Refazendo uma Jornada - Parte 4: As expectativas dos velhos treinadores

No fim de nossa contagem, conheça as histórias dos treinadores da equipe GameBlast e o que esperam de Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire!

em 18/11/2014
Faltam apenas três dias para a chegada de um dos jogos mais esperados do ano. Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire (3DS) já estão batendo na porta e a empolgação de ter de esperar para abri-la é incontrolável . Se você se sente assim, saiba que não está sozinho; a equipe do GameBlast também está, e resolvemos compartilhar com vocês nessa última etapa da nossa contagem regressiva um pouco de nossas histórias, bem como o que esperamos encontrar quando a porta se abrir.

Direto do diretor

Minha primeira experiência com um remake de Pokémon foi com FireRed, por acaso o primeiro da linha de remakes, junto a LeafGreen. O mais curioso é que eu iniciei na franquia Pokémon em Gold/Silver, e só depois joguei os originais Red/Blue/Yellow, mas ainda assim foi incrível ver Kanto ganhar vida nova no GBA.

Segundo o Sérgio, os remakes
só podem melhorar se for
possível jogar com Porygon2
durante a aventura.
Uma das novidades que mais me animavam na época eram as ilustrações que apareciam ao entrar em determinados locais e o sistema de ajuda sempre presente, deixando a consulta das vantagens e desvantagens de tipos à mão. As missões extras nas novas ilhas também foram uma grande adição, além dos Pokémon e trilhas de Johto, que apareciam após vencer a liga, dando um pequeno aperitivo do próximo remake.

E por ter começado tudo em Johto foi que eu fiquei muito feliz quando anunciaram HeartGold e SoulSilver - sem falar nas novidades como a possibilidade de deixar o Pokémon fora da bola, e a PokéWalker. Acho que HG/SS são até hoje um dos jogos mais extensos da franquia, principalmente pela presença dos dois continentes originais (Kanto e Johto), o que signifca o dobro de insígnias e uma infinidade de lendários para capturar.

Ruby/Sapphire eu joguei muito também, e foi lá que comecei a gostar mais do competitivo, fiz as primeiras tentativas de breeding e vi uma das adições mais legais ao metagame - as Abilities -, mas também algumas das mais chatas - Natures e EVs -, mas que também ajudam a tornar cada Pokémon único. Espero que OR/AS unam as grandes novidades da Geração VI, mas também tragam de volta uma aventura extensa e cheia de Pokémon lendários, como foi em HG/SS. Ah, e claro, novas Megas e os Move Tutors para chacoalhar tudo no competitivo!

Sérgio Estrella, 
diretor do portal GameBlast

Quebrando o velho preconceito

Iniciei minha jornada Pokémon com Gold/Silver e depois me aventurei em Red e por fim, Yellow (sua linda!). O primeiro remake que pude experimentar foi LeafGreen, e confesso, ver Kanto com aquela evolução gráfica e técnica foi uma experiência incrível. Após isso, pude experimentar HeartGold & SoulSilver, vivenciando a aventura Pokémon mais completa até hoje, já que tínhamos duas regiões à disposição, muitas insígnias, muitos monstrinhos a capturar e uma história cativante, além das inovações acumuladas até a quarta geração da franquia.

Saudosista, José prefere
o Mega Charizard Y ao X
porque "Charizard
não é dragão."
Agora estamos em vias de receber a terceira geração de remakes (Hoenn confirmed!) e, lhes confesso, foi ela que me afastou da série. Na época os monstrinhos me assustaram, mostrando uma mudança de visual brusca demais em relação à mudança anterior. A quarta geração já me foi mais amigável e familiar, mas não desfrutei dela como gostaria. Ainda tivemos a quinta geração, mas a mudança de visual me pareceu novamente chocante demais.

Aí tivemos a sexta. Apesar de ter ficado preso ao passado da série, o visual renovado, a nova mecânica e a forte presença de Pokémon antigos me seduziram de forma a voltar (pelo menos um pouco) a me inteirar sobre a franquia. Quando finalmente confirmara a volta de Hoenn, com a mecânica já vista em X & Y, me pareceu a oportunidade perfeita para resolver essa história antiga, acabar com o preconceito e finalmente aproveitar o que a terceira região de Pokémon tem a oferecer (além das melhorias que certamente teremos).

José Carlos Alves, 
relações públicas e marketing do portal GameBlast

O Red da equipe

“...................................................................................................................................”

Alex Sandro de Mattos,
redator do portal GameBlast

Nem um pouco competitivo

Ao contrário da grande maioria da nossa equipe que está escrevendo para esse especial, eu não sou nenhum grande fã de Pokémon competitivo. Nada mesmo. Meu objetivo com todos os jogos da série sempre foi me divertir pela campanha principal quantas vezes eu aguentasse. E é justamente por isso que Ruby é a minha lembrança mais feliz com Pokémon.

Abra era de grande ajuda
quando prestes a encarar
o ginásio de Dewford.
Embora eu tenha jogado as edições anteriores, foi somente em Hoenn que eu comecei a compreender a grandiosidade dessa maravilhosa franquia que me cativou de uma forma única. Nunca esquecerei certas lembranças dessa época maravilhosa, como meu primeiro inicial: Torchic, as tentativas desesperadas de capturar um Abra na Granite Cave, e até mesmo a primeira vez que eu ganhei um Contest (pra uma criança que não falava inglês foi bem complicado entender toda a mecânica daquela competição que virou uma marca de Ruby/Sapphire).

Eu poderia dizer que o que mais espero de OR/AS é o uso de toda a tecnologia que surgiu desde o longínquo ano de 2003 para recriar Hoenn com toda a profundidade que essa região merece, ou talvez falar sobre como aguardo ansiosamente pelas origens de Primal Groudon e Kyogre e a relação desses com as equipes Magma/Aqua. O que eu quero mesmo acima de tudo, entretanto, não é nada mais que sentir novamente aquela alegria infantil que marcou minha infância há mais de 10 anos atrás, agora no meu 3DS.

João Pedro Meireles,
diretor de pautas do portal GameBlast

Retorno não-tão-tardio

Minha paixão por Pokémon começou nas telas da TV, no auge dos meus 8 ou 9 anos. Pouco tempo depois, ganhei de presente de aniversário um, tão desejado, Game Boy Color dos meus pais. Foi nele que tive minhas primeiras experiências com o jogo e desde então me apaixonei ainda mais pela série. O primeiro que joguei de verdade foi o Yellow. Antes, já havia experimentado Red/Blue dos amigos, mas ter o meu próprio jogo e ainda por cima com um Pikachu andando atrás de mim era simplesmente mágico.

Como não amar essa
interação com seus
Pokémon?
Com isso, a febre pelo jogo foi apenas aumentando e tão logo, com o lançamento de Gold/Silver, eu já me via levando o portátil escondido para o colégio para jogar com os amigos. Nossos intervalos eram cheios de trocas e batalhas (e algumas brigas por conta disso também, mas que tínhamos que resolver da nossa maneira, já que era proibido levar videogame para o colégio).

Depois dessa época, passei bastante tempo longe dos monstrinhos e das alegrias que eles me proporcionavam com as jogatinas entre os amigos, acompanhando o progresso dos jogos de longe, mas sem nunca abandoná-lo de fato. Retomei minha jornada Pokémon mais recentemente em X/Y e foi então que descobri o competitivo e resolvi me aventurar por essas áreas também, sem deixar de apreciar a incrível e aprimorada jogabilidade que me deparei depois de tanto tempo sem ter um título para chamar de meu. Estou muito ansiosa para pôr as mãos em OR/AS e me tornar, mais uma vez, uma mestre Pokémon.

Ana Krishna Peixoto,
newsposter e social media do portal GameBlast

Chance de reconquistar

De todas as regiões dos jogos de Pokémon, Hoenn foi a que menos me empolgou - não foi pouco, mas depois das emoções da região de Johto, onde estão localizados meus jogos favoritos da franquia, foi difícil superar. Ainda assim, é impossível não estar empolgada para estes remakes: após os incríveis trabalhos feitos em FireRed e LeafGreen, da região de Kanto, e HeartGold e SoulSilver, de Johto, estou confiante que os remakes de Ruby e Sapphire trarão uma mistura de nostalgia dos originais de 2002 com as novas mecânicas de jogo e todas as possíveis novidades de um jogo adaptado para o 3DS.

Não entendo como alguém
pode não gostar de Hoenn.
Assim como os remakes das outras regiões – e, na verdade, de qualquer outro jogo – é esperado que, por maiores que sejam as adaptações por conta das diferenças entre os consoles, a história se mantenha fiel à original, sem inventar muita coisa além do necessário – neste remake, por exemplo, a história terá algumas mudanças por conta das mega e primal evoluções, que serão explicadas pelos próprios personagens.

Quanto ao cenário competitivo, foi Hoenn que trouxe as grandes mudanças como as abilities e natures, e ainda aperfeiçoou o sistema de EVs (provavelmente a parte mais chata de toda a preparação de um Pokémon), e que provavelmente introduziu boa parte de nós aos campeonatos – espero que este jogo traga outras tantas pessoas para as competições e reacenda a vontade nos jogadores mais velhos.

Anna Gabriela Coelho,
newsposter do portal GameBlast

Emoções de um jovem treinador

Minha jornada começou oficialmente em Hoenn. Enquanto joguei tanto a primeira como a segunda geração, não eram meus cartuchos; eu pegava emprestado dos meus primos e amigos para poder conhecer as regiões. Parecia até mágico: quando fiz dez anos, recebi o meu primeiro cartucho de Pokémon, uma fitinha vermelha transparente que marcaria eternamente minha paixão pela série. Foi nela que venci minha primeira batalha multiplayer, com um Sky Uppercut bem encaixado do meu Blaziken contra um Salamence após usar Fly. Eu os tenho aqui até hoje; o Blaziken e o cartucho.

E é claro que terei
Blaziken como meu
parceiro de novo!
Dito isso, é desnecessário dizer o quanto estou ansioso para colocar as mãos em Omega Ruby e Alpha Sapphire. Eu joguei os outros remakes assinados pela Pokémon Company e fiquei maravilhado com cada detalhe renovado, cada característica com uma nova vida. Era lindo, e por anos eu só quis ver Hoenn respirando novamente daquela mesma maneira que Kanto e Johto conseguiram. Bem, minha chance enfim chegou.

Estou louco para sobrevoar as maravilhas naturais de Hoenn com a ajuda de uma Mega Latias, bem como quero combater com minhas MegaEvoluções nos Pokémon Contests. Quero desbravar as Super-Secret Bases dos meus amigos e criar meu próprio ginásio para que eles me desafiem. Quero conhecer essa nova trama, desvendar segredos da franquia e superar até os limites da terra, mar e céu.

Mas, acima de tudo, quero reavivar os sonhos infantis de um jovem treinador de dez anos de idade.

Fellipe Camarossi,
redator e conselheiro editorial do portal GameBlast
E isso conclui a última etapa do nosso Refazendo uma Jornada. Agora que vocês já conhecem nossas histórias e expectativas, por que não contam as de vocês? Somos todos iguais quando a Pokébola está na mão, então compartilhem suas experiências e seus desejos, pois logo todos iremos consumar nossas vontades. Até um futuro texto, pessoal!
Revisão: Leonardo Nazareth
Capa: Hugo H. Pereira
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