Olá, amigos do Nintendo Blast! Essa é mais uma Outer N e desta vez nós vamos falar de ótimos jogos que foram esquecidos justamente por saírem nos últimos momentos de vida do nosso querido NES. Afinal, isso é uma coisa natural, e acontece a cada troca de geração. Quantos ótimos jogos de Game Boy Advance ficaram obscurecidos pela chegada do DS, quantos jogos de Playstation 2 ainda são ofuscados pelo seu irmão mais velho, e assim por diante?
O Nintendinho teve lançamentos até o ano de 1994, porém o Super Famicom apareceu no Japão em 1990, deixando esse espaço de quatro anos onde alguns jogos muito bons deixaram de ser aproveitados devido à concorrência familiar desleal... Nesse meio tempo, além dos fantásticos últimos lançamentos da Disney, quase todos pela Virgin ou pela Capcom (Ducktales 2, Chip’n Dale 2, Jungle Book, The Beauty and the Beast, Alladin, Lion King...), tivemos mais alguns lançamentos de franquias famosas, fazendo com que os jogos listados a seguir passassem despercebidos:
WURM: Journey to the Center of the Earth, o jogo mais velhinho desta coluna: É da pouco conhecida Amik, lançado em 1991, ano da chegada de Super Mario World aos EUA. Esse jogo, assim como Ultimate Challenge (lembra desse?) mistura uma variedade de estilos, seja ação side-scrolling, shooter e até FPS, deixando o título bastante dinâmico. A história gira em torno das WURMS, imensas furadeiras, daquelas típicas de desenho animado, com as quais a humanidade descobre e se envolve em um conflito entre duas raças que vivem no centro da terra. Ou lá pertinho, ao menos.
Overlord, Probe, 1993 – Eis aqui um exemplo pouco conhecido de um RTS para NES, gênero esse que tem poucos representantes no console. Uma conversão do mesmo jogo para PC, essa versão sofreu diversos cortes e simplificações, mas isso não impediu que o jogo fosse profundo pra quem quisesse se dedicar a criar, manter e fazer prosperar uma rede de colônias espaciais enquanto o computador tentava fazer o mesmo. E a guerra era inevitável.
Kid Klown in Night Mayor World, Kemco, 1993 – Essa aqui nada mais é do que uma adaptação do Mickey Mouse 3 japonês, uma das melhores plataformas para o console e um dos melhores jogos do Mickey. Contudo, sabe-se lá porque, a Kemco trocou o Mickey por um palhaço sem graça, que apareceu depois em um joguinho competente no SNES, Kid Klown in Crazy Chase.
Zoda's Revenge: StarTropics II , 1994, Nintendo IDR – Continuação do RPG cult e desconhecido, esse segundo capítulo da história passou batido por muita gente. É um RPG de ação bem pitoresco, ainda mais por misturar fatos e personagens históricos com a amalucada história do jogo. Não ligue se encontrar Cleópatra ou Leonardo Da Vinci pelo caminho. Saiu para o Virtual Console do Wii, então você pode conferir... se tiver um Wii. E internet. E Wii points. E já tiver pego Sin and Punishment...
Alfred Chiken, 1994, Twilight Games – Aqui temos um exemplar típico da era NES. Uma plataforma de ação, bastante colorida, com um personagem-bichinho-simpático e ação frenética o tempo todo. Como foi um dos últimos, e bastante bem-feitinho, saiu também para o SNES e diversas outras plataformas, mas o franguinho não vingou...
Teenage Mutant Ninja Turtles: Tournament Fighters, Konami, 1993 - Foi muito mais feliz em suas versões para Super Nintendo e Mega Drive. Há quem prefira a primeira, e há quem prefira a segunda. Eu gosto mais da versão do Super Nintendo, com a ninjinha e o triceratops, mas isso é pessoal. Resolvi citar essa versão de NES pois pouca gente a conhece. Jogos de luta no NES são raros, e dificilmente ficavam bons. Esse da Konami, porém, pelo menos é sincero. Um dos maiores problemas é que pedaços dos sprites costumavam desaparecer, num defeito bastante irritante.
Esses seis títulos já são um bom começo pra vocês fuçarem e relembrarem como o NES era legal. Ainda posso citar aqui os divertidos jogos do ovinho Dizzy ou o divertidissímo adventure Linus Spacehead, ambos da Codemasters. O já citado Ultimate Challenge, também da Codemasters. Também o esquisitão e difícil Zen - Intergalactic Ninja, da Konami, baseado numa HQ pouco conhecida por aqui. E Hillsfar, adaptação de D&D bastante parecida com Eye of Beholder, do SNES...
Falando assim fica aquela impressão chata de que o Nintendinho se foi cedo demais, não? Ainda bem que temos o Virtual Console pra nos redimir de algumas falhas que cometemos!