 3 dificuldades: fácil (easy), médio (medium) e difícil (hard). A história vai alternando entre os heróis e os vilões. No último nível, você pode escolher qual personagem deseja jogar. Se escolher um herói e vencer, verá o final sob a ótica dos bonzinhos. Se escolher vilão, o mal triunfa. Além das missões da história, sempre tem algumas com batalhas.
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Batalhas à Super Smash Bros
Está aí algo que gostei bastante: as batalhas. Sim, é uma cópia do Super Smash Bros, mas uma coisa é você jogar com personagens Nintendo, outra com personagens Marvel. Vejo este modo de batalha como um início para um game melhor ainda, mas me diverti mais no jogo graças a esta novidade.
Existem 3 tipos de batalhas no jogo: classic, super weapon e king of the fractal. O primeiro é uma luta entre os personagens e vence quem derrotar o outro na briga. O segundo, super weapon, tem como objetivo você destruir a super weapon antes que o tempo termine. Para isto, seu adversário tem que protegê-la. Depois, trocam-se os papéis e você deve protegê-la. Vence quem se der bem nos dois papéis. A última batalha, king of the fractal, tem como desafio coletar mais fractais que o seu adversário. Para isto, somente um personagem pode estar dentro da cápsula de fractal. Estas batalhas e estilos diferentes é que particularmente salvam o jogo inteiro.
Parece que este estilo de luta que o Smash Bros trouxe está trazendo influências aos games de modo geral. Já não é o primeiro jogo que percebo que possui a mesma jogabilidade de luta. Outra vantagem é poder jogar com os amigos no modo multiplayer. Aí é diversão na certa!
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Design visual, música e jogabilidade
O design dos personagens é estilizado com cabeças bem grandes e feições exageradas (remete ao mangá). Isto dá um ar bem diferente a eles e deixa descontraído e coerente com o roteiro. Mas acho que a qualidade dos gráficos poderia ser melhor. Achei bem fraco comparado a outros jogos que já joguei para o Nintendo DS. Esta mesma avaliação vale para as músicas do game.
A jogabilidade consiste em botões de ataques comuns (B), ataques especiais (Y), pulo (A), captura de itens especiais ou agarrar adversário (X), defesa (L ou R) e super especiais de ataque e defesa (tela de touch screen). Em geral, é simples de se jogar, mas a pergunta que faço é: por que este jogo foi lançado para o Nintendo DS se pouco se usa a Touch Screen? Acredito para divulgar a franquia Marvel e apenas ganhar dinheiro, pois não vejo grandes utilizações dos recursos principais do DS: tela touch screen e dual screen. Tudo bem, existem jogos bons que usam poucos estes recursos, mas o jogo em si é simples demais para compensar isto. Falta profundidade no roteiro e nos níveis.
Um ponto interessante foram os itens especiais, estes lembrando bastante aqueles do Super Smash Bros. Aliás, “Marvel Super Hero Squad” lembra bem o modo aventura deste jogo da Nintendo.
Um problema que detecto é quanto aos ataques super especiais. Você seleciona com a touch screen e depois tem que direcionar o tiro. Achei complicado você estar com suas mãos no direcional e botões e, de repente, usar o especial, tirar a caneta, direcionar o tiro e… É muito fácil de você perder o foco no jogo. Eu tive que utilizar o dedo para amenizar isto. Com caneta, só se ficar segurando todo o momento até chegar a hora ocasional de usar este super especial.
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Vários personagens e missões extras
O jogo possui alguns heróis e vilões bem famosos. Dentre os heróis, você pode jogar com Homem de Ferro, Wolverine, Hulk, Capitão América, Thor e Homem-Aranha. Já os vilões, pode-se jogar com Dr. Destino, Magneto, O Abominável e Mística. O que fiquei frustrado é que personagens como o Homem-Aranha, só pode ser controlados no último nível. Deu a sensação de que alguns foram jogados na sarjeta do roteiro. Isto achei um ponto falho, considerando o jogo muito curto. Achei também poucos vilões explorados. Cadê o Galactus e o Homem Toupeira?
Cada personagem tem ataques respectivos às suas habilidades. A forma de representação dos especiais dos heróis ficou bem legal. Wolverine golpeia rapidamente com suas garras de Adamantium os inimigos; Homem-Aranha prende o inimigo com sua teia e o golpeia; Capitão América lançando seu escudo, dentre outros. Também existe uma super defesa comum para todos, tornando o personagem vulnerável por um tempo determinado.
Em termos de missões extras, pode-se fechar cada fase nos 3 níveis de dificuldade do jogo, liberar personagens (Mística), roupas novas (por exemplo, O Homem-Aranha libera a roupa Homem-Aranha 2099) e cenários de batalha novos. Isto faz o jogo ter uma vida longa maior, porém é repetitivo demais. Tem que ser bastante persistente para conseguir fechar tudo e não ficar entediado.
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Avaliação final
Pontos Fortes: sistema de batalha divertido e com diversidade, história coerente com a original dos desenhos, super especiais caprichados, personagens bem escolhidos e missões especiais repetitivas, porém em um nível aceitável.
Pontos Fracos: pouca utilização dos recursos exclusivos do DS, utilização da touch screen nos super especiais inadequada, personagens deixados de lado da narrativa (só aparecem no final), faltou vilões, música e design visual fracos comparados a outros jogos de DS.
Resumo: Trouxe alguns elementos bem interessantes aos jogos Marvel, principalmente o modo de batalha. Existem pontos a serem melhorados. Creio que peguei leve nas notas por se tratar da Marvel e de personagens memoráveis. Se você é fã, jogue, mas se estiver com o intuito de uma diversão rápida. Caso nem goste da Marvel, recomendo outra alternativa.
Marvel Super Hero Squad – DS – Nota final: 6.2
Gráficos: 6 Som: 6 Jogabilidade: 6 Diversão: 7