Mario Tennis (GBC/VC) invade quadras portáteis pela primeira vez

A primeira aparição de Mario e seus amigos em quadras portáteis é marcado por um modo RPG exclusivo e funções extras de conexão com o N64

em 11/05/2014

Em agosto de 2000, a franquia Mario Tennis fazia sua estreia em território totalmente tridimensional no Nintendo 64. Usando de base o primeiro jogo de tênis do encanador, Mario’s Tennis, para o fracassado Virtual Boy, Mario Tennis 64, como era chamado no Japão, trazia o vilão e rival Waluigi como novidade, além de reintroduzir a princesa Daisy e Birdo no grupo de seleção de personagens da franquia esportiva.

Para quem achava que essa seria a única versão a consertar a imagem de Mario’s Tennis do Virtual Boy foi surpreendido quando a Nintendo lançou, pouco mais de meio ano depois, uma versão portátil de Mario Tennis em janeiro de 2001 para Game Boy Color que imitava precisamente muitos aspectos do irmão mais velho de N64.

O melhor tenista de todos

Uma das maiores novidades que Mario Tennis para Game Boy Color trazia, expandindo a experiência original encontrada nos consoles, era um modo campanha single-player. No papel de Alex ou Nina, alunos novatos da escola de tênis Royal Academy, o jogador devia disputar partidas com outros alunos e aumentar seu posto progressivamente em uma jornada para se tornar o maior tenista da história. Além da opção de partidas de dois oponentes (os Singles), também era possível fazer parcerias com um colega controlado pelo computador em partidas de duas duplas de oponentes (os Doubles). Alex fazia parceria com Harry, enquanto Kate era a parceira de Nina. Assim que você chegava ao nível máximo da Royal Academy, o protagonista ganhava o direito de participar da “equipe viajante” e, devido a isso, a participar do torneio Island Open. Vencer esse torneio te concedia um convite para um duelo com o mais habilidoso dos tenistas: o próprio Mario! Na linha de história de Doubles, Mario fazia parceria com Peach.
A Royal Academy, lar de tenistas aspirantes a campeões
Cada vez que o jogador disputava uma partida, mesmo que tenha resultado em derrota, ele recebia pontos de experiência para aumentar seu nível. Toda vez que o nível dos personagens subia, eles recebiam pontos de habilidade que podiam ser alocados em diversos atributos como velocidade, força de saque ou controle do ângulo da bola. Os parceiros de Doubles também recebia experiência e podiam ter seus atributos individualmente personalizados, mesmo em partidas de Singles nas quais apenas Nina ou Alex jogavam.
Alguns instrutores ensinavam aspectos específicos de jogadas
Durante a aventura, também era possível equipar alguns poucos itens especiais que melhoravam o desempenho do personagem. Raquetes de força, tênis de velocidade ou, até mesmo, equipamentos de treino que pioravam suas habilidades para aumentar a quantidade de experiência obtida depois de cada partida. O mais bacana disso tudo é que as características personalizadas dos protagonistas do modo história também ficavam acessíveis para o modo Exhibition ou até mesmo para o Linked Play, o modo multiplayer da versão portátil, o que permitia que seu tenista customizado jogasse contra outros personagens construídos por amigos.
Entrar para a liga viajante da academia era um feito que poucos conseguiam alcançar

A grande sacada do Transfer Pak

O Transfer Pak
Talvez uma das funções mais interessante que Mario Tennis para Game Boy Color continha era a compatibilidade com o acessório Transfer Pak, do Nintendo 64. O periférico que era acoplado atrás do controle de N64 trazia consigo um encaixe para cartuchos do GBC em que Mario Tennis podia ser inserido. Quando usado juntamente com a versão de 64-bits de Mario Tennis, o jogo permitia a transmissão dos protagonistas da aventura portátil para o console de mesa, carregando consigo todos os seus atributos personalizados!

Melhor que isso é saber que os dados do Nintendo 64 ficavam constantemente interligados aos dados do Game Boy Color. Em outras palavras, isso quer dizer que ainda era possível jogar partidas tridimensionais no Nintendo 64 com seus amigos de uma maneira mais prática (sem a necessidade de cabos e de cartuchos adicionais). No final de partidas com personagens vinculados à aventura do Game Boy Color, eles ainda ganhavam experiência, tornando a interconexão ainda mais vantajosa e divertida.
Alex, Nina, Harry e Kate podiam todos serem utilizados como personagens no Nintendo 64
Enquanto era possível usar os protagonistas na versão tridimensional, a conexão por Tranfer Pak também era a única forma de destrancar Yoshi, Bowser, Wario e Waluigi como personagens jogáveis na versão portátil. Isso significa que não há uma forma de obtê-los no relançamento para Virtual Console. Transferir Waluigi para o jogo portátil tornava a sua única aparição no Game Boy Color, em qualquer jogo do Mario.

Minigames com a raquete

Outra novidade que Mario Tennis para Game Boy Color trazia em relação à versão de console era a adição de novos minigames à parte da aventura principal ou do modo Exhibition. Cada personagem da turma do Mario possuía seu próprio minigame. Alguns deles são:
  • Luigi Shooting Star, um minigame protagonizado por Luigi que envolvia um robô lançador de bolinhas de tênis e alvos em formato de estrela. Acertar uma estrela concedia um ponto, e acertar estrelas consecutivamente sem errar duplicava os pontos a cada acerto. Deixar a bolinha cair no seu lado do campo era um Game Over. O nível fácil era vencido com 30 pontos e o nível difícil, com 60. Passar todos os níveis destrancava a quadra Castle Court.
  • Baby Mario Target Shot era um minigame de Baby Mario cujo objetivo principal era acertar porções específicas indicadas da quadra. Usar técnicas sugeridas na tela, como marcadas na área da quadra, te concedia bônus de pontuação, e o jogo terminava quando você errava o alvo do outro lado da quadra.
  • Donkey Kong Banana Bunch era o minigame de Donkey Kong que o colocava numa quadra contra uma parede. Nesse muro, algumas figuras de bananas e cachos de bananas se movimentavam, e o objetivo era acertá-las para ganhar pontos. Por ser um personagem do tipo Power, o desafio da parede era ainda mais difícil, já que a bolinha voltava com uma força descontrolada. Quando o nível de 60 pontos era vencido, a quadra Jungle Court era destrancada.
  • Mario Boo Blast era um minigame jogado por Mario em uma partida contra Luigi. As mecânicas se assimilavam com as de Luigi Shooting Star, com a diferença que, aqui, o alvo é um Boo no meio da quadra, que deve ser acertado com jogadas de ambos os lados. Os toques de Luigi também adicionavam pontos para a pontuação do jogador.
A primeira aparição em território portátil de 56 cores e música por chiptune foi marcada por modos memoráveis e que aprofundavam a experiência de Mario Tennis para o console tridimensional Nintendo 64. Por R$9,99, você pode reviver toda essa experiência e aventura incrível novamente no portátil, com o relançamento de Mario Tennis no Virtual Console do eShop no Nintendo 3DS. Não perca tempo e entre em quadra!

Revisão: Catarine Aurora
Capa: André Perez Segato 
Siga o Blast nas Redes Sociais

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Você pode compartilhar este conteúdo creditando o autor e veículo original (BY-SA 3.0).