Remakes são algo muito comum na franquia Pokémon. Desde FireRed e LeafGreen, os jogadores puderam experimentar seus games preferidos em outras plataformas da Big N com um design remodelado mas preservando a mesma experiência incrível de sua respectiva versão original. Em 2009, foi a vez dos clássicos do Game Boy Color, Gold, Silver e Crystal, ganharem suas versões reinventadas. Hora de relembrar um dos jogos que proporcionou a esse humilde redator uma das experiências mais divertidas, nostálgica e fascinantes de todos os games da série.
Uma jornada para se tornar o melhor de todos
Pokémon SoulSilver preserva todas as características de gameplay e o enredo de sua versão original. A diferença é que o título aproveita todas as inovações trazidas pelos primeiros games dos monstrinhos para o Nintendo DS, Pearl, Diamond e Platinum, e o melhora. Para aqueles que jogaram a versão original, desde que você inicia na pele do jovem Ethan ou de Lyra e começa sua jornada Pokémon, a gostosa sensação da nostalgia invade você por completo. Tudo está lá, só que muito melhor.Um remake tão bom quanto o original! |
A tela touchscreen do DS realmente desempenha um papel importante na maneira em que se pode manejar os Pokémon de sua equipe, os que estão armazenados no PC e também seus itens. Uma grande melhoria em relação aos jogos da geração antecessora, em que o uso da Stylus se resumia a apenas utilizar alguns aplicativos não muito úteis do Pokétech. O visual do game ganhou uma repaginada excelente que consegue preservar muito do carisma do jogo original e as cidades de Johto e de Kanto parecem transbordar de vida pela rica paleta de cores que foi utilizada.
A tela touchscreen do DS tornava toda a jogabilidade mais simples e prática. |
As batalhas continuam empolgantes como sempre! |
Talvez a melhor e mais divertida funcionalidade do game seja poder levar seu Pokémon preferido fora da Pokébola, como era possível em Yellow. Além de tornar a experiência muito mais imersiva, você ainda pode falar com seu monstrinho para saber se ele está feliz, tonto ou se está cansado. Isso aumenta o grau de amizade entre o Pokémon e seu treinador, o que faz muita diferença na hora do combate ou para evoluir. Uma pena que essa característica parece ter morrido em SoulSilver e HeartGold, pois a Game Freak ou a Big N não possuem planos de a trazerem de volta em jogos posteriores.
Nada mais divertido do que escolher seu Pokémon preferido para lhe acompanhar fora da Pokébola! |
Curiosamente, a sensação de nostalgia que eu havia sentido ao jogar o game não ficou por conta de já ter experimentado Silver, mas por ter assistido ao anime e considerar a segunda geração como uma das minhas preferidas do universo Pokémon. Era gratificante poder revisitar as principais cidades de Johto, conhecendo e capturando todos aqueles monstrinhos que tinham feito a alegria da minha infância e juventude. O continente de Johto é fascinante e possui diversos lugares interessantes para descobrir e investigar junto de seu Pokémon preferido.
As cores e texturas do game impressionam pelo cuidado dos desenvolvedores em revitalizar o design original. |
O melhor de duas gerações em um lugar só
Diferente de outros títulos da franquia, Gold e Silver ficaram marcados como sendo os únicos games em que jogador podia visitar uma outra região do mundo Pokémon. A possibilidade de viajar para Kanto mais se deve ao fato destes games serem continuações diretas de Red e Blue. Tal particularidade foi preservada nos remakes. É incrível poder voltar a Kanto, onde algumas cidades estão muito diferentes, mas os velhos e conhecidos líderes de ginásio como Brock e Misty continuam por lá para batalhar com você, o mais novo campeão da liga de Johto. Sem falar que ainda é possível conhecer vários Pokémon e personagens da região de Hoenn e de Sinnoh também. Essa funcionalidade se torna ainda melhor com a possibilidade de estabelecer um link com os games da quarta geração para trocar monstrinhos e conseguir completar a Pokédex.Viaje por Johto e Kanto para completar sua Pokédex e enfrentar novos desafios. |
Prepare muitas Ultra Balls (ou gaste sua preciosa Master Ball) para capturar os lendários. |
As batalhas contra e Elite Quatro de Johto e contra o habilidoso Red no Monte Silver ganharam um ar totalmente especial no remake. Os Pokémon dos combatentes continuam os mesmos, mas as novas animações dos ataques tornaram a experiência muito mais interessante e deram aquele gostinho especial quando se conseguia derrotar o oponente. Além disso, o número de conteúdo paralelo do game surpreendia, já que o jogador podia escolher várias cidades e locais para explorar como a Safari Zone ou mesmo as Ruins of Alph, onde se escondiam os Unown. A quantidade de horas de gameplay impressionava. O game possuía até mesmo dois créditos finais!
O encontro com Lugia continua épico! |
Não podemos nos esquecer também do divertido brinde que acompanhava as versões dos remakes. O Pokéwalker era o Tamagotchi Pokémon que, aproveitando a funcionalidade infravermelha do Nintendo DS, permitia que o jogador transferisse seu monstrinho preferido para o aparelho em forma de Pokébola para cuidar dele e levá-lo para onde quisesse. Com tantas novidades e muita nostalgia, Pokémon SoulSilver certamente é um dos melhores e mais dignos remakes que a Game Freak já produziu. As jornadas do corajoso e gentil Ethan e da curiosa Lyra ganharam uma excelente homenagem e sempre estarão na memória e no coração de muitos treinadores que ficavam por detrás dos botões.
Revisão: Catarine Aurora
Capa: Sybellyus Paiva