Blast from the Past: Donkey Kong Land (GB)

em 06/02/2010

Após o grande sucesso de Donkey Kong Country (1994) no SNES, a Nintendo não perdeu tempo e lançou uma versão para o Game Boy clássi... (por Sérgio Estrella em 06/02/2010, via Nintendo Blast)

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Após o grande sucesso de Donkey Kong Country (1994) no SNES, a Nintendo não perdeu tempo e lançou uma versão para o Game Boy clássico, batizada de Donkey Kong Land, em 1995. Muita gente pensa que este título se trata de um port da versão para Super Nintendo, mas na verdade ele é uma sequência aos eventos do primeiro Country.

  • Que raio de história é essa?

Em Donkey Kong Country, King K. Rool rouba o estoque de bananas (Banana Hoard) dos Kongs, em Donkey Kong Island, e foge para o seu navio, Gangplank Galleon. Com a ajuda de Diddy Kong, DK consegue derrotar K. Rool e recuperar suas bananas.

donkey-kong-land1Como se essa história já não fosse bizarra o suficiente (afinal, o que um grande jacaré poderia querer com um monte de bananas?), sua sequência para Game Boy consegue ter um enredo ainda mais descabido: após recuperar seu grande estoque de bananas, Donkey Kong é desafiado por Cranky Kong, dizendo que eles não teriam conseguido a mesma façanha se fosse um jogo portátil, de 8-bit. Com isso, eles fazem com que King K. Rool roube novamente seu estoque de bananas, e então partem em outra aventura para recuperá-las. Será que a dupla dinâmica vai conseguir, agora sem os gráficos de Country?! (Ainda bem que o enredo nunca fez muita diferença na série Donkey Kong!)

  • Mesma ilha, novas áreas

Assim como uma nova “história”, Donkey Kong Land apresenta fases completamente novas, ainda que essas utilizem estruturas e temática similar à de Country. Desta vez, conhecemos quatro novas áreas da Donkey Kong Island: “Gangplank Galleon Ahoy!”, “Kremlantis”, “Monkey Mountains and Chimpanzee Clouds” e “Big Ape City”, cada uma delas com várias fases. Infelizmente nenhuma tão inspirada quanto as de Country.

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Os gráficos, apesar de branco e preto e um pouco confusos, eram bem sofisticados se levarmos em consideração a época e capacidade do nosso saudoso Game Boy. Por causa do tamanho da tela, a Rare teve que modificar o sistema de duplas em que os dois Kongs apareciam simultaneamente na tela. Em Land, somente um deles é mostrado, mas eles podem se alternar, como antes. Por causa disso, foi necessario utilizar um medidor de vida, em forma de contador de corações, algo que fez muitos fãs torcerem o nariz. Infelizmente o jogo também apresentou outros problemas como um pulo muito curto e pesado, diferente da versão para SNES, e algumas inconsistências gráficas como inimigos que as vezes piscavam e outras vezes apareciam cortados.

  • Feito para fãs

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Apesar de tantos defeitos, e de não superar seu irmão maior em nenhum aspecto (e até decepcionar em outros), Donkey Kong Land é um prato cheio para qualquer fã. A começar pela trilha sonora de David Wise e Graeme Norgate, que ganhou versões 8-bit das canções clássicas de Country, e também pelo excelente marketing que rendeu uma boxart matadora e um cartucho amarelo banana (imagem ao lado). A idéia de criar uma série paralela das aventuras de Donkey Kong deu tão certo que “Land” foi eleito pela EGM como o melhor jogo de 1995 para Game Boy, e rendeu duas sequências, acompanhando cada versão de Country.

Mais tarde, no Game Boy Color, foi a fez de o próprio Country ganhar um port com gráficos coloridos e novos elementos de jogabilidade, o que acabou se repetindo no Game Boy Advance, que ganhou ports um pouco menos inspirados da trilogia Donkey Kong Country. Definitivamente, a Nintendo soube aproveitar o sucesso do universo criado pela Rare.


Autor do Blog "iceBreaker" , "Nintendo Blast" e "Hellness". Moro em Curitiba-PR, e curso Design Gráfico na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
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