Se você tem algum console privilegiado com ports de House of the Dead, ou simplesmente curtia uma chacina de zumbis nos arcades, deve saber do que eu estou falando. House of the Dead: Overkill é o ultimo capítulo da não tão consagrada série rail-shooter da Sega. E você provavelmente já jogou vários capítulos anteriores, nenhum deles sendo realmente aquela obra-prima. A pergunta que você se faz então é: por que diabos eu devo de prestar atenção em Overkill? Bom, comecemos pelo começo.Basicamente, não foi só o nome que mudou de simples numeral para o sangrento Overkill. Mas não é motivo de preocupação: ainda é um rail shooter e ainda detonamos zumbis. Na verdade, todas as mudanças apontam para o lado positivo da coisa. O novo House of the Dead está recebendo muito mais capricho que os anteriores, de modo que a experiência final saia muito mais completa que a dos capítulos que o antecederam. Mesmo os mais incrédulos devem admitir que a atenção que a mídia tem dado para esse jogo – uma atenção que nenhum dos anteriores recebeu – é sensacional. Como não somos nenhum IGN da vida, e não temos o poder de adquirir os jogos em versões prévias, temos que nos contentar com as palavras daqueles que têm esse poder. E, pelo menos na grande maioria, os comentários não desapontam.
O primeiro e mais elogiado ponto é o cenário. Não que os gráficos sejam a lá Conduit (na verdade são bem simples e estilizados), o que realmente impressiona é a ambientação e o lugar aonde a trama se desenvolve. Por se tratar de um ‘como tudo começou’ na série House of the Dead, o game tem sua ambientação por volta dos anos 70, e tem uma sensação completamente digna desses anos (só por curiosidade, os anteriores se passavam entre os anos 90 e 2000). A história ainda não teve algum aspecto-chave relevado, mas já conta com um trunfo já citado: é o início da história da série House of the Dead. Qualquer fã ávido pode dar uma tentativa à esse jogo simplesmente pela curiosidade de saber como tudo começou. E, para fechar o pacote nos termos certos, a produção cinematográfica foi aprimorada, para deixar tanto os filmes quanto os movimentos on-rail no nível de Kojima.
Nesses filmes (CGs), e principalmente na ação em si, vamos presenciar a atuação de dois personagens majoritários. O primeiro deles é o misterioso Agente G, e o segundo Isaac Washington. Há certo contraste na personalidade deles: enquanto o Agente G é calado e age mais do que fala, Washington ganha seu brilho justamente nos comentários ridículos e engraçados. São esses dois personagens que, juntos, dão conta dos zumbis em Overkill. Além destes, há um misterioso cara conhecido como Papa Caesar (cada nome estranho que o pessoal da produção escolheu…), que, pelo que tudo aparenta, é o homem por trás da infecção e o último chefe também.
Lembra quando eu disse que Overkill será uma experiência muito mais completa? Bem, além do seu núcleo, a experiência da campanha em si, contamos com três minigames. O primeiro deles, o qual serve simplesmente pra treino, é o batizado Money shot. Nele, você atira em alvos em troca de dinheiro. O segundo, já um pouco mais profundo, chama-se Stayin’ alive. Nele, o objetivo é, como o claro nome diz, se manter vivo. Com munição limitada e sem tempo pra descanso, esse modo, muito parecido com o Survival Mode em jogos de luta, promete ser o preferido da galera profissional em atirar. E o terceiro, o mais técnico de todos, chamado de Victim Support, é um minigame cujo o objetivo é proteger vítimas do holocausto, matando os inimigos por perto e favorecendo qualquer ajuda necessária. Tanto Stayin’ Alive quanto Victim Support apoiam o multiplayer de 2 jogadores.
Claro que, mesmo com todos esses detalhes, nada iria funcionar sem um bom modo campanha e uma boa jogabilidade. A jogabilidade, pelo que tudo indica, é similar àquela dos capítulos anteriores (House of the Dead 2 & 3) portados no Wii. O que teve, sim, melhoras foi a mecânica do jogo em si. Dessa vez, o jogo tem missões muito mais completas, em localidades completamente diferentes – todas elas suportadas pelo enredo – com um chefe ao final de cada estágio. Fora isso, temos diversos extras, todos eles conseguidos com leves movimentos na câmera para os lados (copiado e colado de Resident Evil: Umbrella Chronicles). A novidade agora está no que acontece após o término de cada missão. Após matar um chefe, você será levado até uma loja de armas, aonde poderá gastar todo seu dinheiro com armas novas e completamente poderosas, para aproveitar melhor a experiência de jogo.
House of the Dead: Overkill é no momento um dos títulos chave para o primeiro trimestre de jogos no Wii, e temos muito a esperar dele. Recomendo a todos os gamers que testem o jogo, que sai por aqui em menos de um mês, no dia 10 de fevereiro. As imagens utilizadas são do site Gamespot.