Blast from the Past: Sunset Riders (SNES)

em 05/04/2009

Lançado originalmente para Arcade, Sunset Riders fez sucesso no Super Nintendo como a melhor conversão do jogo. Do mesmo diretor de Super... (por Jones Oliveira em 05/04/2009, via Nintendo Blast)

Lançado originalmente para Arcade, Sunset Riders fez sucesso no Super Nintendo como a melhor conversão do jogo. Do mesmo diretor de Super Contra, Sunset Riders trazia o típico game de plataforma daquela época – side scrolling com muitos tiros e, ao contrário de Contra, cenários coloridos e personagens à lá cartoon.

 

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Lançado originalmente em 1991 para Arcade, Sunset Riders trazia aos games uma antiga fórmula que já tinha sido explorada até a exaustão nos filmes hollywoodianos: Faroestes. Um tema pouco comum e pouco explorado até então, Sunset Riders é um dos poucos jogos no gênero que chama a atenção dos gamers.

 

 

O Jogo

Foto Sunset Riders

Ambientado no muitíssimo conhecido Velho Oeste norte-americano, você é um dos 4 pistoleiros mercenários da época que está em busca de novos desafios e, claro, dinheiro. Você deverá perseguir os foras da lei mais temidos do oeste para garantir o seu “pão de cada dia”. O jogo não segue uma história específica a não ser recolher recompensas cada vez maiores por eliminar inimigos cada vez mais difíceis.

 

Personagens

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O jogo conta com 4 personagens distintos em suas aparências, porém semelhantes nas suas habilidades. Steve e Billy usam revolveres, enquanto Bob usa um rifle e Colmano uma espingarda. A única diferença entre eles, além dos sprites, é a forma como as armas se comportam. Steve e Billy só disparam um tiro por vez, mas, para compensar, os tiros são bem rápidos. Colmano e Bob soltam vários projéteis por vez, porém estes são bem mais lentos. Vai de cada um escolher o melhor personagem.

 

Gráficos, Sons e Jogabilidade

6kj35lfOs gráficos do jogo seguem o padrão do Super Nintendo – coloridos e detalhados para a época. Os sprites dos personagens são muito bem resolvidos, cada um com pelo menos 1 ou 2 movimentos distintos um do outro. Os inimigos também têm sprites bem trabalhados, porém com menor importância (óbvio). Os ditos chefes são os que possuem sprites mais detalhados – cada um tem suas características, movimentos e velocidade próprios. Os cenários também são bem coloridos e bem desenhados, passando realmente a sensação de velho oeste. Acredito que o jogo só peca nas explosões das bombinhas que alguns inimigos soltam no meio das fases – é notória a pixelação dos gráficos, mas isso não acaba com o jogo não – é só um charme a mais.

Avalio os sons do jogo em geral como regular. Não são muito o ponto forte do game. As músicas das fases ainda conseguem descer com um pouco de força, mas as falas dos personagens são uma tosquice a parte. Tudo bem, não era comum naquela época termos personagens que falam, até porque a tecnologia era relativamente limitada, mas a parada ficou meio grotesca com aquele jeitão de sintetizador mesmo. As vezes mesmo com a legenda na parte inferior da tela é difícil entender o que os bonequinhos estão dizendo.

A jogabilidade é um dos pontos mais fortes do jogo. A idéia de que a cada nível a dificuldade vai aumentando é notória no jogo – estava jogando agora há pouco e descobri que até hoje eu tenho sérias dificuldades de passar do maldito índio Chief Wigwam. As fases vão ficando mais “complexas”, com algumas surpresas ao longo delas e uma quantidade modesta de inimigos. O bicho pega mesmo é no chefão que chegam a absurdos.

7x44adz O jogo oficialmente tem 3 dificuldades, mas eu costumo dizer que ele tem 4 na realidade, isso porque quando você joga sozinho a dificuldade é umas 3x maior de que quando você joga com seu amigo no modo Multiplayer. Quando você tem o amigo pentelho de lado pra jogar, dá até pra esquematizar estratégias para derrotar os chefões, ficando um fazendo a cobertura e o outro atacando o dito cujo. Sozinho o buraco é mais embaixo e você morrerá por diversas vezes por não conseguir lidar com a quantidade as vezes imensa de balas que voam na tela.

 

Finalmentes

Sunset Riders foi um jogo que marcou jogatinas de muitos gamers porai a fora. Mesmo tendo feito um certo sucesso nos arcades e no SNES, não ficaria surpreso se ele passasse despercebido por um punhado de pessoas porai a fora. Isso porquê era muito difícil achar o fliperama desse jogo nos botecos desse nosso Brasil e também o danado do cartucho. Confesso que eu joguei ele a primeira vez quando tinha meus 12 anos e só consegui jogar novamente com um cartucho original quando tinha mais ou menos 18 anos. Sabe como gamemaníaco é né – pega emprestado o cartucho do amigo, que por sua vez nem lembra mais do jogo, e você se finge de doido e vai ficando com o cartucho rs.

Apesar dos seus quase 19 anos e modificações para a conversão do SNES (que diga-se de passagem foi a melhor que teve), Sunset Riders consegue explorar com maestria o estilo side scrolling and shoot utilizando um tema pouco comum até hoje que é o faroeste. Pelo que eu lembre ele foi um dos primeiros nisso que fez relativo sucesso – fora ele só lembro do Desperado para PC e pronto.

Mesmo sendo um conhecido para quem o jogou pelo menos uma vez e um completo desconhecido para aqueles que sequer ouviram falar nele, Sunset Riders pode ser considerado um clássico de sucesso para a plataforma Super Nintendo e que tem cadeira cativa na memória daqueles que o jogaram.


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