Navegando pelo Grande Mar de alta definição de The Wind Waker HD (Wii U)

em 10/07/2013

Há não muito tempo, não era incomum ouvir que a Nintendo era contra remakes , seja por achar que modifica, e muito, seu trabalho primoro... (por Unknown em 10/07/2013, via Nintendo Blast)

Há não muito tempo, não era incomum ouvir que a Nintendo era contra remakes, seja por achar que modifica, e muito, seu trabalho primoroso de outrora, seja por achar que não era interessante e que era melhor investir recursos em novos jogos. Porém, nos últimos anos, parece que a Nintendo finalmente abraçou a ideia e agora se move para trazer aqueles jogos inacessíveis e aclamados pela crítica de volta às gerações atuais. E, fazer o remake do jogo que causou mais controvérsia na série e que, há 10 anos, me fez criar coragem de montar um site de zelda, era algo surreal. Com a música do trailer original na cabeça e repleto de nostalgia, fui encarar essa demonstração na E3 2013.
Esse hands-on pode conter spoilers caso você não tenha jogado a versão original. Leia por sua conta e risco.

Mas não sem antes...

Porém, antes que começássemos a testar os jogos, nós pudemos tirar uma casquinha de Shigeru Miyamoto, ali do lado falando sobre Pikimin 3, e Eiji Aonuma, produtor da série Zelda, no cantinho dedicado à série. Essa proximidade pegou a todos nós, jornalistas, de surpresa e foi uma ótima sacada da Nintendo. Eiji Aonuma se mostrou uma pessoa muito simpática, tirando fotos com os fãs, respondendo perguntas e distribuindo autógrafos, tendo inclusive aceitado uma camisa dada por nós. Enfim, poder estar ali ao lado deles, perguntar coisas que estavam na garganta há anos e fazer uma tietagem básica foi algo surreal para este fã de zelda.

Sonho realizado: foto tirada, jogo autografado, camisa dada... só falta me contratarem

Mas sim, e o hands-on?

Enfim, tão logo acabou o evento da Nintendo e antes de se abrirem as cortinas para o público entrar, pude me aproximar de um dos booths que rodava o jogo. Porém, esse havia chamado minha atenção em particular por possuir a versão de GameCube rodando lado a lado com a do Wii U, a fim de demonstrar a qualidade da versão HD. Para minha tristeza, não era possível jogar a versão de GameCube, tendo que me contentar apenas com a sequência introdutória rodando em loop.

Ambas as versões rodando lado a lado
Na minha memória, o jogo já era muito bem feito e limpo. Mas, ao ver ambos rodando lado a lado, é que se pôde notar como a nostalgia influencia as nossas memórias. Há uma melhora significativa na qualidade dos gráficos. O temor inicial causado pelas primeiras screenshots divulgadas pela Nintendo, que possuía algumas cores estouradas e um cel-shaded não muito bom, se desvaneceu. O jogo era exatamente como eu lembrava, só que em HD.

Todo jogo possui uma história...

Na demo, era possível escolher duas opções: passeio pela ilha ou batalha contra um chefe. O passeio na ilha consistia em jogar durante uma das partes iniciais do jogo em Outset Island levemente modificada para fins de testar as novas funcionalidades do jogo. Uma delas é o Tingle Bottle (Frasco de Tingle), um frasco que pode ser encontrado no mar que contém mensagens deixadas por outros jogadores através do Miiverse. Também era possível pegar o King of the Red Lions (Rei dos Leões Vermelhos) e navegar pelo mar para testar as modificações de velocidade na navegação. Apesar de não poder ir muito longe, pois logo uma cutscene tocava, deu para perceber o quão mais rápido o barco ia e menos tedioso será desbravar o Great Sea (Grande Mar).


Uma das dificuldades sentidas foi com o controle. Tendo jogado há muitos anos o original no GameCube, usar o Touchpad parecia estranho, sendo difícil saber qual botão apertar corretamente para trazer o item desejado. Nada que alguns minutos jogo adentro não resolvesse, mas nos primeiros momentos parecia um pouco estranho. Ainda, a tela sensível a toque trazia um pequeno menu, em que era possível trocar com facilidade os itens e ver o status de sua aventura. Por ser um produto em desenvolvimento, espera-se que muito seja modificado e melhorado ainda.

Controle do jogo descrito no booth
A outra parte da demo constituía em uma batalha contra o Helmaroc King (Rei Helmaroc), o antagonista do primeiro arco da história. A batalha começava no fundo da torre e era necessário subi-la antes, a fim de enfrentar o chefe no topo da torre. Aqui, as coisas ficavam um pouco mais complicadas, especialmente devido à falta de familiaridade com os controles. Mesmo assim, foi possível perceber a atenção aos detalhes e a melhoria efetuada até mesmo nas penas do chefe.

... apenas um é uma lenda

Enfim, tirando a adição do Tingle Bottle, da melhoria na velocidade do seu barco e alguns ajustes prometidos por Aonuma ao último ato do jogo, este é o mesmo jogo que há 10 anos fez história nos consoles da Nintendo. Se em 2003 o visual cel-shaded e sua história comovente roubaram a cena, hoje é a atualização dos gráficos e pequenas melhorias que revitalizam esse clássico. Mesmo para aqueles que não são fãs de Zelda, este é um jogo imperdível.

Revisão: Bruno Grisci / Vitor Tibério
Capa: Diego Migueis

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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