Nintendo pode lançar novos consoles para "mercados emergentes"

Segundo o presidente Satoru Iwata, a Nintendo quer fazer coisas novas para os países emergentes entre 2015 e 2016.

em 08/05/2014

A Nintendo é uma empresa de entretenimento que está no mercado dos jogos eletrônicos há mais de três décadas. Ela possui seu negócio voltado para a produção de hardwares e softwares que, em conjunto, oferecem experiências únicas. Nos últimos anos, Iwata tem sido pressionado por acionistas para que a Nintendo se tornasse uma empresa apenas de softwares dedicados ao mercado mobile, fato este que o presidente resiste, assumindo que não é uma solução adequada para a Nintendo.


E mesmo após a divulgação dos resultados financeiros com mais um prejuízo anual, Satoru Iwata está buscando expandir os negócios da empresa para países emergentes. Em entrevista ao Reuters, o presidente da Nintendo revelou que está procurando fazer coisas novas exclusivamente para os mercados emergentes e não investir em versões mais baratas de produtos já existentes:
"Nós queremos fazer coisas novas, com um novo pensamento ao invés de uma versão mais barata do que temos atualmente. O produto e o equilíbrio no preço devem ser feitos a partir do zero.

Seria difícil entrar nesses mercados se não criarmos algo novo... Para o mercado de massa, você precisa fornecer algo que a maioria da classe média pode pagar."
Iwata não quis entrar em detalhes a respeito desse projeto e nem especificou os países em que serão vendidos esses novos dispositivos, porém, mencionou apenas "países emergentes", nos quais o potencial de jogos ainda não foi explorado.

Como exemplo, Iwata citou a China e revelou que a Nintendo está estudando regulamentos relativos para entrar no país. O presidente da Big N disse ainda que a empresa pretende adotar uma tática diferente da Microsoft, que começará a vender o Xbox One na China a partir de setembro por meio de um parceiro chinês, já que o governo suspendeu a proibição de venda de consoles estrangeiros por lá:
"Acreditamos que o mercado chinês possui um grande potencial, mas eu não acho a suspensão da proibição resolveu todas as dificuldades em entrar no país. Precisamos estudar mais. Para nós, a abordagem da Microsoft não iria funcionar."
É interessante ver a abordagem da Nintendo em não vender apenas os mesmos produtos globalmente, se dedicando a fabricar produtos exclusivamente para países emergentes. Será que o Brasil também entrará nesse novo negócio da Nintendo? O que você acha desta nova estratégia?


Desde que aprendeu a jogar videogames com Yoshi's Island e Donkey Kong Country 2, sempre é visto com um controle ou portátil da Nintendo na mão. Descobriu o amor por The Legend of Zelda com Ocarina of Time e sempre está querendo mais Zeldas. Gosta de escrever notícias, análises e bobagens aqui enquanto não está sonhando com um novo Silent Hill.