Com carisma e beleza que vai ao infinito e além, conheça a Princesa do Cosmos: Rosalina!

em 17/01/2014

Quebrando paradigmas da franquia ao estabelecer histórias e adicionar várias camadas à uma personagem, a equipe do EAD de Tóquio (Entertai... (por HugoH2P em 17/01/2014, via Nintendo Blast)

Quebrando paradigmas da franquia ao estabelecer histórias e adicionar várias camadas à uma personagem, a equipe do EAD de Tóquio (Entertainament Analysis Development) e Shigeru Miyamoto resolveram aumentar o elenco do mundo do Mario e criaram uma personagem que caiu nas graças do povo e está tornando-se mais uma das “queridinhas da Nintendo”. Você sabe bem de quem estamos falando: ela deu as caras em todos os Mario Karts lançados desde que foi criada, é controlável no mais recente Mario 3D e ainda será uma novata no próximo Smash! Conheça hoje um pouco mais sobre a incrível princesa do Cosmos, Rosalina.

Desenvolvendo uma personagem na calada da noite

O design original de Rosalina era
muito diferente das demais personagens
femininas da franquia
Antes de analisarmos a personagem em questão, suas características e história, é necessário entendermos o que motivou sua criação: no desenvolvimento do primeiro Super Mario Galaxy, Miyamoto planejava aumentar o elenco da série. Embora seja um passo normal, principalmente considerando que tratava-se de um título da série principal, Miyamoto estava mais ambicioso. Ele queria um personagem mais profundo e, originalmente, até com um parentesco com a Princesa Peach e atrelado ao contexto espacial que o jogo propunha. Foi nessas circunstâncias que Yoshiaki Koizumi, um dos gerentes do EAD de Tóquio, decidiu se aventurar numa área não muito explorada em jogos plataforma do Mario: o enredo.


                     


Nas palavras de Koizumi: “Por um longo tempo, realmente parecia que contar uma história em um jogo do Mario não era permitido”. Ainda sim, Yoshiaki resolveu se arriscar e, no curto espaço de uma noite, criou a história da Rosalina, uma das coisas que mais chamou a atenção da crítica em Super Mario Galaxy. Com a ajuda de Miyamoto e o resto da equipe do EAD, o design de Rosalina foi refinado, passando de algo “Disney” para algo mais “Mario” e poliram a história concebida por Yoshiaki, criando o que ficou conhecido por “Rosalina’s Storybook”.

Apresentada a todos como Rosetta, o nome pelo qual ainda é conhecida na terra nipônica, a nossa princesa do Cosmos fez uma estreia arrebatadora na E3 de 2007, chamando a atenção por ofuscar a Princesa Peach, que até então não havia dado as caras. Mas o que os expectadores ansiosos e jornalistas com mentes a mil viram foi apenas uma fração do que viria mais tarde, ainda naquele ano.

Uma estreia de proporções galácticas

Chegando em novembro de 2007, finalmente conhecemos Rosalina e sua história. A cada Power Star coletada em Super Mario Galaxy, uma nova área do observatório da princesa era energizada e, como prêmio extra, um novo capítulo era contado na biblioteca da nave. A novela, adornada com ilustrações como as de um livro de criança, conta - sem citar nomes - a infância da Rosalina, relatando do seu primeiro contato com um Luma, até ser reconhecida como a mãe adotiva das mesmas. A pedido de Miyamoto, foi adicionado um toque triste à história. O que mais nos impressiona no conto é o fato de que esta princesa em questão não envelhece, visto que a cada cem anos o observatório-cometa visita seu planeta natal e ela ainda está viva para vê-lo.
Rosalina aparecendo na frenet de Mario pela primeira vez, no início de Super Mario Galaxy

Rosalina usando seu Spin Jump na fase Super Galaxy,
em Super Mario 3D World
Os poderes de Rosalina são vastos e poderosos: desde criar campos de força tanto nela quanto em terceiros (como quando Mario cai do observatório), até refletir ataques com sua varinha e levitar. Além dos poderes aliados diretamente a sua pessoa, Rosalina ainda tem um exército de Lumas à sua disposição, prontas para sacrificarem-se por sua mãe. Com Super Mario Galaxy 2 ainda podemos contemplar a capacidade dela de projetar-se à distância na forma da Cosmic Spirit, estendendo o poder ao controle mental - com o consentimento de quem quer ser controlado. Para completar, Super Mario 3D World ainda demonstrou que Rosalina pode utilizar o poder que ela cedeu ao Mario em Galaxy, o Spin Jump, e que a mesma é suscetível aos Power-ups, podendo mudar de roupa e adquirir outros poderes.
Rosalina em sua biblioteca contando histórias para as Lumas

Após a estreia em Galaxy, a recepção calorosa que Rosalina recebeu fez com que a mesma aparecesse em diversos jogos fora da franquia principal. Após correr em Mario Kart Wii, na classe dos pesos-pesados (muito provavelmente devido à sua altura, visto que é uma das personagens mais altas da série, rivalizando com Waluigi), Rosalina se fez presente em todos os jogos de corrida subsequentes e os que ainda estão em produção. Nos jogos em que não se fazia controlável, era dado um jeito para que ela aparecesse no mínimo como uma NPC - tal qual ocorre em Island Tour. Curiosamente, apesar de ser considerada um “peso pesado” nos Mario Karts, no Smash que ainda está em produção - onde sua estatura elevada é ainda mais evidente - ela é considerada uma personagem leve pois, como Sakurai descreveu, “ela cria um campo antigravitacional ao seu redor, reduzindo seu peso apesar de sua grande altura”.
Lado a lado, fica evidente o quão alta Rosalina é na realidade.

Ao infinito e além!

A Princesa do Cosmos se mostrou uma personagem carismática por si só, mas o risco que o pessoal da EAD tomou ao criar uma história de fundo para o seu passado a tornou ainda mais humana, fazendo com que o jogador pudesse sentir uma empatia e se relacionar com os acontecimentos pelos quais ela havia passado. Hoje, a visibilidade que Rosalina tem ganhado a faz mais popular e proeminente que Daisy, que tem muito mais tempo de casa. Com sua presença mais frequente nos jogos e mostrando mais e mais poderes em seu arsenal (além de uma beleza crescente a cada vez que é renderizada), essa realeza intergaláctica parece que tem um futuro guiado pelas palavras de Buzz Lightyear: “ao infinito e além!”
O único erro dos desenvolvedores foi não chamá-la de "Rosa-Linda"!

Revisor: Marcos Silveira
Capa: Daniel Silva
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