Vaniville Town: onde as flores estão prestes a desabrochar
Tudo bem, primeiro troquei de roupa, afinal, nunca vi um protagonista que saia em sua aventura trajando um pijama, e eu sou o protagonista da minha história. Minha jaqueta favorita, calças confortáveis, um par de botas para andar muito e um boné, porque protagonistas ou tem cabelos bizarros ou tem acessórios na cabeça. Acho bom levar óculos de sol também, não sei como é o clima daqui, pode vir a ser útil. Por hora, vou deixá-lo encaixado no boné. A mochila está pronta e é hora de partir!Tá, quase. Assim que desci as escadas minha mãe disse que haviam pessoas no quintal querendo falar comigo. Devem ser os vizinhos que ouvi dizer! Saí e dei de cara com duas meninas uma loira e uma morena, Serena e Shauna. As duas vieram me recepcionar na vizinhança e disseram que tínhamos de nos encontrar com dois amigos delas em uma cidade próxima dali, pois eles estão com Pokémon para nos entregar. Rapaz, esse negócio de começar minha própria história está saindo melhor do que eu esperava! Assenti e fomos os três para Aquacorde Town, passando pela breve Rota 1 – também conhecida como “Passagem Vaniville”. Que nome original.
Aquacorde Town: água e civilização em harmonia
Minha BlastDex me deixou ansioso quanto as evoluções da Fennekin! |
O rapaz me deu em seguida uma carta para dar à minha mãe, vinda do professor Sycamore, o responsável pelos Pokémon que nos foram entregues. Concordei com a cabeça e resolvi ir levar a carta para ela, saindo disparado para poder chegar logo lá, mas fui interrompido. Shauna queria que eu fosse seu primeiro oponente em sua jornada, e me pareceu uma excelente forma de me habituar com minha Fennekin, por isso concordei. A batalha foi relativamente fácil, mas não porque Shauna era uma má treinadora, mas porque ela escolheu Chespin, um Pokémon do tipo Grass ("Grama"), tendo desvantagem contra o meu tipo Fire ("Fogo"). Mesmo com a derrota ela não parou de sorrir e disse que me esperaria na rota mais adiante.
Dizem que fortalecer o laço entre treinador e Pokémon melhora seu desempenho em batalha! |
Chegando em casa, entreguei a carta para minha mãe, que logo começou seus delírios sobre cartas de amor. Desde que o papai partiu ela tem esses pequenos surtos às vezes. É complicado, mas não posso culpá-la. Ela concordou em permitir que eu saísse na jornada, mas não sem antes me trazer uma muda de roupas (felizmente, não quero ficar com a mesma roupa o caminho todo) e um mapa da região de Kalos. Totalmente equipado, é hora de botar o pé na estrada!
Santalune Forest: eu já vi essa floresta em algum lugar
Como prometido, encontrei Serena e Shauna pouco antes de adentrar uma floresta mais à frente, onde a primeira demonstrou como se captura Pokémon e nos deu dez Pokéballs. Shauna disse que os pais da Serena são grandes treinadores, mas ela não gosta de ser presa à esse legado. Pelo jeito ela é como eu, só quer ter sua aventura para criar sua própria lenda. Quando as vi se distanciando, corri logo atrás, mas não sem antes ser interrompido por um treinador chamado Austin que gostaria de batalhar, mas seu Zigzagoon não foi páreo para minha Fennekin. Adentrei na floresta.Logo de cara me reagrupei com Shauna, que resolveu me acompanhar no decorrer daquela área e disse que curaria meus Pokémon caso se mostrasse necessário. Bem, toda ajuda é bem-vinda. Comecei a rondar pela floresta e vi algumas Pokéballs no chão, mas quando as pegava, via que estavam inutilizáveis pois alguém guardou um item dentro delas. Poxa, que tipo de treinador faz isso? Eu hein. Ao menos isso me rendeu um Antidote e duas Potions. Mais à frente, enquanto queimava o meu caminho para fora da floresta (sem destruir o ecossistema, juro), Shauna encontrou um Paralyze Heal e me ofereceu. A moça é bem prestativa até, e divertida. Só meio grudenta.
O padrão "pixelado" do Scatterbug foi o que ganhou minha atenção! |
Encontrei ainda na floresta mais alguns treinadores em começo de aventura, como Anna, que usavam um Pikachu (sempre achei estranho como só ele fala o próprio nome enquanto os outros Pokémon emitem grunhidos), e Lise, com seu Weedle e Bunnelby. O treinamento decerto foi muito funcional para meus Pokémon, que já estavam acostumados com os combates antes de chegarmos à reta final daquela floresta.
Desde que entrei naquela área estava com a sensação de que já havia visto aquela região. Quando enfim cheguei na reta final, tudo fez sentido. Aquele local era exatamente igual a Viridian Forest, de Kanto! Cada curva, cada árvore, tudo parecia ser exatamente igual! Será por isso que ali haviam Caterpies, Weedles e Pikachus? Mas por que eram iguais? Como fizeram isso? Bem, alguns mistérios simplesmente não devem ser resolvidos. É hora de prosseguir.
Prestes a sair da floresta, meus novos amigos se reagruparam para sairmos todos juntos. Mesmo sendo estranho, admito que tem sido divertido ter algumas amizades para me acompanhar nessa aventura, não estou exatamente acostumado a ter pessoas ao meu redor que realmente querem minha companhia por quem eu sou. Bem, é chegado o momento, vamos para a próxima cidade!
Santalune City: uma cidade tradicional
Diferente dos outros "casulos", Spewpa aprende Protect ao invés de Harden. |
Depois de quase ser atropelado por uma garota de patins, pulei um desnível de terra e desci um pouco para encontrar uma Super Potion, e itens de cura nunca são demais. O preço foi ter de lutar contra um garoto, Brighton, que possuía um Pansage, um Pansear e um Panpour. Na subida de volta eu passei por uma parte de grama alta, onde esbarrei em um Fletchling. Não pensei duas vezes, coloquei minha Fennekin para lutar e capturei o pássaro. Agora eu tinha três monstrinhos me acompanhando, e era o momento de ir para a cidade Santalune.
Para mim, este é o pássaro mais carismático até hoje! |
Do lado do Pokémon Center encontrei uma loja de roupas, mas honestamente, não me parece hora pra isso. Minhas economias não estão muito altas e é melhor guardar para o que é realmente necessário. Segui direto para o Santalune Gym, e aquela moça que quase me atropelou com os patins estava lá! Ela me desafiou para uma batalha e usou um Zizgagoon, que não foi páreo pro meu Fletchling. Com a derrota, ela me entregou um par de patins! Bom ver que as pessoas de Kalos são tão amigáveis – ou vingativas, pois perdi a conta de quantas vezes bati o rosto contra paredes tentando aprender a usar essas coisas.
De qualquer maneira, adentrei o Santalune Gym, que mais parecia um estúdio de fotos. Um homem, recepcionista, me disse que aquele era um ginásio do tipo Bug (Inseto), o que é excelente pra mim que tenho um Pokémon do tipo Fire (Fogo) e Flying (Voador). Para adentrar nos domínios da líder, pulei em uma barra, escorreguei e caí na teia da aranha. Literalmente. O lugar era uma teia de aranha gigante e assustadoramente não parecia ter fundo. Poxa, quem pensou que isso seria seguro?! Que bom que tenho um perfeito equilíbrio – potencializado pelas quedas de patins, obrigado, moça do Zigzagoon.
O Gym tinha um desafio, eu devia passar pela teia de aranha, achar um caminho que pudesse andar e chegar na líder. No caminho eu tive de enfrentar três treinadores, dois garotos e uma garota. Os garotos, David e Zachary, usavam um Ledyba e um Spewpa, respectivamente, enquanto a garota, Charlotte, me enfrentou com um Kakuna e um Combee. A grande variedade de Pokémon me surpreendeu, percebi que o ecossistema de Kalos parece atrair tudo de outras regiões, mas nenhuma dessas ameaças era páreo pros meus parceiros. Como um inseticida, atropelei os adversários que me impediam de chegar até a líder.
Enfim na plataforma final, estava diante de Viola, a Gym Leader de Santalune. A fotógrafa loira se mostrou fascinada pelo meu estilo de combate e tirou várias fotos enquanto eu passava pelas teias de aranha, e agora, queria ver meus Pokémon por um outro ângulo: do outro lado do campo de batalha. Minha primeira batalha de ginásio, e eu tenho certeza que não vou falhar!
O primeiro Pokémon da Viola foi um Surskit e, claramente, comecei com Fennekin. Eu achei que meus golpes de fogo iriam destruir o time da Viola, mas fui pego de surpresa com um Pokémon Bug/Water logo de cara. Como se não fosse o suficiente, ele ainda usou Water Sport, um ataque que reduz a eficácia de golpes de fogo! Não tive opção senão recuar a Fennekin e jogar o Fletchling, que conseguiu abater o adversário com certo esforço. Mas o pior ainda estava por vir.
O segundo Pokémon usado pela líder foi um Vivillon, a forma evoluída do Spewpa. A borboleta rosada simplesmente varreu o meu Fletchling do campo, e tive de colocar a Fennekin pois ela era minha única arma contra o poderoso inseto. Infelizmente o efeito de Water Sport não havia passado e meus golpes de fogo não causavam tanto dano, o que deixou a oponente com a energia reduzida antes da Fennekin ser abatida em combate. Toda esperança ficou nas mãos do Spewpa, que, felizmente, conseguiu encaixar um golpe crítico na hora certa, derrubando de vez o Vivillon de Viola. Minha primeira batalha de ginásio havia sido vencida!
Enquanto o Vivillon de Viola era do padrão Meadow, o meu era do padrão Savanna! |
Rapaz, esse foi um dia longo! Talvez seja a hora de eu descansar um pouco antes de dar prosseguimento à minha aventura. É, farei isso. Pokémon Center, curar meus parceiros, brincar um pouco com eles no Pokémon-Amie e depois descansar. Talvez ir no Super Training? Não sabem o que é isso? Bem, vai ficar para a próxima parte, estou morrendo de sono.
Assim encerra a primeira parte do Blast Log de Pokémon X/Y (3DS)! O que acharam desta perspectiva do personagem? Divertida? O nome do protagonista é o que eu usei quando comecei a jogar, então quis tornar isso pessoal e compartilhar com vocês. Tem alguma sugestão ou algum Pokémon que queiram que o nosso herói pegue na próxima parte? Comentem e façam dessa aventura não somente de Nelo, mas de todos nós!
E não deixem de conferir a primeira parte do gameplay comentado feito pelo Pablo Montenegro em nosso canal do YouTube!
Revisão: Alan Murilo
Capa: Hugo Henriques Pereira
BlastDex: Daniel Machado