Xenoblade Chronicles X (Wii U) investe no sucesso e avança com conteúdo

Com lançamento japonês para o dia 29, compilamos um especial com tudo o que sabemos sobre Xenoblade Chronicles X (Wii U) para vocês.

em 25/04/2015
O próximo RPG massivo sci-fi da Monolith Soft. É com estas palavras que Xenoblade Chronicles X é descrito no site do jogo para as américas, que se encontra em uma categoria dentro do portal da Nintendo na E3 2015. Bebendo da mesma fonte que o aclamado Xenoblade Chronicles, o mais novo título da série foi anunciado para o dia 29 de abril deste ano no Japão e vem, a cada dia, anunciando mais e mais novidades para os fanáticos por andanças em cenários imensos, narrativa densa e muitas formas de aumentar as habilidades de XP e HP.

Uma terra vasta, de aventuras e realizações

RPG é um gênero envolvente e que cativa jogadores mundo afora com suas histórias, necessidade de dedicação e envolvimento com a trama. Xenoblade Chronicles X se passa em Mira, um planeta que recebeu os habitantes da antiga Terra, após esta ser destruída durante uma batalha intergalática. Nesse novo mundo, eles fundaram a New Los Angeles (NLA), ponto central do jogo e que está dividida em quatro áreas: militar, industrial, comercial e residencial.
Sua missão começa em meio a muitas destruições e jornadas tecnológicas
 Sua missão como membro da BLADE, a organização militar local, será recuperar os life pods, cápsulas que contêm seres humanos que foram ejetados da nave no momento de imigração no novo mundo, além de explorar o local para garantir a paz e impedir ataques de inimigos. Somos apresentados a um mundo enorme, com Mechas gigantes flutuando ou correndo pelos campos da região. De controle de um personagem, ou dentro de um dos robôs gigantes, conhecidos por Dolls, caminharemos com a companhia de mais três, monitorados pela inteligência artificial para missões de tipos variados: Path, Finder, Colepedian, Inter Captor, Land Bank, Avalance, Arms, Testament e Companion.

Sinta o frescor das diferentes áreas de New Los Angeles
Para quem viveu as aventuras de Shulk no Wii ou as está vivendo agora no New 3DS, é nítida a mudança na direção do jogo. Em vez de termos um protagonista pronto, com uma maior profundidade de motivações e emoções, jogamos com um soldado mudo construído inteiramente pelo jogador. A premissa do jogo, em vez de ser uma longa jornada linear, é um mundo aberto repleto de missões opcionais. A maior curiosidade de todos os fãs para querer pôr as mãos no game é saber se essa nova direção deu tão certo quanto a do primeiro jogo.

sabemos que o game permitirá, entre outros, um sistema de teletransporte rápido entre localidades, o Fast Travel; uma câmera que permite ver os arredores do jogo bem de cima, conhecida como Hopper Camera; uma orbe de luz branca que auxilia os personagens para onde devem ir, a Navigation Ball; além de um novo sistema de uso de várias Arts (habilidades especiais no jogo) em sequência sem precisar esperar o tempo de carregamento (Recast), o Overclock Gear. Ainda teremos batalhas em ritmos mais rápidos e muitas atividades paralelas à missão principal.

Sistema de batalha nervoso

Após um vídeo divulgado (traduzido pelo GameBlast TV) sobre o sistema de batalha do jogo, pudemos ver mais detalhes sobre como funcionarão os duelos com os inimigos que estarão causando problemas em Mira. O nível de experiência de um inimigo pode ser consultado de longe, e a aproximação de outros seres o fazem sentirem-se atraídos para entrar na batalha e complicar ainda mais a sua vida.



No geral, tudo é muito semelhante ao primeiro Xenoblade, e talvez seja essa a marca registrada da série. Ao entrar na batalha, uma rápida oportunidade surge para apertar o botão B na hora certa e começar a luta em vantagem. Após isso, o jogador começará a disparar ataques automáticos, podendo intercalá-los com as Arts. Essas habilidade especiais são divididas em quatro tipos: Melee, curta distância e ofensivas; Ranger, de longa distância; Support, de cura e aumento nos atributos; e Debuff, que causa efeitos negativos ao inimigo.
Lute direto no comando dos Dolls e seja o vencedor!
Os seus companheiros (que agora são três, não mais apenas dois, como no primeiro jogo) têm papel crucial no desenrolar da luta. Além de contribuírem sempre com seus ataques e habilidades de suporte, o sistema de Soul Voice chega para construir o trabalho em equipe. Balões amarelos sinalizarão pedidos e até desafios feitos pelos seus companheiros. Se você cumpri-los, obterá benefícios, como aumento no poder das Arts e recuperação de HP. E fique ligado em todas as oportunidades de restaurar vida, pois, diferentemente do primeiro Xenoblade, não há um personagem especializado em magias de cura.

O sistema de luta é muito complexo, evoluindo em diversos aspectos em relação ao primeiro Xenoblade. Some a tudo o que já dissemos a combinação de Arts, extensas opções de customização da inteligência artificial dos seus companheiros e Soul Voices, posicionamento no campo de batalha para potencializar o efeito das Arts, ataques em partes específicas dos inimigos, uma barra de “tensão” que pode restaurar companheiros derrotados, inúmeras opções de armas e equipamentos e bônus para o recarregamento prolongado das Arts através dos ataques automáticos. Mas o mais interessante (e inovador) recurso é o Overclock Gear, que, por um tempo limitado, retira a necessidade de recarregar as Arts e permite que você combine habilidades sem demora em combos destruidores!
Combine Arts para um melhor desempenho
Muita coisa, né? Pois acredite, tudo é elevado a outra escala quando entramos num Doll. Os gigantescos e estilosos mechas desse jogo não são apenas um recurso visual. Além de terem diversos tipos diferentes e serem muito úteis na locomoção pelos cenários do jogo, os Dolls permitem lutar em grandes proporções. A mecânica é bem semelhante à luta tradicional, o que não causará grande estresse para se reacostumar, mas com uma variedade de Arts específica e novas funcionalidades, como poder imobilizar os inimigos e muito mais. Ah, e preste muita atenção com o combustível do seu Doll!

Orquestração visual de causar inveja

Se já era possível notar a riqueza gráfica de Xenoblade Chronicles, agora os cenários estarão ainda maiores do que no jogo anterior, demonstrando a maior capacidade de processamento do Wii U. Não é difícil notar, através dos diversos trailers já mostrados, as características dos cenários em alta qualidade, a vastidão dos locais e toda a beleza dos componentes que formam o jogo rodando em tempo real. A custo de um pouco menos do colorido do primeiro Xenoblade, X traz um novo estilo visual, que é mais realista e traz um tom de seriedade ao jogo. Afinal, não estamos numa fantástica aventura de Shulk, estamos a mando de uma organização militar enfrentando ameaças desconhecidas em um planeta no qual não queríamos estar vivendo.
Cenários belos irão capturar a sua alma, jogador!
Os ambientes também passarão por variações climáticas e diárias que irão afetar a aparição de monstros, bem como nas batalhas. Paisagens amplas, variações de chuva, neve, tempo nublado, arco-íris e outros tornarão a aventura muito mais interessantes e agradáveis de se passear. Se há um jogo a utilizar todo o potencial do console de mesa da Nintendo, este será (antes de Zelda U) Xenoblade Chronicles X. No entanto, nem tudo é perfeito, e muitos jogadores já têm percebido a pequena (porém relevante) redução no nível dos gráficos da versão final do jogo em relação aos primeiros vídeos mostrados em 2013 e 2014.
Corra por belas paisagens e experimente o gás moderno das aventuras
Outra parte que merece atenção é a trilha sonora do game. Ela ficará a cargo, desta vez, de Hiroyuki Sawano, responsável pela música de diversos filmes e animes, incluindo o famoso Attack on Titan (Shingeki no Kyojin). Assim como nas músicas de Xenoblade, as de X farão uma mistura de música de concerto com rock e eletrônica, entrelaçando epicidade com aspectos modernos, localizadas de acordo com cada ambiente e situação do jogo. De cara, quem já jogou o primeiro Xenoblade perceberá que a mudança de compositor afetou todo o estilo das músicas. Agora, por exemplo, temos muito mais músicas cantadas, um aspecto que funciona muito bem nos jogos da série Persona e que provavelmente dará muito certo aqui também.

[Trilha sonora]

Navegando sobre águas inovadoras

Xenoblade Chronicles X também promete muitas novidades. Assim como já divulgado no site japonês, teremos uma muito bem-vinda opção de customização dos personagens, com possibilidades de personalização que vão desde o sexo, cor, voz, até tatuagem e proporções corporais. Outra adição será o uso do GamePad, que funcionará como um periférico de navegação dos diversos recursos do jogo, com funções centradas tanto nos objetivos da aventura, como mapas, informações de quests e personagens, até aquelas voltadas ao sistema técnico de ajustes das funções do game.
Personalize desde atributos visuais até corporais... cirurgia plástica pra quê?
Além disso, também já estão sendo comercializadas DLCs do jogo contendo novas quests e já foi confirmada a possibilidade de até quatro jogadores, em um mesmo console, jogarem online , com até 32 permitidos para troca de itens, entre outras atividades. O que podemos ter certeza é de que devemos ver ainda mais novidades sobre a versão ocidental do game e detalhes pertinentes durante a E3 2015, que acontece entre os dias 16 e 18 de junho deste ano em Los Angeles (a real ¬¬), nos EUA.

O jogo será lançado no Japão no dia 29 de abril, mas ainda temos tempo a esperar até que seja lançada a versão americana do game, que, pelas demonstrações nas E3s passadas e sucesso de expectativas, não deve demorar. Para nós, ainda deve vir muito conteúdo novo na E3 2015 e vamos torcer para que Xenoblade Chronicles X mantenha a qualidade da série e a eleve a patamares ainda mais sublimes de excelência.

Xenoblade Chronicles X (Wii U)
Desenvolvedor: Monolith Soft / Nintendo
Gênero: RPG
Lançamento: 2015 (29/04/2015 no Japão)

Colaboração: Rafael Neves

Revisão: Vitor Tibério
Capa: Felipe Araujo

Jaime Ninice é cravista, formado pela UFRJ, e mestre em música na mesma instituição. Sua paixão por games, eventos e revistas o levou a escrever e revisar artigos desde 2010 no @Blast. Hoje é redator das publicações impressas sobre retrogames WarpZone.me
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