A pancadaria rola solta com socos, chutes e pontapés em Final Fight 3

em 01/06/2013

Que a Capcom é craque em fazer jogos de ação e luta, isso ninguém discute. E foi assim que, lá em meados dos anos 90 (mais especificament... (por Unknown em 01/06/2013, via Nintendo Blast)


Que a Capcom é craque em fazer jogos de ação e luta, isso ninguém discute. E foi assim que, lá em meados dos anos 90 (mais especificamente em 1995), a empresa lançou o terceiro capítulo de uma franquia de grande sucesso do SNES: Final Fight 3. O novo jogo continuava a história do habilidoso lutador de artes marciais, Guy, e seu amigo super musculoso, Haggar, na luta contra uma nova gangue de criminosos que prometia causar problemas gigantescos na não tão pacata Metro City. Ao colocar o cartucho no SNES (depois de ter dado uma boa assoprada) e ligar o console, o jogador precisava se preparar para enfrentar hordas de marginais com o poder de punhos eletrônicos!

Hora de dar...Porrada!

A trama do terceiro capítulo dessa série de ação é bem simples e se encaixaria bem como um enredo de um filme do “Domingo Maior”. Depois que a Mad Gear Gang foi aniquilada no jogo anterior, um novo grupo criminoso chamado Skull Cross Gang surge para trazer o crime, caos e morte à Metro City. Um protagonista já conhecido da série, Guy, retorna de seu treinamento em artes marciais para reencontrar um velho amigo, Mike Haggar, agora prefeito de Metro City. Infelizmente, os dois não tem muito tempo para colocar o papo em dia, pois a Skull Cross Gang começa uma revolta no centro da cidade e os amigos precisam unir forças a Lucia, uma ágil detetive do departamento de crimes especiais e a Dean, um rapaz sedento por vingança pois sua família foi massacrada pela gangue cruel. Assim, uma batalha emocionante pelos locais mais diferentes dessa metrópole se inicia enquanto esse grupo de corajosos amigos tenta deter os terríveis chefões do crime.

Guy, Haggar, Dean e Lucia: prontos para a luta!

Tanto a trama quanto a jogabilidade de Final Fight 3 se utilizam de muitas referências a outros jogos como o épico Street Fighter ou a série clássica do Mega Drive, Streets of Rage. Mesmo assim, o jogo conseguiu inovar na época pelos gráficos polidos, cenários ricos em detalhes e mecânicas de luta inovadoras. Além de cada personagem possuir um conjunto próprio de movimentos, golpes, técnicas e habilidades únicas, o jogo tinha diversos power-ups que restabeleciam as energias e itens, como barras de ferro para nocautear seus inimigos, escondidos em diversos lugares. O jogador ainda podia chamar aquele amigo que não se importava de ficar com os dedos doloridos pra jogar junto ou apenas podia adicionar um personagem controlado pela CPU para lutar ao seu lado, sem se sentir tão solitário.

Mais um par de punhos é sempre melhor!
O esquema dos estágios não tinha nenhum mistério, bastava enfrentar hordas de inimigos com as mais variadas (e bizarras) habilidades, mudar de cenário e encontrar o chefão, que na verdade era sempre um dos líderes da Skull Cross Gang. Cada um deles possuía uma maneira própria de combate e uma estratégia para ser derrotado. Para os mais pacientes e calculistas, seguir um plano para lutar era vitória garantida mas, para os afobados e ansiosos, bastava encurralar o chefão em um canto da tela e, literalmente “descer o pau nele” até que sua mão começasse a ficar dolorida ou um dos botões do controle do SNES ficasse frouxo.

Entre as novas habilidades introduzidas por esse capítulo da série de pancadaria, estão a capacidade de realizar um ataque rápido contra um inimigo, correndo até nocauteá-lo, seja no solo ou pulando. Também era possível agarrar o oponente por trás, segurando-o ou apenas lançando-o longe em um ataque devastador. Dependendo da combinação de ataques realizada pelo jogador, combos esmagadores poderiam ser executados, aniquilando vários inimigos no cenário ou tirando muita energia daquele chefão difícil.

Foi uma boa luta!

Atravessar os seis estágios do jogo, metendo muitos socos e golpes nos capangas encrenqueiros da Skull Cross Gang certamente era uma experiência muito interessante para testar a resistência dos dedos do jogador e para afastar o tédio de uma tarde chata de domingo. Além disso, era emocionante e desafiador tentar vencer o jogo com cada personagem, utilizando suas habilidades próprias e descobrindo combos surpreendentes para arrebentar com a cara dos inimigos.

Dependendo dos caminhos escolhidos pelo jogador ao longo de cada estágio, as batalhas  contra os chefões podiam ser um pouco diferentes e, para cada um dos heróis de Metro City, o final dessa aventura eletrizante guardava um desfecho distinto. Mesmo assim, quando o jogo terminava, nada mais restava do que descansar, apreciar aquela cutscene clássica de final feliz de filme de ação e imaginar qual seria o próximo arruaceiro que os heróis teriam que enfrentar. Porque a justiça sempre prevalece, mas o crime nunca descansa.

Um final feliz... Mas por quanto tempo?

Revisão: Marcos Silveira
Capa: Vitor Nascimento
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