Análise: Rhythm Heaven (DS)

em 08/06/2009

Qual a noção que você tem do que é um game de ritmo? Ele precisa ser necessariamente de dança ou simular algum instrumento? Precisa exi... (por Gustavo Assumpção em 08/06/2009, via Nintendo Blast)

rhythm-heaven-logo

Qual a noção que você tem do que é um game de ritmo? Ele precisa ser necessariamente de dança ou simular algum instrumento? Precisa exigir algum periférico? A resposta é não. E a prova cabal de que games de ritmo são bem mais do que você pensa é Rhythm Heaven, um dos mais difíceis e viciantes games do portátil da Nintendo.

Ohh, Ohhh, Ahhh!

170990Rhythm Heaven segue uma premissa bastante simples. Ele é basicamente um game musical, que usa personagens simplórios em pequenos minigames de ritmo. Segurando o DS na posição de um livro, você deve realizar todas as ações exclusivamente na tela de toque. Nenhum botão ou direcional é utilizado, deixando o game bem dinâmico e focado em sua habilidade, e lógico, ritmo.

O game é dividido em blocos de minigames 170991chamados “tiers”. São seis ao todo com quatro fases cada um. Depois que você completar todos os 24 desafios, ainda existe o modo Remix. Terminando os remixes, mais 16 fases extras, com desafios repetidos mas com a dificuldade aumentada. E curiosamente, cada um dos estágios usa de uma forma bastante interessante a touch screen, tornando cada 170992fase única.

O foco no ritmo musical torna a parte visual dos minigames mero complemento. É possível completar as fases só ficando atento a música de cada uma delas, até mesmo sem olhar para a tela! Mesmo assim. o visual de Rhythm Heaven é muito interessante. Os personagens de cada um dos desafios são muito carismáticos, engraçados e inusitados. O trabalho de desenho e animação merece 170993elogios.

Um recurso bastante interessante é oferecido aos jogadores que ficam encalhado nessa ou naquela fase. Nesse interim é possível visitar o café ou uma coleção de jogos simples de ritmo. Em ambas, são realizadas 117703atividades bem simples, com o intuito de relaxar o jogador e treina-lo para desafios mais amplos.

Cantoria afinada

Como não poderia deixar de ser, o som acaba sendo o grande destaque do game. Apesar de bem simples, o conceito acaba tornando cada uma delas bem interessante e o pior, viciantes. Você vai se pegar cantarolando a maioria delas por aí. A precisão com os minigames é tão grande, que músicos terão uma facilidade maior para completar os desafios que nós, pobres mortais.

As canções cantadas, três no total, infelizmente mais prejudicam que ajudam. O motivo principal é que elas não são as originais japonesas. A tradução e o próprio desempenho do cantor nessa versão americana são frustrantes. O tom está excessivamente baixo e sem empolgação – bem diferente da versão oriental.

Um ponto particularmente problemático é que o game é extremamente difícil, principalmente na “segunda rodada”. Os desafios exigem uma precisão do jogador que raramente algum jogador menos experiente vá conseguir. Por isso é bem grande o número de pessoas que simplesmente abandonam o game sem terminar.

Mesmo assim, Rhythm Heaven pode ser considerado um dos games mais interessantes do DS. Os controles com a stylus na touch screen são muito precisos e simples, as músicas são extremamente bem compostas, o visual é cativante e o nível de produção bastante elevado. Talvez o game pudesse começar mais ameno, mas nada que tire o brilho dele. É mais que recomendado!

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Rhythm Heaven – Nintendo DS – Nota Final: 8.5

Gráficos: 8.0 Som: 9.5 Jogabilidade: 9.5 Diversão: 8.5

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Gustavo Assumpção
Estudante de Jornalismo, apreciador de rock britânico, pouco cuidadoso com as palavras, rico de espírito, triste com as relações nesse mundo e esperançoso com o futuro.
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