Análise: The Legend of Zelda: Phantom Hourglass (DS)

em 19/04/2009

The Legend of Zelda: Phantom Hourglass apareceu pela primeira vez em 2005 em um videozinho que deixava claro que o game seria uma conti... (por Gustavo Assumpção em 19/04/2009, via Nintendo Blast)

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The Legend of Zelda: Phantom Hourglass apareceu pela primeira vez em 2005 em um videozinho que deixava claro que o game seria uma continuação direta de Wind Waker, um dos grandes sucessos do Game Cube. Os fãs logo sabiam que a direção de arte impecável e a navegação em busca de tesouros estariam de volta. Na divulgação, Eiji Aonum      a, diretor do projeto, disse que o controle dos personagens e as batalhas seriam feitos exclusivamente com a Stylus. Os mais céticos duvidaram que um game da complexidade de Zelda pudesse ser adaptado para a tela sensível do portátil. Mas, eles não contavam com a genialidade da equipe de desenvolvimento que fez um excelente trabalho neste que pode ser considerado um dos melhores games do DS.

A Ampulheta Fantasma

O enredo de The Legend of Zelda: Phantom Hourglass começa exatamente onde seu predecessor terminou. Princesa Zelda decidiu voltar a ser a pirata dos oceanos Tetra, dessa vez levando Link em sua tripulação. Mas, no início da jornada de nossos heróis, um navio pirata aparece e seqüestra Tetra, a levando para um lugar desconhecido, deixando Link sozinho em uma ilhota, med_legendofzeldaphantomhourglass01a Mercury Island. Como em todo game da série, a primeira coisa a ser conseguida é a sua espada. Depois de muito blábláblá, Link decide partir em seu barco a vapor e enfrentar complexos calabouços para conseguir a Phantom Hourglass (Ampulheta Fantasma), ponto crucial para encontrar Tetra e resgatá-la.

Ventos me levem para onde eu quero ir

Quem jogou Wind Waker, sabe que o grande trunfo da jogabilidade era a navegação e a exploração marítima. Mas com o tempo isso se tornava um problema. As extensa e exageradas explorações e o oceano gigantesco eram bastante interessantes no início, mas controlar seu barquinho de lá pra cá se tornava bastante repetitivo nas partes mais avançadas. Felizmente, esse problema foi resolvido em Phantom Hourglass, onde a navegação é muito mais fluente e divertida. Com quatro regiões diferentes para se navegar, que vão sendo liberadas aos poucos, ela diverte pela simplicidade. Basta desenhar numa carta náutica o destino desejado e você verá seu barco partir automaticamente para lá. Aliado a possibilidade de batalhas com outras embarcações e até mesmo adentrá-las (para fazer compras, por exemplo), a navegação é quase um game dentro de outro game.

O mini game de pesca também é um show à parte, sendo em muitos momentos mais atrativos que o próprio game em si. Juntamente com a customização de seu barco e as anotações que podem ser feitas nos mapas usando a Stylus (que facilitam bastante na hora de encontrar aquele local já visitado), são excelentes adições com relação a Wind Waker.

Contudo, talvez o ponto que mais mereça elogios seja o controle do personagem, feito inteiramente na tela de toque. No início pode parecer estranho o não uso do direcional e dos botões, mas com o tempo o jogador se acostuma. Para golpear um inimigo com a espada, basta desenhar uma linha reta no sentido em que quiser. Para estocar, desenhe uma pequena linha entre o personagem e o inimigo. Já o famoso ataque giratório é feito ao desenhar um círculo em volta de Link. Simples e ao mesmo tempo funcional. Outras armas também são bem simples de serem usadas. Com o arco e flecha ou o bumerangue, basta desenhar uma linha legendofzeldaphantomhourglass59até onde quer que ele atinja. Mas o item que mais ganhou com o uso da tela sensível foi o preferido entre os fãs de Zelda: O gancho. Ele possibilita um controle tão preciso e puzzles tão interessantes que deixarão você surpreso. Lógico que algumas vezes esse esquema fica um pouco cansativo, e até mesmo repetitivo, mas nada que comprometa a execução genial.

Dungeons padrão Zelda (e modo online! Eba!)

Quem conhece bem a série Zelda ou apenas jogou algum dos games, sabe que seu grande trunfo não está em seu aspecto técnico ou em sua história. O que mais impressiona na série é a criatividade e complexidade de suas dungeons. E Phantom Hourglass não foge a regra, mostrando momentos memoráveis. O destaque fica pelo uso da tela de toque nos puzzles, que tornaram eles não só mais dinâmicos como também mais divertidos.

O inevitável modo online também aparece no game. Ele consiste de um simples jogo de esconde-esconde disputado entre Link e três Phantom. O jogador que controla Link deve fazer pontos ao mesmo tempo em que foge dos fantasmas controlado por outro jogador. São oito labirintos diferentes que garantem alguma diversão.

E o mar? Ahhh o mar !

Olhando as imagens de PH, não dá pra perceber o quão bonito o game é. Um dos melhores, se não o melhor, visual do DS, mesmo hoje. Cenários gigantescos com a presença de muitos inimigos, design primoroso (desde as texturas até o uso das cores). Surpreendente.

Mas talvez o ponto crucial do maravilhoso visual esteja na animação. Link é um personagem de desenho animado. Ele sorri, lança sua vara de pescar, dá espadadas tudo com uma fluência surpreendente. A Nintendo superou as expectativas de que esperava um game apenas bonito. Phantom Hourglass não é só bonito, é impressionante.

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Uma viagem imperdível

Contar todas as possibilidades e segredos do game exigiria um grande espaço. Prefiro tentar fazer com que você mesmo descubra tudo o que Phantom Hourglass tem a oferecer. Aos amantes da série, mais um capítulo imperdível. Aos donos de DS, mais um game criativo. E aos gamers do mundo todo, simplesmente um dos melhores games já feitos em um portátil. Simplesmente jogue.

The Legend of Zelda: Phantom Hourglass – Nota Final: 9.3

Gráficos: 9.8 Som: 9.0 Jogabilidade: 9.5 Diversão: 9.0

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Estudante de Jornalismo, apreciador de rock britânico, pouco cuidadoso com as palavras, rico de espírito, triste com as relações nesse mundo e esperançoso com o futuro.
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