Contagem regressiva para Kalos - Parte 6: Cada vez mais formas de se evoluir!

em 27/09/2013

Uma das características mais divertidas dos RPGs em geral é a possibilidade de evoluir e elevar suas próprias capacidades com o decorrer d... (por Fellipe Camarossi em 27/09/2013, via Nintendo Blast)

Uma das características mais divertidas dos RPGs em geral é a possibilidade de evoluir e elevar suas próprias capacidades com o decorrer da trama. Entretanto, Pokémon não é um RPG comum. Diferente dos outros, aqui o jogador não evolui, mas sim seus monstrinhos, e isto se reflete em sua força, técnicas e até mesmo na aparência. Essa mecânica que chamamos de “evolução” é o tópico da nossa discussão de hoje, sobre como isto nos tem acompanhado desde a primeira geração e como nossas mascotes favoritas ganham novas formas de crescer desde então. Vamos lá embarcar em mais esta etapa de nossa contagem regressiva!

Afinal, o que é “Evolução”?

Algo muito irônico e que é bom salientar antes de começarmos é que “evolução” tem um conceito diferente no nosso mundo e no dos Pokémon. Enquanto aqui compreende-se por evolução a mutação genética no decorrer de gerações de acordo com o ambiente em que os seres vivem, na terra dos monstrinhos de bolso ela representa um processo biológico onde um ser desenvolve mudanças significativas em sua estrutura celular, ganhando uma nova aparência e até novas capacidades. Talvez o termo mais apropriado para isso seria “metamorfose”, e não “evolução”, mas isso não importa muito. Evolução é uma palavra muito mais amigável.

De qualquer maneira, as transformações que ocorrem com os Pokémon decorrem de diversos fatores, mas o mais comum é a sua experiência. Com o decorrer de sua vida e participando de diversos combates, os monstrinhos de bolso vão adquirindo mais e mais experiência e desenvolvem-se continuamente (representado no jogo como a aquisição de níveis) até alcançar um determinado ponto onde seu corpo compreende experiência o suficiente para atingir o próximo estágio de sua cadeia evolutiva, tornando-se mais forte. Assim ocorre a evolução dos Pokémon.

Todavia, vale ressaltar que essa não é a única maneira que essas criaturinhas podem evoluir. Apesar desta maneira clássica já explicada ser a mais predominante e presente desde a primeira geração, ela não é a única forma pela qual os monstrinhos atingem novos níveis e poderes, podendo ser influenciados por n fatores externos para crescerem junto da experiência. Bom, acho mais fácil explicar com exemplos, então vamos saltar para a próxima parte.

O nível não é tudo, mas ajuda bastante

A linhagem mais famosa
de Pokémon começa com
grau de amizade.
Por incrível que pareça, as emoções dos monstrinhos tem uma influência gigantesca em suas capacidades, e isso é visto em ataques como Return e Frustration, que têm seu poder baseado no grau de amizade entre treinador e Pokémon. Este mesmo grau de amizade também pode ser determinante para evoluir algumas criaturas, precisando haver o vínculo com seu treinador para, junto da experiência, elas atingirem uma nova forma. Este tipo de evolução, introduzido na segunda geração, é presente em alguns Pokémon como Togepi, Munchlax, Pichu e Golbat.

Outro fator que pode influenciar na evolução é o conhecimento de determinado ataque. Embora muito semelhante a evolução por experiência, já que, assim que aprende o movimento ao atingir determinado nível a criaturinha evolui, esta forma de evoluir pode ser acelerada ao se ensinar o ataque de outras maneiras senão por nível. Introduzida na quarta geração, monstrinhos como Piloswine, Yanma, Aipom e Lickitung evoluem através deste método.

Gligar + Razor Fang = Gliscor
Outra coisa que ficou clara no decorrer da série é o fato de alguns Pokémon receberem grande influência de determinados objetos e ambientes para evolução, o que torna possível que algumas criaturas evoluam por treinarem em uma certa área devido a sua natureza peculiar (como o forte campo magnético de Mt. Coronet, em Sinnoh). Também presente a partir da quarta geração, Nosepass e Magneton evoluem desta maneira.

Assim como o ambiente, alguns itens também fazem com que os monstrinhos consigam atingir novas formas ao passar de nível enquanto os possuem equipados. Itens como Razor Fang e Razor Claw, que possuem efeitos por si só quando segurados pelos Pokémon, também tem a capacidade de fazer Sneasel e Gligar evoluírem ao ganharem experiência o suficiente. Este método também foi introduzido na quarta geração.

Como ficou bem claro, os monstrinhos são muito influenciados por fatores externos para se desenvolverem. Alguma vez já se perguntaram o porquê disso ocorrer? Bem, talvez fique mais fácil de explicar quando falarmos dos itens que mais abusam dessa capacidade dos Pokémon: as Pedras de Evolução.

Crescimento instantâneo: as Pedras de Evolução

Com uma Sun Stone,
Cottonee se torna
Whimsicott
Pegue a pedra, dê ao Pokémon e veja-o evoluir na hora. Com este funcionamento simples, as Pedras de Evolução – introduzidas na primeira geração – são itens que conseguem desenvolver instantaneamente os genes responsáveis pela evolução em determinados monstrinhos, através de algo que se assemelha à radiação em nosso mundo. Estas pedras, em geral provenientes de minérios antigos e meteoritos, emanam uma estranha energia que provoca a evolução “forçada” em alguns Pokémon, sendo esta a única forma destes atingirem seus estágios mais avançados.

Apesar de serem bem variadas, apenas 33 das 649 espécies de Pokémon evoluem através desta radiação mística, precisando da energia de uma pedra em específico para cada caso. São elas a Fire Stone (“Pedra do Fogo”), Water Stone (“Pedra da Água”), Thunder Stone (“Pedra do Trovão”), Leaf Stone (“Pedra da Folha”), Moon Stone (“Pedra da Lua”), Sun Stone (“Pedra do Sol”), Shiny Stone (“Pedra Reluzente”), Dusk Stone (“Pedra do Anoitecer”) e Dawn Stone (“Pedra do Alvorecer”), cada uma conseguindo evoluir criaturinhas como Vulpix, Shellder, Pikachu, Nuzleaf, Munna, Cottonee, Togetic, Lampent e Snorunt, respectivamente.

Faltou somente a Moon Stone nessa imagem!
Além disto, existe também uma pedra chamada Everstone (“Pedra Eterna”), que possui efeito contrário a de suas companheiras. Esta emite uma radiação diferenciada que impede a estrutura genética dos monstrinhos de se mutar, assim deixando-os sempre em seu estágio atual enquanto a pedra estiver equipada. Sua usabilidade varia de treinador para treinador, mas é inegável que é um objeto bem peculiar.

Visto que a estrutura genética dos Pokémon é algo bem instável, era de se esperar que qualquer tipo de alteração, seja humana ou natural, fosse causar mudanças pesadas nas criaturinhas, não? Bem, isso se prova uma verdade incrível quando se tenta trocar seus Pokémon com seus amigos.

As mudanças que uma troca pode causar

Maldade é trocar ele
equipado com Everstone!
É de conhecimento geral que as trocas no mundo Pokémon ocorrem de uma maneira muito mais complexa do que deveria ser. Em vez de apenas trocarem suas Pokéballs uns com os outros, os treinadores passam elas por computadores que transferem seu monstrinho para alguém que pode estar tanto do seu lado como do outro lado do mundo. De uma forma ou de outra, esta transferência por vezes pode acarretar em mutações em diversos Pokémon, fazendo com que eles evoluam durante a troca. Introduzida na primeira geração, este método permite evoluir Pokémon como Haunter, Machoke, Gurdurr e outros.

Se trocados um com
o outro...
Já outros, não contentes de serem transformados em dados digitais e enviados através de uma rede, precisam ainda de itens que façam com que sua mutação ocorra, fundindo o item ao Pokémon. Isto ocorre em casos como o de Scyther (do tipo Bug, ou “Inseto”) que, ao ser trocado com o item Metal Coat (“Cobertura Metálica”), evolui para Scizor (do tipo Bug/Steel, ou “Inseto/Metálico”). Outros casos como este são o de Onix, Electabuzz, Porygon, Porygon2 e Dusclops, entre vários outros. Este já é um método da segunda geração.

...mudam totalmente!
Indo ainda mais longe, existe um par de casos especiais que só evoluem se são trocados um pelo outro, que é o que ocorre com Karrablast e Shelmet (imagem acima). Quando dois treinadores trocam um destes pelo outro, ambos trocam características e assumem formas que parecem híbridas (ao lado). Esta forma que nasceu na quinta geração provavelmente vai ser explorada novamente em breve, já que teremos logo logo novas formas de se evoluir, algo que já foi evidenciado pela maior autoridade sobre evoluções que temos por aí: Eevee.

O milagre evolutivo, Eevee

Eevee é considerado por muitos a maior instabilidade genética já vista no mundo Pokémon, podendo evoluir em (até então) oito formas diferentes. Até então temos Flareon (por Fire Stone), Vaporeon (por Water Stone), Jolteon (por Thunder Stone), Espeon (por felicidade durante o dia), Umbreon (por felicidade durante a noite), Leafeon (por treinamento em determinado local), Glaceon (o mesmo que Leafeon, mas em local diferente) e Sylveon (que ainda não se sabe, mas tem relação com o Pokémon-Amie). Com isto, Eevee é o Pokémon com a maior quantidade de evoluções diferentes. Mas por que isso ocorre?

Agora sabemos que Sylveon é Fairy-type!
Esta bola felpuda possui uma estrutura genética muito mais instável do que qualquer outra raça de criaturinha, tornando-o uma verdadeira antena de radiação. Desta maneira, ele consegue captar quase qualquer tipo de radiação e transformar-se de acordo com o que foi recebido, seja isso das pedras evolutivas, seja do ambiente ou até mesmo dos raios emitidos pelo sol e pela lua. Assim sendo, é o caso mais interessante de evolução a ser visto até hoje. Bem, isso desconsiderando alguns casos especiais.

As exceções que comprovam a regra

Existem diversos Pokémon que fogem de qualquer padrão e evoluem à sua própria maneira. Estes não tem padrões e são únicos para cada espécie, e por isso não podem ser classificados e nenhuma seção explanada até agora. Confira nossa Blast Dex para saber quais são:


Com isto, todas as formas de evolução introduzidas até agora foram explanadas, nos deixando prontos para a próxima geração. Há rumores de que agora teremos como evoluir alguns monstrinhos usando o giroscópio do 3DS, deixando-o de cabeça para baixo ao passar de nível ou balançando-o, além da suposição de que será preciso ter um Pokémon de determinado tipo no time para que outro evolua. Como são apenas suposições, vamos deixar isso de lado e vamos para a única forma de se evoluir que foge à regra de todas, algo novo e dessa geração, e algo que vai levar as evoluções para um novo nível. Um nível Mega.

O novo nível da evolução, a MegaEvolution!

Deve ter doído.
Embora já tenha escrito anteriormente um especial apenas para falar desta nova mecânica de Pokémon X/Y, acho válido falar sobre algumas coisas que já foram ditas, e outras que ainda não. A MegaEvolution, ou MegaEvolução, é uma transformação temporária que ocorre quando o laço entre treinador e Pokémon é forte o suficiente para ativar uma ressonância entre o Mega Ring que fica no pulso do treinador e a Mega Stone, que fica equipada no Pokémon. Cada criatura possui uma nova forma (exceto Mewtwo, que possui duas, MegaMewtwo X e MegaMewtwo Y, exclusivas de cada jogo) que equipara a sua força a de um Pokémon lendário, sendo este o motivo pelo qual só é possível ter um Mega Pokémon por time.

O Mega Ring é essencial
para a MegaEvolution.
A MegaEvolution é acionada através de um botão na tela inferior durante o combate, e ocorre quando o Pokémon ataca. Assim como todas as novas mecânicas introduzidas na série até hoje, haverá um local específico para aprender como funciona esse novo estilo de evolução, e esse local é a cidade de Shalour. A líder do ginásio desta cidade, Korrina, irá guiar o jogador até a Tower of Mastery (“Torre da Maestria”) para lecionar sobre o segredo das MegaEvolutions. O que será que nos aguarda neste local?

O mistério sobre as MegaEvolutions, contudo, é ainda nebuloso e incerto para nós jogadores. Apesar de ser comprovado que os Mega Rings são essenciais para essa transformação, talvez o anel não seja de todo necessário e sim somente a pedra que este comporta. Esta mesma pedra pode ser vista também na luva da líder de ginásio Korrina, assim como da misteriosa personagem recorrente Diantha que possui a mesma pedra em seu colar, como podem ver nas imagens abaixo (cliquem para ampliar). Será ela uma personagem importante? Talvez a campeã? É algo a se pensar.


Por fim, é bom pensar no impacto que as MegaEvolutions terão no cenário competitivo de Pokémon. Com a possibilidade de ter apenas um por time e a grande variedade, só vai ser possível descobrir qual dos monstrinhos do adversário é o dito cujo quando este se transformar. Ao menos temos uma pista: a princípio, nenhum Pokémon de Kalos terá MegaEvoluções, apenas os das gerações anteriores. Bem, como temos mais duas semanas, é hora de começar a nossa lista de candidatos à esse novo estágio!

E não podia faltar um gif épico, não é?
Assim concluímos nosso dossiê de evoluções e mais uma etapa da nossa contagem regressiva. Quais serão as novas formas de se evoluir nessa geração? Tem alguma forma, antiga ou nova, que gostariam de ver mais? Quais monstrinhos vocês gostariam que tivessem MegaEvoluções? Comentem e até a próxima semana!
Capa e Arte: Daniel Machado
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