Quem acompanhou ontem a repercussão da surpreendente nota 40 que a Famitsu atribuiu ao terceiro Monster Hunter, percebeu que a voz quase uníssona que se ouviu entre a comunidade gamer brasileira nas mais diversas redes sociais era: A revista perdeu o crédito.
A afirmação é um pouco dura, mas não é infundada. É preciso ficar claro que esse descrédito não é fruto de um episódio particular. Ele vem de um processo que começou naquela inesperada nota perfeita para Nintendogs, em 2005. De lá pra cá, vimos mais cinco outros games ganharem 40 pontos (Super Smash Bros. Brawl, 428, Metal Gear Solid 4, Dragon Quest IX e agora Monster Hunter 3). Curioso pensar que o primeiro score perfeito veio em 1998, quando a revista já tinha mais de uma década de existência. Uma nota 40 era significado de um game revolucionário. Hoje não passa de sinal de boas vendas.
Um post publicado em um fórum do Select Game em 2006, deixou bem claro que a Famitsu não tem um compromisso com as avaliações técnicas.
Seu principal objetivo é simplesmente agradar o público (…) em outras palavras o amor deles é cego por Final Fantasy, Dragon Quest, Kingdom Hearts… O principal objetivo do Most Wanted semanal é de analisar de certa forma para quais games os jogadores não querem uma pontuação baixa. Esses leitores sondados são os que compram a revista e precisam ser agradados (…) Quando a Famitsu SABE que um jogo vai vender 2 milhões de cópias em uma semana eles atribuem o que pode-se chamar de um score de cortesia.
A Famitsu ganha muito dinheiro com anúncios, muito mais que as vendas totais combinadas. Quem já folheou a Famitsu sabe que é um festival de anúncios, ainda mais se comparados com o padrão ocidental.
Portando amigo, nada de endeusar a Famitsu. Ela é uma revista que não possui uma grande imparcialidade. Games muito esperados jamais receberão notas baixas com o objetivo único e simples de agradar aos leitores. O exemplo mais conciso disso talvez sejam os 38 pontos dados para o RPG Last Remnant. Enquanto no ocidente a crítica apontou dezenas de críticas, a Famitsu fez vista grossa graças a grande expectativa que existia em torno do seu lançamento por lá.
Portando vamos com calma, Monster Hunter 3 não é tudo isso.
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