Mario chegando ao Brasil com força
Com o evento de lançamento do Wii U no Brasil certamente poderíamos esperar um local lotado de fãs das franquias da Nintendo. Mas esse foi o dia não apenas do Wii U no Brasil mas também de dois títulos de peso: The Legend of Zelda: A Link Between Worlds (3DS) e Super Mario 3D World (Wii U). Ter dois lançamentos tão grandes ao mesmo tempo que no exterior é realmente uma vitória para todos fãs da Nintendo. Devemos muitos agradecimentos a Gaming do Brasil, que tem se esforçado cada vez mais para tornar essa realidade possível.
Em um local com tantos Wii U com Super Mario 3D World, foi impossível encontrar um vazio, quieto, sozinho, sem que ninguém tivesse curiosidade de conhecer as novas aventuras de Mario e explorar o novo reino em busca de todo potencial que já esperavam. Junto de Fellipe Camarossi, Bruno Seixas e Luciana Anselmo, embarquei por aqueles canos enquanto tentava decidir o que era mais incrível em tudo o que estava acontecendo. Camarossi (ou Chibirossi), nosso pequeno bravo guerreiro, ficou com Mario. Bruno com o carismático Toad. E Luciana, que deveria ficar com Peach, trapaceou pegando Luigi e me deixando com a princesa. E assim começamos nossas aventuras.
Em pouco tempo, muitas novidades
O que não é novidade para jogadores mais experientes da franquia são os personagens com atributos individuais. Mario é o mais equilibrado. Luigi tem velocidade equivalente a de Mario, mas salta mais alto. Peach não tem uma boa velocidade, mas consegue ficar no ar por mais alguns instantes por causa de seu vestido. Toad, por sua vez, não salta tão alto, mas é de longe o personagem mais veloz. Desse modo, cada personagem pode cumprir melhor algumas tarefas, e é aqui que o trabalho em equipe torna-se essencial. Super Mario 3D World é um jogo tridimensional disfarçado de plataforma. Ou seria o inverso? É difícil dizer. Ele tem elementos fortes de Super Mario Galaxy (Wii), ao mesmo tempo que mostra o que aprendeu com Super Mario 3D Land (3DS).
O popular novo Power-Up, o Cat Mario, é obtido logo no começo do jogo. Com menos de 20 minutos de jogatina você tem a oportunidade de vestir-se como um gato e explorar o novo mundo de uma maneira diferente. Claro que assim que todos tivemos oportunidade estávamos vestidos como gatos. Dessa maneira é possível escalar paredes, arranhar oponentes e até tentar um ataque sorrateiro (especialidade de Luciana). Pessoalmente, das novidades que vimos, foi uma das que mais gostei. Além dos Clear Pipe (canos transparentes) que podiam ser usados por nós como transporte e pelos inimigos quando fosse mais conveniente, sempre de maneira muito criativa e interessante.
E falando em criatividade, não posso esquecer de citar os puzzles (onde geralmente Camarossi coordenava o grupo). Há muitas partes nas quais é necessário pisar ou pular em todas as plataformas do cenário para ter acesso ao próximo cenário. Sem organização torna-se bem difícil, pois se um companheiro pisar onde você pisou, inverte a cor da plataforma e vocês se atrapalham. Esse não é o tipo de puzzle que você pode chamar de novidade, mas feito por quatro pessoas simultaneamente é uma experiência aprimorada no novo jogo do encanador.
Por jogar com quatro pessoas, uma das primeiras coisas que tentei foi ficar para trás e verificar se teríamos um "zoom out", mas eu... fui deixado pra trás. Apesar da seta indicando onde eu estava, bastou apertar um botão para eu voltar ao centro da ação com o restante da equipe. Isso não deixa em desvantagem uma personagem como Peach, já que velocidade não é seu forte, apesar de não ser um problema com o Single Player.
O "system seller" chegou
Não demorou muito para que estivéssemos enfrentando Bowser. Ficou evidente que aquela não era a última luta, apenas um começo para deixar aquele gosto de "quero mais". E cá entre nós: eu quero muito que o carro que ele usa nesse primeiro combate esteja em Mario Kart 8. Aliás, para ter acesso ao castelo onde tivemos o primeiro combate contra ele, nós tivemos de coletar algumas estrelas por outras fases e isso me fez lembrar de Super Mario 64 e pensar em como aquele jogo estava usando tão bem o que aprendeu com seus antecessores. De longe, uma peça rara e uma bela homenagem aos fãs da franquia por tantas referências (musicais ou pelo cenário) dos jogos anteriores. Em especial, uma referência a Zelda, mas essa vocês precisam ver por si próprios.
Super Mario 3D World é uma vitória. Em sua música, em seu level design e puzzles, em seu visual que parece estabelecer um novo padrão para Wii U e, claro, em diversão. Nesse primeiro ano de vida o Wii U recebeu alguns bons títulos: alguns não tão carismáticos, alguns não tão populares, e isso Mario tem de sobra. Com o Wii U no Brasil, acredito que o Natal de muitas pessoas será consideravelmente mais feliz.
Capa: Daniel Machado
