Reinventando incríveis jornadas pelo mundo Pokémon

Aproveitamos o recente lançamento de Pokémon OR & AS para relembrar as inovações que os remakes da franquia trouxeram ao longo de sua história.

em 14/12/2014
O tempo passa, a trama evolui e a quantidade de Pokémon só aumenta. Mas e aqueles títulos nostálgicos? Ficam para trás? Às vezes sim, e uma prova disto é o famoso spin-off da franquia, Pokémon Snap (N64). Entretanto, quando damos sorte, temos a chance de reviver nossos jogos favoritos, assimilando as características e potenciais dos consoles mais recentes, embora isso só tenha acontecido com títulos da linha principal, até o momento. Com o recente lançamento de Pokémon Omega Ruby & Alpha Sapphire para o Nintendo 3DS, vamos rever o que cada remake da franquia Pokémon trouxe de novo!

Relembrando as origens com Pokémon FR/LG

Lançados no Japão em 1996, Pokémon Red e Green (chegando ao resto do mundo apenas como Pokémon Red e Blue) logo levariam a todos o que Satoshi Tajiri apenas começara a formular: o vasto mundo dos Pokémon. Iniciando a franquia com incríveis 151 monstrinhos diferentes a serem analisados e capturados, estes jogos rapidamente se tornaram grandemente famosos no console da época, o Game Boy.
Passados 8 anos e duas gerações, somos convidados a revisitar Kanto com o lançamento mundial de Pokémon FireRed e LeafGreen para o Game Boy Advance, remakes dos primeiros jogos da franquia. Mesmo com a maioria não sendo capturável na região de Kanto, já contávamos com 386 espécies distintas de Pokémon; ou seja, mais que o dobro das versões originais.

Houve uma grande evolução gráfica e sonora em relação aos jogos originais da primeira geração. Além disso, várias características dos títulos das segunda e terceira gerações da franquia foram assimiladas nestes remakes, como a adição de natures e abilities, melhorias nas mecânicas de IVs e EVs e capacidade de fazer breeding entre Pokémon.

FireRed e LeafGreen ainda contaram com algumas adições à história dos jogos em que se baseavam, principalmente com a introdução das Sevii Islands. Este arquipélago localizado no sul da região de Kanto continha, dentre seus Pokémon nativos, alguns que eram até então exclusivos de Johto. Também era em suas ilhas que ocorriam os principais eventos do jogo, tornando possível capturar Pokémon lendários como Deoxys.

Foi com o lançamento destes remakes que surgiu o GBA Wireless Adapter, aparelho que permitiu a interação in-game entre usuários de Game Boy Advance sem o uso do Cabo Link, sendo um ponto de partida para o que reservaria o futuro para a próxima família de portáteis da Nintendo.

As nostálgicas Johto e Kanto de Pokémon HG/SS

A família de consoles Game Boy é deixada de lado e surge, ainda em 2004, o Nintendo DS. Além de evoluir os 32-bits do GBA, o console causou uma revolução com sua tela tátil e comunicações por Wi-Fi e wireless. A linha principal de Pokémon só dá as caras na nova geração de portáteis em 2006, estrelando Sinnoh em Pokémon Diamond e Pearl, e novamente em 2008 com uma terceira versão, Pokémon Platinum. No mesmo ano surgem diversas especulações que são confirmadas com o lançamento da segunda leva de remakes da franquia.

Pokémon HeartGold e SoulSilver (DS) recontam a história de Gold e Silver (GBC), dando acesso inicialmente à região de Johto e novamente a Kanto no pós-game como nas versões originais. Pela primeira vez (e única, até o momento), todos os 493 monstrinhos obtíveis na época poderiam seguir o treinador fora de suas Pokébolas, como Pikachu em Pokémon Yellow (GB).

Não seria ótimo se os Pokémon ainda nos seguissem fora das Pokébolas?
Uma das grandes novidades do jogo foi o Pokéathlon, semelhante aos Contests dos jogos originais das terceira e quarta gerações, que dava acesso a minigames envolvendo eventos semelhantes aos de competições olímpicas. Com as cópias do jogo, era incluído ainda o Pokéwalker, um pequeno apetrecho em formato de Pokébola, atuando semelhantemente a um pedômetro. No aparelho era possível armazenar um Pokémon que ganharia experiência e amizade à medida que o dono andasse, além de permitir que alguns monstrinhos exclusivos fossem obtidos.
Treinar os Pokémon para o Pokéathlon era muito divertido!
Passamos então por Unova com Pokémon Black/White/Black 2/White 2 (DS) e chegamos à sexta geração de monstrinhos com o lançamento de Pokémon X/Y em 2013, os pioneiros da linha principal para o Nintendo 3DS. É nos dada a oportunidade de visitar pela primeira vez uma região (Kalos) com uma perspectiva 3D, dando margem a várias novas oportunidades de exploração à franquia devido ao potencial do console.

A deslumbrante Hoenn de Pokémon OR/AS

E então, em maio de 2014, os remakes da terceira geração são finalmente confirmados, a serem lançados em novembro do mesmo ano. Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire (3DS) mostram uma Hoenn como nunca antes, agora com 721 diferentes espécies de Pokémon e uma infinidade de motivos para termos quase morrido de ansiedade até o seu lançamento.

Agora, pela primeira vez, podemos ver as Mega Evoluções acontecendo em Hoenn (e as incríveis Reversões Primais dos mascotes das versões); a maior parte dos Pokémon que ganharam Mega Stones após o anúncio dos remakes só estará disponível nestes. Além disso, vários aspectos do jogo foram melhorados, como os novos contests e bases secretas.

Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire trazem diversas novidades em relação aos seus jogos originais, principalmente por promover o enorme salto do Game Boy Advance para o Nintendo 3DS. Comentaremos mais sobre essas mudanças na próxima matéria. Até lá!

Há alguma outra novidade que não foi citada nesta matéria que você acha importante? Comente!
Não deixe de conferir também uma série de ótimas (para variar?) matérias escritas pelo Fellipe Camarossi enquanto esperávamos pelo lançamento de Pokémon Omega Ruby & Alpha Sapphire. Refazendo uma Jornada – As belezas naturais de Hoenn, A nova fauna de Hoenn, As novidades de um velho mundo e As expectativas dos velhos treinadores.
Revisão: Vitor Tibério
Capa: Hugo Pereira
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