Tomodachi-Life "Move in Version" (3DS) não faz juz à versão completa

A demo liberada para alguns membros do Club Nintendo promete um pouco da experiência de Tomodachi Life, mas é tão curta que falha na proposta.

em 06/06/2014
Embora poucos conheçam, a franquia Tomodachi e seu humor nonsense são bem populares em terras nipônicas, nas quais a versão de 3DS é o segundo título lançado. Como os jogadores norte-americanos não estão familiarizados com a mesma, a Big N começou a distribuir uma versão demo do jogo para uma parcela do público alvo: usuários platinum do Club Nintendo que já haviam registrado uma cópia de Animal Crossing. Ou seja, usuários que compram bastante jogos e que já demonstraram interesse em simuladores de vida virtual. Em prática, tinha tudo para dar certo e fomentar a vontade de comprar o jogo, mas na realidade…

Incompleto até mesmo para uma demo

Tomodachi Life: Move-in Version tinha como objetivo promover o game da forma mais antiga: o boca-a-boca. Usuários que fossem agraciados com a demo, iriam usufruí-la, ficariam interessados, comprariam o jogo e recomendariam para amigos (a própria demo te influencia a fazê-lo ao final, quando lhe concede conteúdo exclusivo para você e para um amigo na versão completa do jogo). Entretanto, as limitações da mesma impedem que o jogador sinta a experiência que Tomodachi Life pode proporcionar.
Olhe para a ilha e verá o quão limitada a demo é: apenas 3 estabelecimentos são acessíveis.

O jogo que foi apelidado de “Big Brother da Nintendo”, tem como foco as relações exarcebadas e ligeiramente bizarras entre os Miis que habitam a ilha Tomodachi (que pode ser rebatizada ao seu bel-prazer). Resolver os problemas que afligem seus Miis e vê-los criar amizades, inimizades e até triângulos-amorosos entre si são os pontos altos do jogo, mas a versão demo te limita a criar apenas três miis para habitarem a ilha e resolver apenas cinco de seus problemas (cinco no total, não é nem ao menos cinco para cada Mii).
Agora ficou bem mais interessante criar celebridades no Mii Maker

Dando uma de babá: Seus Miis não sabem fazer nada sem sua ajuda. Cabe a você apresentar uns aos outros e garantir que se tornem amigos (ou não), tal qual é a sua responsabilidade de alimentá-los, vestí-los e arrumar seus quartos sempre que requisitarem. Resolver os problemas e necessidades dos Miis gera dinheiro - que pode ser gasto com comidas, roupas… - e aumenta o medidor de felicidade do Mii em questão. Uma vez completo o medidor, o Mii passa de nível e é agraciado com prêmios, como roupas, decorações ou até mesmo um jargão.

Nem gosto amargo, nem gosto de “quero mais”

Essas limitações fazem com que a demo dure quisá dez minutos e a experiência seja tão efêmera que o jogador não consiga nem chegar a uma conclusão sobre como se sente em relação ao título. É possível ver os Miis cantarem 15 segundos de uma das canções e compartilhar fotos via 3DS Image Share (no mesmo esquema que o do Animal Crossing). A possibilidade de tirar fotos tanto da tela inferior quanto da superior é interessante, mas, com poucas oportunidades para serem realizados cliques, acabam passando despercebidas.
Foi legal... durante os 15 segundos que durou...
Sua professora de artes casou-se com o Waluigi: Embora a experiência se esgote muito rapidamente, o curto espaço de tempo faz você imaginar as possibilidades que a versão completa traz. Contando com até 24 moradores no condomínio, é de se esperar que você ria à beça das situações na qual vão se encontrar os Miis que você criar. E caso conte com Miis de celebridades, pessoas reais e personagens de videogames, a mistura e as ocasiões têm o “fator risada” exponenciado. Imagine minha reação ao ver o quanto meu ex-professor de química se deu bem com o Wario! 
Fui escolhido para receber a demo por me tratar de um comprador em potencial da versão completa, embora a Nintendo  não saiba que eu já havia interesse de adquirir o título. Entretanto, após poder experimentar essa versão com tantas limitações, foi-se embora a minha ansiedade para adquirir a versão completa e o marketing da Big N, que tinha tudo para dar certo, saiu pela culatra.
Depois o que restou foi assistir a mim mesmo
correndo em círculos num quarto vazio.
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