Entre florestas e árvores em clima Hyruleano (ou Loruleano)
Já podemos dizer que uma das principais características de um típico Zelda Day é ver muitas pessoas vestindo os típicos trajes da série, como gorros, camisas verdes, com personagens e cenários dos jogos, e até outros, como cachecóis, brincos, cordões, as possibilidades são mil. E são nestes locais que também encontramos muitos fazendo cosplays, cada um mais criativo que o outro. Muito daquilo que já existia nos eventos anteriores, em 2011, 2012 e 2013, estava de volta, além de mais novidades que surgiram para aumentar o clima hyruleano.Para ajudar nesta tarefa de enfeites, diversas estantes, muitas imitando os tradicionais "markets" da série, traziam itens variados da franquia. Quem quisesse poderia gastar todas as suas Ruppies em camisas, pelúcias, chaveiros, quadros, miniaturas de itens e até mesmo arco e flechas. Alguns típicos vendedores vestiam suas fantasias de vendedores do mundo Zelda e outros ainda citavam frases do jogo ao realizarem uma transação com sucesso: "hoaaa!!!"
Lord Ghirahim e Ravio em versões femininas dão charme ao evento |
Belos quadros dos vastos campos de Hyrule estavam à venda |
Escudos, chaveiros, gorros, espadas, era difícil controlar os Rupees |
Arco e flecha também compunham a lista de itens à venda |
Muitas músicas, incluindo novas para animar a Praça
Mas o momento mais esperado era aquele que havia definido a base dos Zelda Days na cidade-sede, a junção de membros e participantes para tocarem as músicas mais pedidas da série. A banda já havia se programado com os ensaios, sempre abertos a novos membros, e mandou ver com uma setlist já clássica entre os fãs, assim como novas músicas e novos arranjos, já que, devido a adesão de novos membros e saída de alguns outros, o grupo nunca permanece totalmente igual em sua construção. Contudo, fizeram bonito mais uma vez e mostraram que um Zelda Day deve ser curtido com muito estilo e harmonia. Alguns vídeos já podem ser conferidos nesta matéria, enquanto ainda outros mais estão sendo upados em nosso canal no YouTube, o GameBlast TV, acompanhe-nos!O resultado foi um grupo de fãs reunidos em torno do conjunto, muitas discussões acerca dos games que jogaram e mais marcaram suas vidas, assim como a descoberta de cada música que se apresentava. Não dava pra fã algum botar defeito. Entre as músicas tocadas, pudemos ouvir Gerudo Valley, Song of Storm (com cautela, já que havia chovido há pouco), Kakariko Vilage, Horse Race, Stone Tower Temple, Deku Palace, e até novas, como a Minish Woods.
A instrumentação, mais uma vez, não poderia ser mais favorável à execução, diversos instrumentos acústicos compunham o conjunto. Era difícil ouvir de muito longe, mas a riqueza dos timbres podia ser apreciada por quem estivesse bem próximo, prestigiando a atuação e o clima das levadas das músicas.
Batemos um papo com os organizadores do evento:
Após nos aproximarmos do fim do evento, batemos um papo com Thales Alves, o “Dark Link” e também com seu amigo João Pedro Azeredo Costa, que mandou muito bem na flauta doce e no violão. Pudemos ter algumas respostas e saber de fato como foi a construção de mais um Zelda Day de sucesso. Acompanhe abaixo a entrevista:NintendoBlast: Olá Thales, é um prazer poder entrevistá-lo novamente. Poderia nos contar, no geral, entre as mudanças, organização, como foi a experiência de mais um Zelda Day?
Thales Alves “Dark Link”: Eu acho que o Zelda Day vem sempre melhorando a cada ano que passa, mas varia muito por ser um evento totalmente aberto e feito por fãs. Seja no sentido de quem se dispõe a ajudar no ano, os músicos também variam, a cada ensaio sempre aparecem algumas pessoas diferentes, portanto, a gente nunca sabe como vai ser. Mas no geral eu acho que o evento está crescendo, parece estar vindo mais gente, mais vendedores vendendo seus artigos de Zelda, etc. Esse ano a gente teve um torneio de espadas ao som das músicas de batalha de Zelda, que foi uma melhora. Agora é se preparar para o ano que vem, que serão comemorados os cinco anos de Zelda Day no Rio, então vamos ver se a gente faz uma coisa maior.
NB: E esse Zelda Day fará 5 anos aqui no Rio, mas também já temos 2 anos nas outras cidades, incluindo cada vez mais, como Teresina, Cuiabá e Curitiba. O que você acha desse crescimento do Zelda Day. Acha positivo?
DL: Claro! É muito maneiro ver que as pessoas no Brasil também estão fazendo o Zelda Day, porque foi uma ideia que uns amigos tiveram, criaram um evento no Facebook, e não imaginávamos que iria se tornar nisso. Então crescer e ver que a galera está fazendo em outros estados, e se juntando para tocar Zelda, curtir os amigos, o pessoal que gosta, por si só, eu acho muito positivo. O clima aqui é super legal, com a praça aberta, gente de todas as idades, criança e até adultos que curtem também, é bem legal ver isso.
NB: Como foi a seleção das músicas este ano? Deu trabalho ensaiar, reunir os músicos e as composições?
DL: Ah, sempre dá trabalho ensaiar, este ano a gente tentou colocar algumas novas que a gente nunca tinha tocado. Conseguimos algumas do Minish Cap e umas do Wind Waker que ainda não tinhamos tocado. Enfim, depende muito da disponibilidade das pessoas, para ensaiar, e enquanto puder a gente vai acrescentando músicas. Nós já estamos com aproximadamente 30 músicas no repertório, está dando bastante trabalho, mas enquanto a gente conseguir nós vamos acrescentando. Também nunca sabemos os instrumentos que vão aparecer, hoje teve umas castanholas que achei muito maneiro, nunca tinha tido, pra tocar Dragon Roost foi muito legal.
NB: Em particular, qual a melhor música para vocês para tocar e para ouvir? E qual o jogo que mais gostam?
DL: Ah, é complicado, a Dragon Roost é muito bonita, é muito legal de tocar, acho que é essa a minha preferida.
João Pedro Azeredo Costa: Eu gosto muito de Gerudo Valley.
DL: Para ouvir, a Hyrule Field de Ocarina of Time é a minha favorita.
JP: Aquela do início da abertura do Ocarina of Time,
DL: Essa era muito legal, usava ela como meu despertador. Muito bonita essa música, me lembra um dia ensolarado assim, é sempre o que vem na minha cabeça. Para jogar eu gosto muito da de Game Boy que eu tinha, era o Link’s Awakening, é um dos que eu acho bem divertidos. Mas é claro que eu curto o Ocarina, o Majora’s ...
JP: Ah, eu gosto muito do Majora’s também.
NB: Bom, como última pergunta, quais os planos para o Zelda Day 2015? Aumentar o repertório, músicos, a praça, o horário?
DL: Ainda não sabemos, temos ainda 1 ano para organizar. Nós iremos pensar em umas novidades para fazer um aniversário de 5 anos especial para a galera. Vamos ver se a gente faz um evento maior, com mais atrações, enfim teremos surpresas e ao longo do ano a gente vai divulgando na página do Zelda Day no Facebook. Agora em vários estados, não só mais no Rio, então vamos divulgar de todos o Zelda Days.
Como é viver a experiência Zelda Day:
Zelda Day também serve para encontrar os amigos. Fato é que os membros, ex-membros e amigos da equipe Nintendo Blast que estavam por lá também aproveitaram muito este evento e levaram para casa uma boa recordação. Confira abaixo o que cada um presenciou de melhor.“Esta é a terceira vez que vou e posso dizer que adorei tudo que teve neste Zelda Day, desde a reunião entre amigos e amantes da série Zelda, incluindo jogadores com seus 3DS ligados, até as diversas barraquinhas vendendo itens louváveis e “vendedores temáticos” —, capazes de fazer qualquer hyruleano gastar todas as suas Ruppees em um só dia (foi bom ver que a Pedra está em alta). Destaque para a banda, que incluiu novas músicas e soube agradar, com estilo e boa performance, a todos que estavam presentes com muitas músicas da franquia.”
Jaime Ninice - Redator e diretor de Revisão Nintendo Blast
“Esta foi a primeira vez que fui ao Zelda Day e posso dizer que foi muito legal. As barraquinhas estavam incríveis, era cada item mais legal que o outro. Foi difícil segurar as Rupees na carteira, confesso. Além de ter sido uma forma legal de interagir com os amigos ao ar livre, também teve boa música, cosplays e muitos StreetPass!”
Ana Krishna Peixoto - Newsposter e Social media GameBlast
“Em sua 4ª edição, o que mais me surpreende no Zelda Day é como ele consegue chamar atenção das pessoas que não estão familiarizadas com o mundo dos games e ficam fascinadas ao ouvir as músicas e um pouco da história da série The Legend of Zelda.”
Fernando Souza - Ilustrador da Revista Nintendo Blast
“Foi meu primeiro Zelda Day, mas já senti que serviu para muito além do que eu já previa. Eu gosto muito mais dos aspectos estéticos dos contos de Hyrule do que exatamente dos jogos, e foi gostoso ver tantos fãs apaixonados ali reunidos em praça pública, ávidos por levar pra casa boas lembranças do encontro. Assim como qualquer reunião de donos de 3DS, é perfeito para prosseguir nos jogos de StreetPass, além de possibilidades de outros jogos não-Hyruleanos (Bati um Street Fighter com o Filipe e teve Mario Kart). Fazia muito tempo que não escrevia aqui pro Blast, visto que sou da época em que reinavam as colaborações externas de outros blogs, e o Zelda Day me proporcionou essa reaproximação com esse espaço que eu tanto estimo. Quem sabe eu entro pra equipe dessa vez, né?”
Raoni Ferreira Gandra - Ex-blaster e membro do fórum 3DS Brasil, antigo NDS Brasil
“Esta foi a minha segunda vez no evento, e ele definitivamente não desapontou. Apesar da ameaça de chuva ter feito com que o evento fosse um pouco mais vazio que o anterior, ainda assim foi uma tarde muito divertida, com diversos produtos muito bem feitos à venda. A banda também está de parabéns, com um repertório ainda melhor do que o da última edição.”
Filipe Ferraz - Moderador do fórum Hyrule Legends e membro do Juiz Cachorro
É isso aí, galera, quem foi no Zelda Day e curtiu bastante o evento não deixe de comentar abaixo. Em breve ele será realizado também em outros estados. E 2015 prepara uma novidade e tanto para comemorar o 5º ano de aniversário do evento. Até mais!
Blasters reunidos em mais um Zelda Day O/ |
Revisão: Alberto Canen
Capa: Felipe Araujo
Edição de Vídeos: André Macedo