Análise: Tales of Symphonia: Dawn of the New World (Wii)

em 13/01/2009

Após “Tales of Phantasia” (SNES), os consoles Nintendo nunca tinham recebido outro jogo da série de sucesso da Namco, que havia migr... (por Sérgio Estrella em 13/01/2009, via Nintendo Blast)


Após “Tales of Phantasia” (SNES), os consoles Nintendo nunca tinham recebido outro jogo da série de sucesso da Namco, que havia migrado para o PlayStation. Por isso, a surpresa foi grande quando “Tales of Symphonia” foi anunciado para o GameCube. Mais impressionante ainda foi a qualidade do jogo, que fez muito sucesso no oriente e ocidente, o que culminou no lançamento do port para PlayStation 2, um anime baseado no episódio e recentemente a sequência para o Nintendo Wii. Mas será que essa sequência faz justiça ao original?

Antes de qualquer coisa, é bom deixar claro que, assim como a grande maioria das sequências, aproveitará muito mais este jogo aquele que tiver jogado o primeiro “Tales of Symphonia”. Alias, se você possuir o save da versão para GameCube, poderá usá-lo para obter um conjunto de itens aleatórios como bônus nesta versão.

  • Mundo em discórdia

O enredo se passa dois anos após o game original, quando Sylvarant e Tethe'alla se fundem através do nascimento de uma nova árvore mística. No entanto, diversos problemas climáticos estão se espalhando pela terra e há um intenso conflito entre as duas nações, antes separadas. Para tentar restabelecer a ordem, Marta parte numa jornada para despertar Ratatosk, o senhor dos monstros. É então que surge o protagonista Emil, um garoto tímido e misterioso que teve os pais assassinados por Lloyd Irving, e junta-se à garota buscando vingar a morte de sua família.

A história se desenrola naturalmente, prendendo o jogador, mas soa um pouco linear demais, o que não difere muito da maioria dos episódios da série Tales of. Os locais e cenários são os mesmos da versão para GameCube, e a maioria dos personagens faz aparições ou até entram para a sua equipe no jogo.

  • Temos que pegar!

Além da dupla de protagonistas e dos personagens do primeiro Symphonia, em “Dawn of the New World” é possível recrutar monstros, treiná-los e ensinar ataques. Eles até evoluem! O sistema é interessante e instiga o jogador a explorar mais, mas peca no sistema de “captura” que é baseado em elementos aleatórios, deixando pouco controle para o jogador.

São centenas de monstros para escolher e capturar. Além disso, o jogo conta com o Monster Book, uma espécie de PokéDex para catalogar todos os monstros encontrados e um sistema de estocagem, já que há um limite de monstros presentes em sua equipe. Ah, e ainda é possível cozinhar, mesmo que só sirva para alimentar os monstros.

  • Sistema de jogo

Na série Tales of, o sistema de batalha sempre foi o mesmo: ação em tela separada, portanto, esqueça as batalhas em turno. Entretanto há variações entre os episódios, e aqui o sistema foi melhorado e é um dos pontos altos do jogo. É possível até atribuir atalhos para habilidades ou magias (descritas no game como “artes”) à botões ou movimentos do Wiimote. Voltam os Unison Attacks – ataques em conjunto – que agora dependem de uma barra de energia preenchida no decorrer da batalha e entram as Skills, que aprimoram certas habilidades ou atributos do personagem, custando SPs, um valor reutilizável que aumenta a cada nível.

Pra quem gosta das famosas “Skits”, divertidas conversas paralelas que utilizam as imagens de rosto dos personagens e muitas vezes revelam detalhes da trama, nesta versão vai se sentir em casa, pois aqui, além de haver um grande número de Skits, todas elas são dubladas.


Em se tratando de jogabilidade, os controles são versáteis, mas não arriscam muito. É possível movimentar-se usando o Nunchuck, o direcional e até o cursor do Wiimote que também é usado para navegar no mapa e para ativar o funcionamento do Sorcerer’s Ring, um anel especial usado pelo protagonista que permite interagir com os cenários apontando e clicando.

  • Conclusão

Pra quem esperava por um bom RPG no Wii, a espera terminou. O jogo é longo o suficiente e tem uma história interessante, embora transpareça uma certa falta de valor de produção (só possui a abertura em anime, por exemplo), o que pode desanimar alguns. Agora, se você jogou o primeiro, não deixe de jogar esta versão e matar a saudade!

Tales of Symphonia: Dawn of the New World (Wii) - Nota Final: 8.0

     

Imagens: IGN

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Autor do Blog "iceBreaker" , "Nintendo Blast" e "Hellness". Moro em Curitiba-PR, e curso Design Gráfico na Universidade Federal do Paraná (UFPR).