Cá estou eu de volta, dessa vez com uma resenha dupla, mostrando Castlevania em preto e branco no saudoso portátil Game Boy. O primeiro é um jogo pequeno e passa longe de qualquer outro Castlevania, já o segundo é um jogo que faz juz ao nome da série.
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Castlevania the Adventure
O storyline, como podemos ver não é nenhuma maravilha, apesar de que pro Castlevania isso não é realmente importante. Eu adoraria falar o contrário, mas o fato é que este é um jogo muito fraco que foi um dos primeiros para GB. Comparem por exemplo como foi o primeiro Mario (Land) do console. Um jogo muito curto, com jogabilidade piorada em relação aos títulos conhecidos e com gráficos paupérrimos. A minha impressão é que nos primeiros anos de vida do GB, as softhouses o viam como se fosse um minigame (lembra deles?) que poderia se trocar o cartucho. Castlevania Adventure praticamente não tem recursos além do chicote e pulo, nada de sub armas, mas o chicote aqui pode ser upgradeado a ponto de soltar rajadas de fogo.
Segue aqui a lista de defeitos: Lerdo como uma tartaruga e cheio de slowdowns pra completar a leveza do jogo; São apenas 4 estágios ; Some ao fato que a jogabilidade é muito ruim - seu pulo é pequeno e de curto alcance, complicando as áreas com precipícios, coisa que já pode ser sentida na fase 1. Há ainda pouco inspiração no visual das fases, mesmo pra um jogo tão antigo do GB. O que que se vai fazer? Como destaque só mesmo as boas músicas que seguem a tradição da série.
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Castlevania II - Belmont´s Revenge
Ordem Cronologica (até o momento) - Episodio 6
Sentindo-se ameaçado por Christopher, Drácula foge para preparar um contra-ataque. 1591. Passam-se 15 anos e o filho de Christopher, Soleiyu Belmont torna-se uma das vítimas do Drácula. Mas ao invés de matá-lo, Drácula transforma Soleiyu em um dos seus servos. Agora pai e filho terão que se confrontar, antes da batalha com o vampiro.
Bem já é nítido a melhora do jogo na parte dramática com essa parte crucial que é a batalha entre o pai e o filho. Provavelmente querendo corrigir os erros da versão anterior, a Konami consegue recriar o "Adventure", ainda mantendo características próprias daquele jogo. Assim nasceu um dos grandes jogos do GB Clássico. No geral tudo foi melhorado, a antes travada jogabilidade está melhor, com pulos e ataques bem mais precisos, e ainda adição de sub-armas, ainda que poucas se compararmos aos jogos de NES. É nítido o quanto melhoraram nos gráficos, com cada fase seguindo um tema como rochas, plantas, nuvens, assim como a estrutura das fases está bem mais criativa. Um estranha, mas interessante diferença desta versão é a inspiração de Mega Man, pois antes de invadir o castelo do Drácula, você deve invadir castelos menores, que são as fases propriamente ditas, e estes castelos podem ser invadidos em qualquer ordem. A boa trilha sonora continua mantendo o nível da série, mas como este jogo ficou popular, há versões das músicas arranjadas em cds oficiais da série.
Bem, não há muitas curiosidades sobre estes episódios, mas vale lembrar que o lendário Simon Belmont é bisneto do personagem Christopher. Também vale destacar que o recente jogo para Nintendo Wii, Castlevania Adventure Rebirth, é uma recriação do roteiro do Adventure original, talvez para transformar o Adventure 1 em algo mais... interessante.
Este foi o último jogo memorável da série em 8 bits, mas não o último em 8 bits, mas este é um assunto para uma postagem futura... Até semana que vem com mais uma resenha de um Castlevania do passado.