O jornalista inglês Keith Stuart, do jornal The Guardian, lançou recentemente Sega Mega Drive/Genesis: Collect Works, um livro contando a história do maior console da empresa. Na época a Sega passou de 2% do mercado estadunidense para 65% entre 1990 e 1995. A grande virada começou na primeira semana de setembro de 1990, quando foi ao ar este comercial:
Tentando colocar a Nintendo de joelhos a Sega mostrou que tinha Michael Jackson, Ayrton Senna, Joe Montana, Pat Riley, James Douglas e claro, 16 bits. Ports fieis de jogos de arcade. Áudio e gráficos muito superiores ao gigante da época, NES. No entanto, o presidente da Sega da América na época, Michael Katz, revelou que a Sega resistiu muito a fazer uma campanha agressiva assim, especialmente por parte dos japoneses, que consideravam publicidade agressiva anti-ética. Ele tomou a liderança da empreitada de conquistar a América e concebeu o "Genesis does":
"Nós precisávamos criar caos, fazer barulho e chamar a atenção. Afinal, nós não tivemos nada a perder - naquele momento estávamos com apenas 2% do mercado! Mas eu tive que brigar muito com David Rosen [fundador e diretor da Sega dos EUA] e com a agência de publicidade, e instruí-los exatamente a como fazer os comerciais agressivos. Eles ficavam me mostrando vários esquetes e conceitos que não falavam nada da Nintendo. Eu descobri que para os japoneses era considerado inapropriado fazer publicidade agressiva - fazer publicidade que diminua seu concorrente. Mas uma regra importante do mercado publicitário é que se você não é o primeiro, mas tem características melhores que o primeiro, tem que correr atrás do seu concorrente."Apesar de ter ido à contragosto da Sega, especialmente da matriz japonesa da desenvolvedora, a estratégia, como dito, deu certo. E o Genesis/Mega Drive conseguiu vencer tanto o NES quanto fazer frente ao Super Nintendo durante muitos anos nos Estados Unidos e em toda a América, especialmente aqui no Brasil, onde chegou a ter 75% do mercado.
Fonte: Kotaku