Pokémon X/Y (3DS) - Parte 6: Sustos o suficiente pra uma jornada inteira!

em 22/11/2013

Fazia tempo que eu não dormia bem assim. Um bom banho e uma bela noite de sono no Hotel Richissime realmente recompensou, me sinto mais re... (por Fellipe Camarossi em 22/11/2013, via Nintendo Blast)

Fazia tempo que eu não dormia bem assim. Um bom banho e uma bela noite de sono no Hotel Richissime realmente recompensou, me sinto mais renovado do que quando acordei em casa no primeiro dia de viagem! Sabe, já que estou em Lumiose City e essa cidade é colossal, acho que é uma boa oportunidade para conhecer um pouco mais sobre ela. Quem sabe o que me aguarda por dentre esses muitos prédios, não é? Bem, chega de enrolação. Vestido e preparado, hora de levantar acampamento e partir para minha próxima aventura em mais este Blast Log!

Rota 14: RPG virou Survival Horror

Saindo do hotel e decidido a conhecer melhor os arredores, resolvi passar primeiramente em um prédio perto dali, que me chamou atenção sabe Arceus o porquê. Entrei, falei com a recepcionista e ela me autorizou a usar o elevador. O prédio não era muito alto, tinha apenas três andares, e eu não me importaria de subir as escadas se isso fosse possível. É estranho, mas o pessoal de Kalos parece não gostar muito de escadarias em seus prédios. Me pergunto o que eles fazem quando estão sem energia ou quando o elevador quebra e… foi só eu falar disso e o elevador parou sozinho no segundo andar. Bufei e saí, para não perder a viagem. Quisera eu ter ficado lá dentro.

Assim que passei pela porta metálica e vi uma sala vazia, a luz começou a oscilar, apagando totalmente e voltando. Senti a atmosfera tornar-se gélida e meu hálito quente emitia pequenas fumaças brancas ao deixar meus lábios. Engoli seco, vendo a luz falhar e sentindo que todo o som do mundo parecia se extinguir. O silêncio começou a se tornar ensurdecedor quando vi, ao meu lado esquerdo, deslizar uma figura, uma mulher de preto, passando direto e parando a poucos metros de mim. Olhei em seus pés e eles não tocavam o chão, e tampouco ela parecia tangível. Ela enfim quebrou o silêncio ao proferir “você não é o escolhido” e deslizar até sair da minha vista naquela sala, enquanto a luz se restabelecia e a temperatura ambiente voltava ao normal. Só meu corpo estava frígido, imóvel.

Moral da história: nunca use um fedora.
Quando recuperei meus movimentos, corri pela sala em frenesi para encontrar aquela mulher, descrente do que havia acontecido. Nada. Não havia um ser vivo sequer naquela sala além de mim. Ouvi algo apitar e o elevador estava operando novamente. Saí dali disparado e voltei para a recepção para verificar se alguém sabia algo sobre o segundo andar, mas nada. Suspirei demoradamente enquanto me retirava do prédio num misto de frustração, curiosidade e tensão. O que raios eu havia acabado de presenciar? Será que foi tudo fruto da minha imaginação? Seja como for, aquilo foi o gatilho para me fazer continuar minha aventura, deixando de lado minha missão de conhecer melhor a cidade de Lumiose.

Antes de partir, passei no Pokémon Center para deixar o Tyrantrum e o Doublade na reserva, assim, caso eu visse algo de interessante na próxima rota, eu poderia capturar e usar em seguida. Reestoquei meus itens e parti para a Rota 14, ao norte de Lumiose, onde troquei meu estado de surpresa mórbida por uma surpresa agradável: reencontrar meus amigos. Trevor e Serena já me aguardavam num parque pouco antes de uma floresta, e o primeiro fez questão de comparar sua Pokédex com a minha. Não neguei e, para a minha surpresa, eu havia visto mais Pokémon do que ele. Talvez seja por causa das batalhas de ginásio? Bem, pode ser. Minha rival me desafiou para mais uma batalha e evidentemente eu não recusei, pronto para mais um round contra Serena!

Sinto muito Serena, mas não pretendo perder!
Ela começou novamente com seu Meowstic que confrontei com minha Delphox. Seu potente Mystical Fire causava dano e reduzia a capacidade do alvo de contra-atacar, o que deixou tudo bem fácil para a minha inicial. Quando Greninja entrou em campo, contudo, tive de retirar a Delphox do campo para dar espaço a Sylveon que, capaz de aguentar os golpes especiais do adversário, retaliou com seus ataques. Por fim, fiquei diante de Absol, momento em que chamei a Sylveon de volta e joguei Heliolisk, demonstrando seu grande poder ofensivo ao derrubar o oponente com um belo Thunderbolt. A batalha havia se encerrado com relativa facilidade, e isso pareceu deixar Serena abalada.

Concluído o embate, o grupo resolveu avançar para a floresta da Rota 14 e todos iriam se encontrar numa suposta casa amaldiçoada no fim dela. Engoli seco e senti um calafrio, mas nenhum deles percebeu; eu já havia vivido um conto de terror naquele mesmo dia, teria de viver mais um? Quando dei por mim, estava sozinho na entrada daquilo que mais parecia ser um pântano. Bem, fugir não adiantava de nada, e a próxima insígnia me aguardava depois daquela área.

Adentrei a região do pantanal e coloquei minhas botas, pois teria de andar sob lama e barro. Aliás, foi uma experiência interessante pois Pokémon únicos vivem nesse tipo de região. O primeiro que encontrei foi o mais curioso dos Dragon-types presentes em Kalos, o pequeno Goomy. Sua atitude me cativou de primeira, me fazendo capturá-lo sem demora para adicioná-lo à minha equipe. Não tardei para estreá-lo, enfrentando os treinadores dos arredores conforme passava por aquele lugar sinistro, e constantemente ouvindo risadas vindas das árvores. Estaria eu enlouquecendo?

É errado pegar um Pokémon
só para trocá-lo?
Também acabei esbarrando em um solitário Skorupi, que embora seja um Pokémon de Sinnoh, fiquei interessado em capturá-lo para testar uma mecânica que ainda não falei no Blast Log, o Wonder Trade. Peguei-o e deixei guardado até chegar na próxima cidade, que não tardaria a chegar. Após uma bela caminhada, eu consegui ver a saída e disparei em sua direção, mas fui interceptado por Shauna que me guiou até a suposta casa assombrada. Engoli seco. Bem, precisava enfrentar o meu medo se quisesse sair dali, e meus amigos não podiam ver esse lado de mim. É, não tinha jeito mesmo, só havia uma direção que eu podia seguir. Entrei, dando de cara com um homem praticamente pálido num ambiente sombrio e com uma atmosfera pesada. Já vi que não vou gostar disso.
"Era uma noite sombria de tempestade muitos anos atrás. Perdido, eu cheguei nesta casa e entrei. As luzes não queriam se acender, então eu temerosamente olhei pela casa. Eventualmente, eu cheguei até a cozinha. Não havia sinal de ninguém estar ali... Eu encontrei a geladeira, e quando a abri, uma luz fraca escapou de seu interior. Eu finalmente conseguia ver os meus arredores, e eu vi uma fraca silhueta de um homem no canto da sala. Eu tentei dizer a ele que estava perdido e que esperava que ele me deixasse ficar por ali até a manhã, mas quando eu me aproximei, ele subitamente gritou:
‘- Não se aproxime!’
Eu pedi desculpas e continuei a implorar, ‘- Por favor, você poderia me ajudar?’, e ele respondeu: ‘- Eu não estou falando com você!’. Eu olhei para o homem, surpreso. Quando eu o fiz, o homem perguntou: ‘- Você não pode vê-los? Atrás de você!’...
Uma horda de homens sem rosto!’ ” 
Essa foi a narrativa do homem que estava dentro da casa. O final inconclusivo e a falta de confirmação deixa a veracidade desse conto dúbia, e o pior foi que, em seguida, ele pediu por uma gorjeta pela história. Eu já estava num dia ruim o suficiente e desnecessário dizer que eu não quis dar a gorjeta. Todavia, a tensão daquele lugar fez o ar ficar mais pesado, e senti que precisava compartilhar o que passei em Lumiose City com meus amigos. Todavia, quando estava prestes a sair, ouvi o homem falar:
“- Algumas coisas é melhor não se saber. É melhor levar a verdade para a sepultura.”
Engoli seco e saí da casa. É melhor deixar como está.

Laverre City: onde a magia e a tecnologia se chocam

Pouco depois do que aconteceu na casa, cheguei em Laverre City, onde se encontrava o sexto ginásio. Fui ao Pokémon Center para recuperar meus parceiros e resolvi testar aquela função que eu citei antes: o Wonder Trade. Através desse dispositivo, eu posso trocar um dos meus Pokémon por um de alguém ao redor do mundo aleatoriamente, sem saber o que irei receber em troca. Resolvi testar a função com o meu recém adquirido Skorupi, enviando-o para um novo lar enquanto uma Pokéball nova surgia ao meu alcance. Peguei-a, liberei o que estava lá dentro e me surpreendi ao ver um Larvitar! Eu sabia que usaria o pequeno eventualmente, mas, por hora, ele ficaria na reserva. Elegi para o time principal meu Doublade e parti em direção ao ginásio.

Que gosma... fofinha.
Laverre City Gym é bem curioso por ser uma espécie de casa muito maior por dentro do que por fora, mas a parte mais curiosa é que não há portas entre os quartos e sim plataformas que simplesmente me teletransportam para outro recinto. Não entendi direito seu funcionamento, mas num mundo onde crianças podem ter dragões que cabem nos bolsos, acho que isso é o de menos. A melhor parte foi descobrir que, mesmo o ginásio sendo Fairy-type, meu Goomy conseguiu sobressair devido a sua extrema resiliência, inclusive conseguindo evoluir para Sliggoo! Enfim cheguei a sala central e morada da líder, Valerie, e aqui se inicia minha batalha pela sexta insígnia!

Valerie iniciou o embate com sua Mawile, e eu contra-ataquei com minha Delphox. Embora Mawile tenha certas resistências graças ao Fairy-type, o fogo continua sendo um problema e o Mystical Fire da minha Delphox se mostrou potente demais para que ela resistisse. Contudo, antes de ceder, foi capaz de causar sérios danos ao meu Pokémon, e achei que era melhor retirá-la de campo antes que a situação apertasse.

Em seguida, foi a vez de Mr. Mime, o mímico. Vi que essa era a chance do meu Sliggoo mostrar suas capacidades defensivas e o coloquei em campo. Seus ataques aquáticos não causavam tanto dano no oponente, mas ele tinha certa resistência e conseguiu aguentar bem as pancadas a princípio. O problema foi quando o oponente conseguiu encaixar um acerto crítico que levou meu dragão ao nocaute, me fazendo encerrar aquele confronto com o Iron Head do meu Doublade.

Por fim, eu estava diante de uma Sylveon, assim como a minha, e vi que era a chance do meu Skrelp enfim mostrar serviço. Seus golpes do tipo Poison conseguiram causar danos médios na defesa especial assustadora da oponente, mas quando um deles a deixou envenenada, ambos sabíamos que o embate estava selado. Apenas tive de trocar para o Doublade, mais do que capaz de segurar os golpes da adversária, até o veneno dar conta e levar ao nocaute o último Pokémon de Valerie. Estava conquistada a minha sexta insígnia, a Fairy Badge!

Retornei satisfeito para o Pokémon Center e curei meus parceiros abatidos. Resolvi brincar com eles no Pokémon-Amie antes de ir para a cama e perguntei para as pessoas por perto sobre mais atrativos daquela bela cidade, e uma delas citou que lá fica a fábrica de Pokéballs que fornece para toda a região de Kalos. Acho que é uma boa passar lá em breve, não? Bem, por hora, vou descansar…

Levantei-me surpreso, pois vi um vulto passando na janela. O que é? Ah, deve ser só uma pessoa passando por perto. Nada demais.

...Espera. Esse quarto fica no segundo andar.

Aqui se encerra mais este Blast Log! Vocês também tiveram experiências estranhas ao passar por esse trecho de Pokémon X/Y (3DS)? Quais outros mistérios vocês investigaram e conseguiram solucionar? Quais Pokémon gostariam que fossem usados pelo nosso herói Nelo? Comentem e façam dessa a nossa história!
Não viu as partes anteriores? Então não perca tempo e vá ver!

Parte 1: Aqui começa nossa jornada em Kalos!
Parte 2: Uma longa viagem ao segundo ginásio!
Parte 3: Desvendando os segredos das Mega Evoluções!
Parte 4: Quase na metade! O árduo caminho ao quarto ginásio!
Parte 5: De volta à Lumiose e o confronto das usinas!

E não deixem de conferir a sexta parte do gameplay comentado feito pelo Pablo Montenegro em nosso canal do YouTube!


E se ainda não adquiriu a sua cópia de Pokémon X/Y (3DS), a sua chance está na Geekverse!
Revisão: Catarine Aurora
Capa e BlastDex: Daniel Machado
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