Curiosidade: The Phantom, o pai “fracassado” do Zeebo

Já estamos na 7° geração dos games, e as plataformas que andam mais se destacando são as da Sony, Microsoft e da Big N; no entanto não dá para descartar o console Zeebo, que possui uma característica que o diferencia totalmente dos outros videogames – o desuso da mídia física. Tal característica é um dos principais artefatos da TecToy para manter seu console fora da pirataria, já que os games online acompanham um preço bem acessível,e também para manter uma competição direta por um espaço na jogatina dos gamers latinos. Mas, você acha que o Zeebo é pioneiro nesse novo tipo de comercialização? Errado! Fique sabendo mais sobre o “quase console” da Infinium Labs, The Phantom, de sua grande proposta até seu fim prematuro.

The Phantom: O pior começo possível

No ano de 2002, a Infinium Labs (pouco experiente no ramo de jogos eletrônicos) mandou uma informação para diversas plataformas de comunicação que em pouco tempo iria realizar uma plataforma inovadora para a época, tal inovação estava envolvida com uma distribuição de jogos por downloads. Em virtude da produtora sequer ter comunicado uma informação adicional ou ter citado um protótipo do console, a plataforma foi alvo de sátiras diante de grandes sites (como IGN, Slashdot e etc) e foi pouco procurada para parcerias ou desenvolvimento em seus games. Um começo prejudicial para a vida desse console.

E3 2004: A ascensão de Phantom

Dois anos depois desses boatos, a Infinium Labs marcou presença com o protótipo de seu videogame na E3 2004, e reafirmou toda aquela citação de 2002: O console ia contar, realmente, com o serviço direto para downloads do conteúdo. Os downloads chegariam ao seu próprio HD e o serviço custaria $ 29,95 mensais para obter os títulos.

Além disso, a Infinium Labs divulgou os supostos dados do sistema de tal plataforma. Confira as especificações “oficiais”.

Hardware

* CPU: AMD Athlon XP 2500+

* Video card: Nvidia GeForce FX 5700 Ultra, with 128 MB RAM

* RAM: 256 MB

* Hard drive: 40 GB "local content cache"

* Sound: Dolby Digital 5.1 Audio

* Control: Custom game pad and keyboard-mouse combination unit called a "lapboard".

* Wireless modules will be used to support a wireless lapboard and game pad.

Lembre-se que sua capacidade pode ser considerada igual ou superior ao Zeebo, sendo “quase projetado” 5 anos antes!

Vivendo entre dívidas e adiamentos

Desde aquela E3, o Phantom estava marcado para ser lançado, porém vários adiamentos foram tomados e revoltaram “muitos futuros consumidores”... No total, o “Fantasma” já tinha sido adiado duas vezes, ambos com restrições de justificativas, rolavam na mídia boatos dizendo que o console apenas sairia em 2005 para competir direto com o Xbox 360 (lançado nesse mesmo ano), até existia especulações que a rede online de download sequer tinha sido projetada!
Nesse Ínterim, a Infinium Labs já contava com um custo de 62,7 milhões dólares para a criação e divulgação da plataforma, lembrando que não havia nenhuma estimativa de lucro em massa, tão quanto de produtoras de games se aliarem ao projeto.

Ambos esses fatores apenas influenciaram para o fim do Phantom, para o fim de uma utopia que viveu por mais de 4 anos! Em 15 de agosto de 2006, o site oficial Infinium Labs desmarcou o videogame em sua lista de compras.

Phantom nos dias atuais

Depois de tantos fracassos e escândalos acumulados em poucos anos; a Infinium Labs mudou de nome para Phantom Entertainment ,a empresa também mudou uma boa parte de seus admistradores; em outras palavras; ela renasceu para o mercado.Depois de um acordo com a Alienware ( produtora de computadores top-de-linha),a empresa começou a sobreviver pela venda de alguns produtos derivados do projeto Phantom, como exemplo:The Phantom Lapboard, um conjunto de teclado e mouse sem-fio ideais para jogos de PC.

Já, particularmente, para a própria plataforma Phantom não há nenhuma previsão oficial para um lançamento ou reconstrução desse projeto, apenas existem alguns boatos, em um estilo muito Duke Nukem Forever.